Vereadores debatem aplicação da lei antibaixaria para contratação de artistas na Micareta de Feira
A Micareta de Feira vai ser realizada somente nos próximos dias 20 a 23 de abril, mas a festa tem repercutido muito na Câmara de Vereadores. É que o vereador Lulinha (União Brasil), autor da lei antibaixaria, que foi aprovada em 2012 e proíbe o poder público de contratar artistas cujas músicas estimulem a violência contra a mulher ou façam apologia ao racismo, à homofobia e ao consumo de drogas ilícitas, disse que encaminhou uma cópia do texto da legislação ao secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Jairo Carneiro Filho, cobrando que a lei seja seguida durante a contratação dos artistas que vão se apresentar na Micareta.
“A gente ‘tá’ querendo disciplinar as músicas que vêm de forma de baixaria, que aconteceu no carnaval de Salvador. As pessoas não são obrigadas a ouvir aquilo que não querem ouvir. A micareta é uma festa pública. É uma festa que ‘vai’ mãe de família, criança, jovem, senhoras, idosas”, ressaltou Lulinha.
COLEGAS REPERCUTEM
O vereador Paulão do Caldeirão (PSC), pontuou que se a legislação for cumprida, a realização da Micareta ficará comprometida. “Se colocar aqui em Feira não vai ter Micareta, porque todos os cantores querem empurrar esse tal de boneco aí na avenida”, disse Paulão.
Fernando Torres (PSD) por outro lado, discordou dos colegas. “Aquele que não gosta desse tipo de música, não vá ao Carnaval, não ligue a televisão, vá para igreja, vá para outro caminho que ache melhor”, avaliou o vereador.