Sesc promove edição do projeto “Sonora Brasil” em Feira de Santana
Entre os dias 24 de setembro e 5 de outubro, o Sesc Bahia realiza a 26ª edição do Sonora Brasil: maior projeto de circulação musical do país. Com o tema “Encontros, tempos e territórios”, este ano o evento irá acontecer nas cidades de Salvador e Feira de Santana com apresentações a preços populares, além de uma oficina gratuita voltada para artistas e produtores independentes. Artistas de cinco estados brasileiros compõem uma programação diversa, que celebra os encontros entre tradição e contemporaneidade, ritmos e gerações. Os ingressos variam de R$10 a R$2,50 e todo o evento tem classificação livre.
Do norte, os artistas paraenses Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro, respectivamente pai e filho, trazem a fusão de ritmos amazônicos tradicionais, como carimbó, guitarrada e lambada, misturados ao pop, rock e à música eletrônica. Encerrando a programação, Geraldo Espindola e Marcelo Loureiro apresentam o espetáculo “Saudações Pantaneiras”, reunindo dois dos maiores ícones da música do centro-oeste. Juntos, mesclam diferentes formações clássicas, como flamenco e influências do folclore latino, trazendo a música do cerrado entre guarânias e chamamés. “Essa mistura ficou surpreendente. Vai permitir que nossa arte mostre ao Brasil o nosso Mato Grosso do Sul, que é tão belo mas que tanto precisa de preservação”, afirmou Espíndola, compositor de sucessos como “Vida Cigana”, “Kikiô” e “Cunhataí Porã”.
Em Feira de Santana, o circuito começa nos dias 24, 25 e 26 de setembro, com a oficina “Do Jurássico ao Paleolítico: Táticas de Inserção no Mercado Artístico”, ministrada por Uyatã Rayara. A atividade propõe táticas de organização de material artístico e técnico, destinada para agentes culturais em fase inicial ou de ascensão de carreira. No dia 27 (sexta-feira), o café-teatro do Centro Cultural Sesc Feira de Santana recebe a Trilogia do Reggae, grupo formado inicialmente pelos músicos feirenses Dionorina, Jorge de Angelica e Gilsan, do bairro Rua Nova, que concentra uma das maiores comunidades afrodescendentes do estado. Agora, o grupo conta com a participação de Jôh Ras, que integrou o trio após o falecimento de Jorge de Angelica, no ano passado, dando continuidade ao seu legado na cena cultural da cidade.