Servidores do SAMU de Feira denunciam condições precárias de trabalho e ameaçam paralisação: ‘É desumano’
“Situação de caos”. Esse foi o termo encontrado pelo servidor Rafael Santos da Silvia para definir como se encontra a realidade dos trabalhadores que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Feira de Santana.
Durante discurso na Câmara de Vereadores, o representante da categoria denunciou a precariedade nas condições de trabalho, a exemplo veículos quebrados e sucateados, falta de sistema de radiocomunicação, computadores, indisponibilidade de materiais e insumos.
Segundo ele, os problemas são resultantes “do processo de sucateamento imposto pela gestão da coordenadora municipal Maiza Macedo”. Rafael diz que a enfermeira ocupa a coordenação do SAMU há mais de 20 anos, se perpetuando se no cargo de forma “ditatorial e “centralizadora”.
Isto porque, conforme o profissional, mesmo com a obrigatória dedicação integral ao cargo, ela “acumula atividades em faculdades privadas, no Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ministra cursos em diversos municípios, trabalhos estes que são desenvolvidos nos horários em que deveria estar no SAMU”.
Enquanto isto, denuncia Rafael, o prédio-sede do SAMU permanece com rachaduras que comprometem sua estrutura. Registros de ocorrência são preenchidos à mão, espaço inadequado para descanso entre plantões, escassez de médicos para completar a escala e jornadas de trabalho exaustivas, são outras deficiências enfrentadas: “Eu quase não durmo mais em casa e pouco vejo a minha filha, isto é desumano”, completou.