Transtorno do Espectro Autista: advogada denuncia que direitos não são respeitados em Feira de Santana

Apesar de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) terem conquistado vários direitos nos últimos anos, no Brasil, estes benefícios não estão sendo devidamente respeitados tanto na esfera privada, quanto na pública.
A denúncia foi feita nesta terça-feira (8), pela advogada Fernanda Pimenta, que fez pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara, apelando por uma maior conscientização da sociedade e das autoridades sobre o assunto. Mãe de autista, ela disse que quem tem TEA, vê todos os dias seus direitos sendo violados.
“Aqui em Feira, tem casos famosos de desrespeito. As mães costumam ser inviabilizadas, julgadas e agredidas verbalmente”, reclamou.
Na escola onde seu filho estuda, citou como exemplo, o fato de precisar acionar a Justiça para conseguir a disponibilização de monitora para o estudante especial.
“Estou aqui não como advogada, mas como uma mãe que não tem tempo para descansar. Vivo diariamente toda dificuldade que o transtorno traz para a família e a vida de uma criança”, disse, cobrando um olhar humano por parte da Casa da Cidadania à questão.
Uma das formas do Legislativo contribuir, assinalou Fernanda, é ajudar a divulgar informações e conhecimentos sobre o TEA. No último dia 2 de abril, foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo ou Dia do Espectro Autista. “Mas, muitos nem sabem o que é este transtorno. É comum limitá-lo a apenas um clichê. Mas autismo não é moda, não é doença”, alertou.