Vereador denuncia retirada de café da manhã a alunos da rede municipal: ‘Quem nunca passou fome não vai entender o que é isso’

Durante a sessão desta quinta-feira (13), o vereador Professor Ivamberg, membro da comissão de educação da Câmara de Feira, utilizou a Tribuna para externar a denúncia que, segundo ele, tem recebido de diversos pais sobre a retirada do desjejum na rede municipal.
Ainda de acordo com o edil, apesar de receber recursos federais destinados exclusivamente à aquisição de alimentos para seus estudantes, a Prefeitura de Feira suspendeu a oferta do café da manhã aos alunos.
“Nós recebemos denúncias de vários pais denunciaram ao nosso mandato a retirada do desjejum, do café da manhã, das crianças da rede municipal. Ora, algumas crianças saem de casa sem comer nada, e vão para a escola aguardando aquela primeira alimentação para, a partir daí, começar as suas atividades escolares. Então não há porque tirar o desjejum das crianças. A gente sabe que a obrigação do Município é da creche ao fundamental II. São crianças que estão no período de crescimento”, pontuou o petista.
O oposicionista fez um apelo ao prefeito José Ronaldo (União Brasil) e ao secretário de educação Pablo Roberto para que revejam a medida, garantindo o essencial para o desenvolvimento dos estudantes. O edil prometeu fiscalização constante.
“Se tem aí um contrato de R$ 80 milhões, absurdo, que ano passado estava aí em voga, e agora quer se reduzir-se, que essa redução não seja às custas daqueles que mais precisam. E a gente sabe, quem nunca passou fome não vai realmente entender o que é isso”, argumentou Ivamberg.
O vereador Galeguinho (União Brasil) também relatou ter ficado sabendo, desde a semana passada, que foi detectado algo relacionado a grande desperdício. “Entendo que a gente não pode generalizar, mas deixar os alunos sem desjejum, também não concordo”.
Outro governista, Lulinha (União Brasil) também manifestou opinião contrária à retirada da alimentação dos alunos. “A medida que vinha sendo adotada anteriormente foi algo que deu certo”, defendeu.