Vice-prefeito de Feira diz que não está 100% satisfeito, mas rechaça impeachment de Colbert, apontando nome de Ronaldo para 2024
Formado em Administração pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), ex-prefeito de Santa Bárbara, ex-deputado estadual, federal e atual vice-prefeito da Princesa do Sertão, Fernando de Fabinho foi o convidado do programa Velame Para Quem Merece desta semana desta quarta-feira, 21 de dezembro.
Aos 65 anos, ele revelou detalhes da relação com o ex-prefeito José Ronaldo (União Brasil), avaliou a gestão Colbert Martins (MDB), falando ainda sobre a sua atuação na administração municipal e os planos para o futuro. Ao contrário do que se possa pensar, Fabinho faz questão de garantir que não é um vice decorativo, atuando também nos bastidores da administração municipal.
“Além de estar na condição de reserva do prefeito para os chamamentos, coordeno um grupo político, administrativo, que faz captação de recursos para o município, através de empresas. Hoje, com este comitê, que conta com alguns secretários, conseguimos abrir as portas das prefeituras aos investimentos de todos os níveis”, explicou.
Quando o assunto foi as sucessivas tensões geradas na relação entre o Executivo e o Legislativo feirense, que tem como ameaça contínua o impeachment do prefeito Colbert Martins (MDB), Fabinho tratou de rechaçar a ideia, apaziguando os ânimos e levantando bandeira branca. Ainda que afirme não concordar integralmente com a gestão.
“Acho que Feira de Santana não precisa disso (impeachment), mas de diálogo. Respeito muito o perfil do prefeito, a postura, a maneira como ele entende que deve governar o município, mesmo não concordando com algumas atitudes, mas é ele o prefeito, ele decide. Não quero ser um elo desagregador, provocar um impeachment, que é uma coisa séria. Não pode ser simplesmente por uma vontade de substituir o executivo que está ali. Seria um caos”, considerou.
Apesar de criticar o afastamento, Fabinho reconhece que o prefeito terá a oportunidade, logo ao final do ano, após o Natal, de sentar com a vereadora Eremita Mota (PSDB), nova presidente da Câmara, para melhorar esta interlocução entre os poderes.
“Nós vamos ter agora uma mudança de presidência (da Câmara) e de governador. Acho que chegou o momento que Feira de Santana não pode ter mais dois anos conturbada (…) O que todo mundo quer é que melhore. Ele é um cara bem intencionado, tem grandes projetos, mas tem coisa que depende do apoio da Câmara. E hoje ele não está tendo. Talvez também precise sentar um pouco mais e se desarmar. Não posso dizer que estou 100% satisfeito, porque também faço parte da mesma sociedade, que não está”, disse.
E de olho nas eleições de 2024, o atual vice-prefeito não titubeou ao colocar o nome de Ronaldo no páreo: “Entendo que temos condições tranquilamente de governar Feira de Santana mais quatro anos, principalmente com os nomes que temos, que têm condições de fazer uma boa administração. Entendi também que não tem por que não ter diálogo com o Governo do Estado. Passou a eleição, não importa quem é o governador e o presidente. Eleição é momento. Mas, hoje, se for buscar o nome pronto, e mais capaz de ganhar a eleição, é o de Ronaldo, agora, se ele desistir, não se pode olhar somente o nome de Fernando de Fabinho, mas de todo o grupo, que têm nomes fortes”, concluiu ao responder uma pergunta do jornalista Rafael Velame sobre renovação dos nomes da política feirense.