Vereadores cobram explicações da Prefeitura sobre suspensão de licitação para o BRT
A Prefeitura de Feira de Santana, por meio do seu titular, Colbert Martins Filho, ou do secretário de Planejamento, Carlos Brito, deve esclarecer, para a população, sobre os motivos que levaram o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) a recomendar, recentemente, a suspensão imediata da licitação anunciada pela gestão para investimentos no BRT. A cobrança de explicações foi feita na quarta-feira (23), na Câmara Municipal, pelos vereadores Jhonatas Monteiro (PSOL) e Professor Ivamberg (PT).
Segundo Jhonatas, a manifestação do TCM, reagindo a denúncia de uma das empresas concorrentes, foi divulgada desde a semana passada, mas “ninguém do Governo Municipal veio a público falar sobre o assunto”. Disse que “não se trata de cobrança da oposição”, mas de recomendação de um órgão fiscalizador. O parlamentar também criticou o Sistema Integrado do transporte público feirense. Segundo ele, existem cidadãos que precisam se deslocar do local onde moram para o outro lado da cidade “para conseguirem, finalmente, obter a integração dos ônibus e chegar ao seu destino”.
Professor Ivamberg (PT), para quem o BRT é um “sistema falido”, lembrou que em meados de 2013 foi anunciado o sistema, quando o Município fez um empréstimo de R$ 94 milhões para o investimento. “Dez anos depois, a gente não tem BRT em Feira de Santana, mas apenas o funcionamento de algumas estações de transbordo ainda em fase experimental”. Ainda de acordo com o parlamentar, não se sabe quando a fase experimental vai acabar e, portanto, a Prefeitura “não deveria ter lançado uma nova licitação de quase R$ 9 milhões”.
Seu colega de partido, Silvio Dias, pontuou que só se fala sobre o BRT quando a campanha se aproxima. “Foi assim em 2019, em 2021 e, agora, em 2023. Ninguém vê funcionando e muitos bairros como Tomba e Gabriela, por exemplo, não são contemplados pelo sistema. São R$ 100 milhões jogados fora”, protestou.