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(201) registro(s) encontrado(s) para a busca: NordesteApós críticas, Colbert desafia secretário de Saúde a agir contra mortes em Lauro de Freitas
“Ele deve agir em Lauro de Freitas, que é governada pelo PT e está em segundo lugar em número de mortes entre as principais cidades da Bahia, enquanto Feira está em último”. Reagiu o prefeito Colbert Martins contra a afirmação do secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, de que Feira só não tem mais mortes pela Covid-19 graças à ação do Governo do Estado no combate à pandemia. O prefeito citou o https://portalcovid19.uefs.br/cases, onde dados estatísticos revelam que Feira de Santana está com 158 mortes por cada 100 mil habitantes, enquanto Lauro de Freitas tem 250, “ou seja, quase 100 mortes a mais que no nosso Município, mas aí Fábio Vilas Boas fica caladinho porque lá o governo municipal é PT”, frisou. Os dados do portal mostram a Bahia com 166 mortes por cada 100 mil habitantes, Vitória da Conquista tem 167, Juazeiro está com 172, Teixeira de Freitas tem 183, Barreiras chega a 192, Camaçari tem 199, Lauro de Freitas alcança 250 e Salvador tem 261 mortes. Colbert Martins acrescentou que dados da própria Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e do Ministério da Saúde mostram que Feira está com uma taxa de óbitos de 1,81%, enquanto a Bahia tem 2,34%, Salvador está com 3,10% e o Nordeste com 2,49%. “Em março deste ano, uma pesquisa da revista Exame mostrou que Feira de Santana estava em primeiro lugar na Bahia e sexto no Brasil como município que mais salva vidas na pandemia. Logo, o secretário Fábio Vilas Boas deve se preocupar mesmo é com Lauro de Freitas. Quero ver se ele tem coragem de puxar a orelha da prefeita de lá, que é do PT”, desafiou o prefeito de Feira.
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Cantora Feirense Karol Freitas lança “Forró Agarradinho” com participação de Targino Gondim
Como uma forma de manter a tradição nordestina viva, já que os festejos juninos foram cancelados, a feirense Karol Freitas lança sua nova música de trabalho, o “Forró Agarradinho”, com participação especial de um dos ícones do forró no Norte e Nordeste, o sanfoneiro, cantor e compositor pernambucano Targino Gondim, radicado em Juazeiro (BA). O xote chamegado, com elementos típicos do São João, encontra nas vozes de Karol e Targino o casamento perfeito para dançar aquele forró bem agarradinho. O lançamento da música acontece no dia 11 de junho, véspera do Dia dos Namorados, em todas as plataformas digitais. Mais informações estão disponíveis no instagram @soukarolfreitas.
Esta é a primeira vez que a cantora grava em estúdio uma canção não autoral, do artista e amigo Bel da Bonita, em parceria com o compositor Jorge Dyra. Karol também não esconde o orgulho em gravar com o autor de grandes sucessos como “Esperando na Janela”. “Sempre admirei o trabalho de Targino e tive a oportunidade de conhecê-lo há alguns anos. Quando Bel me mostrou a música e minha versão foi tomando forma, logo pensei em um dueto e Targino foi a primeira pessoa que me veio à mente. ‘Só’ passei uns dois anos tomando coragem pra fazer o convite e o fiz através de um amigo em comum, com medo de receber um não. Quem fez o intermédio foi o jornalista Raimundo Lima, Rallie, também cantor e compositor. Foi inclusive na casa do próprio Raimundo que o conheci, em uma festa na véspera do Dia de Reis. Mas acabou que Targino foi super receptivo, humilde, gravou, fez vídeo e já estou super feliz e ansiosa pra ver ‘Forró Agarradinho’ no mundo”, conta.
Como baiana e nordestina, a relação de Karol com o forró e as festas juninas vem desde a infância. Embora nunca tenha gravado o gênero em estúdio, a cantora é fascinada por ritmos como xote, baião e xaxado, que costumava cantar em sua antiga banda, fundada quando ainda morava em Salvador, “A Cumbuca”. “Eu sou apaixonada por ritmos nordestinos, amo um São João, uma fogueira e de me reunir com as pessoas que amo, principalmente nessa época do ano. Aquece meu coração”, confessa a intérprete. Karol lembra com muito carinho, ainda, que sua primeira composição foi um xote, a canção “Quando a Saudade Chega”.
A produção é assinada pelo diretor musical Dinho Filho e, devido à pandemia, o dueto foi feito à distância. A gravação foi dividida entre dois espaços: Karol e banda no Gato Preto Estúdio, em Feira de Santana (BA), e Targino Gondim no Studio Maximize, em Petrolina (PE). A música integrará, como faixa bônus, o primeiro EP de Karol Freitas, “Refúgio”, que tem previsão de lançamento no segundo semestre de 2021.
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Colbert diz que Fábio Vilas Boas está mal informado sobre a Covid em Feira
“Além de desrespeitoso, o secretário Fábio Vilas Boas está mal informado, pois não lê nem mesmo o que a própria secretaria dele divulga sobre a Covid-19, além de não saber fazer avaliação epidemiológica”. A reação é do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, acusado pelo secretário de ter perdido “a autoridade” no combate à doença no Município. Utilizando dados estatísticos da própria Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), o prefeito revela que Feira de Santana está com o menor coeficiente de incidência da doença entre 11 municípios da Bahia com população superior a 100 mil habitantes. “Em pior situação que Feira, por exemplo, estão Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas, todos bem mais próximos dos olhos de Fábio Vilas Boas, mas ele não consegue enxergar. Com 5.347,62, Feira é líder dessas 11 cidades com o menor coeficiente, enquanto Itabuna lidera com o maior, chegando a 12.414,70, segundo estatísticas da Sesab”, destaca Colbert Martins. Ele acrescenta que, na semana passada, o jornal Folha de S. Paulo divulgou uma pesquisa sobre a liderança de índice de mortes em 50 grandes cidades do Brasil e Feira de Santana ficou fora da lista. “Além disso, Feira mantém, há muito tempo, o menor índice de mortes por Covid-19 com relação ao da Bahia e do Nordeste, segundo também dados da Sesab e do Ministério da Saúde”, acrescenta. “O secretário Fábio Vilas insiste em tentar fazer de Feira uma vilã na pandemia, mas o município tem provado ao contrário, embora seja atípico: um grande entroncamento rodoviário que pode possibilitar uma grande difusão do vírus”, afirma o prefeito.
Veja a relação de cidades e os respectivos coeficientes de incidência da doença:
Feira de Santana…………5.347,62
Teixeira de Freitas………7.434,87
Salvador…………………… 5.837,84
Camaçari……………………5.826, 19
Lauro de Freitas………….7.501,51
Santo Antônio de Jesus……8.150,76
Alagoinhas……………………..6.426,29
Barreiras………………………..6.578,14
Vitória da Conquista………..6.811,04
Itabuna…………………………..12.414,70
Ilhéus……………………………..9.161,14
Jequié…………………………….8.342,20
Governo Federal entrega duplicação da BR-116/Bahia até Santa Bárbara
O Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, entregou, nesta sexta-feira (12), mais um trecho de duplicação da BR-116/Bahia, entre Feira de Santana e Santa Bárbara. Localizado no lote de obras nº 6, o novo segmento de 16km concluído pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) torna a rodovia integralmente duplicada entre as duas cidades. As obras avançam agora no sentido Serrinha. “Quando falamos na duplicação desse trecho, estamos falando de Feira de Santana, que é o maior entroncamento rodoviário do Nordeste e um dos maiores do Brasil. Além disso, o empreendimento vai beneficiar diretamente os moradores de Santa Bárbara, cidade conhecida pela produção de requeijão. A BR-116 é fundamental em nossa estratégia de interiorizar a logística do país. Em especial, na Bahia, onde ela opera como principal corredor de integração do estado”, afirmou o ministro Tarcísio Freitas. Os serviços realizados neste lote tiveram o investimento de mais de R$ 169 milhões e contribuem para o desenvolvimento desse corredor logístico, além da redução do número de acidentes. Ainda estão previstos serviços de construção de quatro viadutos, duas pontes e 12 passarelas.
ENTREGAS NA BAHIA – A entrega do trecho de duplicação da BR-116/BA se soma a outros recém-abertos na Bahia pelo Ministério da Infraestrutura em 2021. Foram 67km de ampliação da BR-135 na região de Coribe; 75km de pavimentação na BR-235/BA, próximo a Jeremoabo; e agora 16km de duplicação. “Estamos chegando a 161 quilômetros entregues na Bahia somente em 2021, e até abril ainda vamos abrir mais 26km de pista duplicada em pavimento de concreto na BR-101/Bahia em direção a Alagoinhas. Também estamos aguardando o orçamento para já iniciar as obras do Contorno de Feira, umas das mais importantes para a infra da região”, explicou Tarcísio.
Em audiência virtual, deputado cobra a Rui Costa dinheiro de respiradores
Em audiência virtual com os deputados estaduais, o governador Rui Costa (PT) passou por uma saia justa. O deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) mostrou um cartaz onde indagava o petista sobre os respiradores comprados pele Consórcio Nordeste. “Cadê os R$ 45 milhões dos respiradores”, dizia o cartaz mostrado durante a audiência. No Instagram, o deputado escreveu: “Cobrei do gestor o dinheiro usado nas compra de respiradores para pacientes com Covid-19 que não foram entregues, em meados de 2020. Perguntar não ofende, não é @ruicostaoficial?”. Rui Costa nada respondeu. Está em tramite no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o processo relacionado à Operação Ragnarock, que investiga suposta fraude na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, presidido pelo governador Rui Costa (PT). Os nove estados nordestinos pagaram quase R$ 49 milhões por 300 respiradores, que não foram entregues.
PERSONAGENS DE FEIRA: O escritor feirense que descobriu o talento no WhatsApp
Por Rafael Velame
As crônicas dele deveriam ser leitura obrigatória para quem quer entender Feira de Santana de verdade. Alan de Sá, feirense formado em jornalismo, é uma promessa da literatura. Criado no Parque Lagoa Subaé, bairro pobre onde a realidade bateu na porta logo cedo, viu conhecidos morrendo por causa do tráfico. Uma realidade que moldou a sua visão de mundo. Talvez por isso, seus textos sejam marcados por excessos – de palavrão, de sarcasmo e de duras verdades. Do primeiro livro lido, somente aos 15 anos, até se descobrir escritor, por conta de um grupo de WhatsApp, aos 18, Alan sabe que seu destino poderia ter sido diferente. Viveu as dificuldades de ajudar a mãe que foi ambulante na Salles Barbosa e lá passou a conhecer pessoas, perceber trejeitos e ver como era o que ele chama de “feirense médio”. Vivências que virariam crônicas publicadas e muito compartilhadas no Facebook. Atualmente Alan trabalha em uma grande agência de publicidade em São Paulo e, apesar das dificuldades, já publicou “Marani”, seu primeiro romance e a obra de suspense e terror “Lago Aruá“. Paralelamente ele defende o movimento literário Sertão Punk, que você vai conhecer melhor na entrevista abaixo onde assuntos como racismo no meio literário e afrofuturismo também são abordados.
Quando surgiu o desejo de ser escritor? Como você se descobriu escritor?
Foi um processo meio estranho e demorado. Eu comecei lendo tarde, li meu primeiro livro na vida aos 15 anos, ainda no ECASSA. Me apaixonei pela leitura nessa época, mas a escrita em si veio anos depois, já com 19 pra 20 anos. Nessa época eu já tinha terminado o ensino médio e não estava arrumando emprego, então passava muito tempo em casa. Acabei entrando em um grupo de Whatsapp junto com uma galera de vários estados do Brasil e todo mundo curtia as mesmas coisas que eu: filmes, séries, animes, livros, etc. Resolvemos fazer uma brincadeira de criar personagens pra cada um do grupo. A galera curtiu e decidimos criar uma história com todos. Eu era um dos responsáveis por juntar todas as histórias em uma só. Acho que foi mais ou menos por aí.
Onde foi criado em Feira, como foi a infância?
Eu nasci em Feira de Santana, mas passei uma parte da minha infância em São Paulo, até os oito anos. Meus pais já tinham uma vida estabelecida na cidade. Minha mãe era costureira e meu pai, pintor. Eles usavam as economias, dinheiro de FGTS, férias, essas coisas, pra construir a casa em Feira. Quando voltamos, em 2003, já tava tudo mais ou menos pronto. Daí em diante vivi a maior parte da minha vida no Parque Lagoa Subaé.
A gente sempre foi pobre. Um pouco menos do que a grande maioria das pessoas pobres do Brasil, porque tínhamos nossa própria casa, minha mãe trabalhava com carteira assinada, meu pai tinha o emprego dele, mas nada nunca foi realmente fácil. Já passamos por vários apertos na vida, mas sempre estávamos ali um pelo outro, todo mundo se ajudava como podia e até hoje é assim. Por um tempo, o Parque Lagoa foi um bairro mais perigoso do que é hoje. Vi muitos pivetes morrerem cedo demais por causa de droga, facção, crime. Gente de 12, 15 anos, que nem tiveram tempo de mudar de caminho e ter alguma oportunidade, como eu tive. Isso moldou muito da minha visão de mundo, porque o pensamento coletivo ficou ainda mais forte na minha mente.
Eu sempre curti desenhar e isso era um passatempo massa pra mim. Depois de um tempo trabalhando como costureira, minha mãe comprou uma barraca na Salles Barbosa em 2007, que existia até o dito cujo do prefeito resolveu derrubar pra favorecer empresário mineiro e acabar com o sustento e a história de milhares de pessoas na cidade. Lá foi que comecei a aprender os caminhos do centro, conhecer pessoas, perceber trejeitos das pessoas e ver como era o “feirense médio”. Sempre que ficava com a coroa, e quando a gente conseguia vender alguma coisa, pegava uma parte da grana e juntava pra comprar materiais de desenho na Maskat e na banquinha de jornal em frente a Prefeitura. Isso me fez querer trabalhar com design por muitos anos. Acabei fazendo Jornalismo na FAT. Coisas da vida, né. Mas não me arrependo de maneira alguma.
Fiz o final do fundamental 1 no Luciano Ribeiro Santos, uma escola municipal lá no Parque Lagoa mesmo. Depois, fui pro ECASSA, onde fiquei até o fim do ensino médio. Quando entrei, Artemízia ainda era a diretora, botava medo até na galera do terceirão. Foi lá também que fiz meus melhores amigos, que estão comigo há anos e já são parte da família, verdadeiros irmãos que ganhei com a vida, mesmo tendo, também, meus irmãos de família. Bati muito de frente com Lúcia Branco, diretora da escola, por conta de várias e várias situações de descaso da gestão da escola com o próprio patrimônio e a educação. Já fiz abaixo assinado pra tirar ela de lá, brigamos muito e, até a última vez que fui lá (em 2018, não lembro), ela sequer olhava na minha cara direito. Ainda bem.
Por que foi pra São Paulo?
Eu trabalhava com publicidade numa agência de Feira, tinha acabado de terminar a faculdade. Não tinha muitas pretensões de sair, porque, bem ou mal, eu gosto de Feira. Mas aí uma vizinha viu uma publicação de um processo seletivo pra jovens criativos de uma agência de São Paulo, a Wieden+Kennedy. Até então, não conhecia nada da agência, mas depois descobri que se tratava de uma das maiores e mais relevantes do mundo, responsável por várias campanhas icônicas pra Nike. Resolvi tentar. Depois de um mês de processo seletivo, fui um dos selecionados pro programa. Além de mim, mais duas pessoas da Bahia entraram: Caíque, fotógrafo de Madre de Deus; e Larissa, estudante de jornalismo da UFBA, mas que é natural de Uruçuca. No total foram seis: tinham mais duas pessoas de Brasília (Lara, publicitária; Luiz, fotógrafo e diretor de arte) e Taís, ilustradora de São Luiz, no Maranhão.
A gente passou nove meses trabalhando na Wieden+Kennedy, aprendendo sobre publicidade e fazendo projetos internos, enquanto morávamos num hostel. Foi um período bem intenso, com vários altos e baixos pelo caminho. Foi durante esse período que vi o quanto o mercado aqui era mais organizado que Feira, além das oportunidades de crescimento serem maiores. Resolvi ficar pra ter uma grana a mais e poder ajudar meus pais. Hoje, trabalho em outra agência, FCB Brasil, que também é uma empresa global e bem grande na área. No fim das contas, deu tudo certo.
O que é o Sertãopunk?
O sertãopunk é uma ideia. É mais fácil começar por aí. Uma ideia de como o Nordeste pode ser no futuro a partir de um ponto de vista nordestino. O sertãopunk começou depois de mim e mais dois amigos, Alec Silva e Gabriele Diniz, que também são escritores negros e nordestinos, levantarmos alguns questionamentos sobre como o a cultura da região era representada nas produções de ficção, fossem elas livros, filmes, séries, artes visuais, etc. Porque sempre o nordestino como, ou cangaceiro, ou matuto? Por que a estética da seca sempre atrelada ao Nordeste? Foi a partir de questionamentos assim que a gente começou a pensar no sertãopunk.
A gente tem uma região rica em biodiversidade, produção de energia limpa, com polos de tecnologia e geração de renda bem estabelecidos, a única baía inteiramente navegável do mundo (a Baía de Todos os Santos), alguns dos maiores portos do Brasil, fora toda a diversidade cultural, mais de 1900 territórios quilombolas, centenas de tribos indígenas e presença constante nas maiores e mais relevantes revoltas populares da história do Brasil. O Nordeste não é só o carnaval de Salvador, seca e Lampião.
Foi pra isso que pensamos o sertãopunk, pra ser uma ideia pra todo mundo que quer se expressar contra esses estereótipos e xenofobia construídos historicamente. Através de qualquer tipo de arte: música, grafite, literatura, o que for. A partir daí, dar uma nova cara pras possibilidades de Nordeste no futuro.
Quais livros já publicou?
Publiquei Marani, meu primeiro e único romance, até então, em 2017. Em 2019 lancei O Lago Aruá via financiamento coletivo pelo Catarse, mas esse é menor, entre um conto e uma novela. Entre esses dois eu participei de alguns projetos coletivos com autores de vários estados do Brasil, além de colocar coisas avulsas na Amazon, no total. No total, são umas 10, 12 publicações. Meu último lançamento foi Abrakadabra, em 2020, direto na Amazon e já dentro da estética do sertãopunk. Além, é claro, da coletânea Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã, que traz o manifesto do movimento, além de artigos sobre pontos relevantes sobre o que a gente pensou e dois contos, um meu (Schinzophrenia) e o outro de Gabriele Diniz (Os olhos dos cajueiros), co-criadora do sertãopunk.
É difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?
Existem diversos formatos de editoras por aí. Muitas usam um sistema de “pague pra publicar”, em que o autor paga por todo o processo editorial mais uma quantidade de livros, os caras fazem um trabalho meia-boca e depois somem, colocam o livro no site deles, nunca trabalham publicitariamente a obra, te fazem assinar um contrato criminoso e tu nunca vê a cor do dinheiro pelo teu trampo.
E tem as editoras tradicionais. Essas, sim, são difíceis de acessar, porque elas possuem um processo editorial mais sério e não costumam apostar em autores iniciantes de cara, justamente por ser dela todos os custos de produção e divulgação da obra, além de bancarem um adiantamento dos direitos autorais pro autor. Pra chegar nessas, das duas uma: ou tu é branco (se for do Sul ou de São Paulo, melhor ainda); ou é muito, muito bom.
Como foi o processo de criação do Lago Aruá?
O Lago veio depois de uma viagem que fiz com minha ex-namorada. Ela é de Salvador e a gente nunca tinha feito uma viagem junto. Uns amigos dela resolveram passar um final de semana numa casa na Lagoa do Aruá, na Reserva de Sapiranga, em Mata de São João. Resolvi ir com eles. Durante uns dois dias, algumas coisas meio bizarras aconteceram. Vi alí uma oportunidade de fazer uma história de terror a partir de um ponto de vista mais cru, que era o meu. Daí nasceu O Lago Aruá.
Você se define um escritor de que tipo?
Eu gosto de escrever tipos diferentes de literatura. Tem minhas crônicas, que geralmente tem um formato mais engraçado e que eu falo mais da cidade e das pessoas. E meus contos, que quase sempre são de terror e suspense.
Pro primeiro tipo de texto, eu sempre tento pensar “o que as pessoas fazem que ninguém percebe, mas que pode ser bom o suficiente pra virar um texto?” antes de escrever. Feira tem gente de todo tipo e isso é ótimo. Quanto mais diferente são as pessoas, mais fácil é de dar uma exagerada nas coisas e criar uma veia bem-humorada. Eu já fiz crônicas sobre o BRT, o velho do licuri e por aí vai.
Com os contos eu já tenho outra pegada. Acho que a literatura de terror tem um poder de sintetizar coisas muito relevantes e gerar um outro tipo de impacto sobre as pessoas. Por exemplo: O Lago Aruá fala de uma viagem de fim de semana, mas também fala sobre preconceito religioso, racismo, relacionamentos conturbados, descaso com o meio ambiente e por aí vai. Abrakadabra é sobre uma experiência em realidade virtual, mas também fala sobre as dores que corpos negros carregam, a criação do estereótipo de incapacidade sobre pessoas com deficiências e outras coisas. Então eu tento pegar todas as porcarias que rodeiam a gente e mostrar isso de uma forma que vai impactar a galera, nem que seja pelo susto ou pelo medo.
Feira de Santana te inspira de alguma forma em suas obras? Seja positiva ou negativa….
Sim, com certeza. Pra ambas. Eu gosto de Feira de Santana, por ser uma cidade com gente de todo o canto, em que a cultura popular tem uma força enorme na fundação do tipo feirense e por aí vai. O que eu não gosto é de quem gere a cidade, desses coronéis de meia-tigela que tratam Feira como se fossem a casa deles. Você sabe de quem eu tô falando. A experiência negativa vem daí: da violência que desgraça a cidade, a falta de estrutura social, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros vários problemas. Isso também me inspira porque não posso deixar os problemas da cidade alheios ao que eu faço.
Quando a gente, que produz algum tipo de arte, seja literatura, música, artes visuais, o que for, não aponta as doenças sociais, estamos negando que elas existem. Não tem essa de “arte sem politicagem”, a arte é política e o ser humano é um ser político. Política não é só partidária. Se não contextualizamos as coisas e mostramos os erros da sociedade, somos coniventes. Isso legitima que isso continue acontecendo.
Existe racismo na literatura brasileira? Você já sentiu isso na pele?
O racismo brasileiro é estrutural. Ele sempre vai estar presente em qualquer lugar porque a nossa sociedade foi fundamentada assim, com racismo. O meio literário não é diferente. No meu caso, principalmente depois que começamos a trabalhar no sertãopunk, houveram situações que não só minhas falas, quanto as de Alec e Gabriele, que são também negros, foram desvalorizadas e apagadas por pessoas brancas. De forma intencional.
Uma das bases pro sertãopunk é o afrofuturismo, justamente porque a gente entende o peso que a cultura africana teve na história do Nordeste, não só por sermos negros, também. O fato de três negros e nordestinos questionarem várias atitudes do próprio mercado editorial, como nós fizemos – mercado esse que é inundado de pessoas brancas, bem de vida e, na grande maioria, do Sul e do Sudeste – gerou um incômodo no mercado e algumas inimizades que nos perseguem até hoje.
Mas é aquela coisa, né: se gente ruim não gosta do que eu falo ou faço, eu fico feliz.
É mais difícil ser reconhecido como escritor de sucesso sendo nordestino, de Feira de Santana?
É difícil ser escritor num todo, porque o mercado é uma bagunça daquelas. Quando a gente vai colocando as camadas minoritárias e sociais no jogo, vai ficando pior. Ser escritor, do interior do nordeste, pobre e negro é complicado. Mas se for uma mina nas mesmas condições, é ainda mais. Se for indígena, quilombola, ribeirinho, também. Por aí vai. Pra quem tá de fora pode até pensar que é “lacração” desnecessária ou exagero. Obviamente que existem, sim, grandes escritores nordestinos, negros e mulheres, também. Mas nessas horas, a gente tem que pensar no todo: qual a cor das pessoas que comandam as editoras, que editam as histórias, que trabalham com a divulgação delas e que fazem resenhas, reviews e por aí vai? Como funciona esses processos até chegar em uma editora ou no mercado?
Quando tu tá no jogo, vê que muita gente (muita gente mesmo) entra no mercado sem qualquer mérito. Escrevendo mal, com posicionamentos questionáveis, mas que tá ali porque é amigo de não sei quem, parente de fulano, estudou na mesma faculdade que sicrano, etc. A a paleta de cores dessa brincadeira aí é branca. Hoje, não sinto tanto isso porque já tô mais estabelecido (e, curiosamente, a maior parte dos meus leitores são de fora do Nordeste). Mas, pra quem tá começando, é, sim, complicado.
Acho que Feira de Santana tem um potencial de contação de histórias enorme. A gente tem história e tradição na literatura de cordel. Uma das primeiras coisas que li, antes do meu primeiro livro, foi um cordel, sobre Lucas da Feira, escrito por Franklin Machado, que tá em minha casa em Feira até hoje. O que falta é a própria cidade começar a olhar com mais atenção pra quem produz cultura em casa.
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Indústria calçadista promete gerar 1 mil empregos em Santo Antônio de Jesus
Responsável por mais de 10 mil empregos na Bahia, a DASS Nordeste Calçados e Artigos Esportivos pretende investir R$ 40 milhões na implantação de mais uma unidade industrial no estado, no município de Santo Antônio de Jesus, no galpão onde funcionava a Ramarim. A empresa, em atuação há 15 anos no estado, é voltada à fabricação de calçados esportivos e tem a previsão de gerar mais 1 mil empregos diretos e indiretos na primeira fase da operação. O protocolo de intenções foi assinado com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), nesta segunda-feira (25). A nova fábrica terá capacidade de produção de 2 milhões de pares por ano e pretende iniciar as obras em março deste ano.
“Três dos nossos maiores objetivos são: geração de empregos, redução das desigualdades regionais e sociais nos municípios e o fomento da economia baiana. A DASS é a maior empregadora da Bahia, tem 4 unidades industriais instaladas no Estado, sendo uma em Santo Estevão, uma em Itaberaba e duas em Vitória da Conquista. Tivemos no início de 2020 o fechamento da Ramarim em Santo Antônio de Jesus, mas agora temos essa excelente notícia para o município. Estamos no caminho certo, o governador Rui Costa e eu estamos empenhados em estimular novos investimentos na Bahia”, destaca o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico. De acordo com o diretor presidente da empresa, João Henrique Hoppe, no aporte total do investimento está previsto a criação de um Outlet na região, para comercializar produtos fabricados na unidade de Santo Antônio de Jesus. “A DASS pretende ampliar as suas operações aqui na Bahia, com a maior parte da operação concentrada na região. Neste ano de 2021 estamos fazendo a ampliação dessa operação, com parte dela destinada ao município de Santo Antônio de Jesus, onde existe uma edificação do Governo, que já era uma indústria calçadista. Portanto, possui mão de obra com experiência, que nos permite iniciar de forma imediata essa expansão no município. Estamos aqui confirmando a nossa parceria com a Bahia e os baianos e fazendo uma aposta no Brasil”, explica.
Todo feirense sabe ler cantando: o ritmo do seu fim de semana, é aqui…”
Por Maurício Borges*
Acabei de acordar, estou em um ano que não sei exatamente qual é. Consigo ouvir o rádio ligado e sintonizado na Nordeste FM. Tá passando o “Mesa de Bar”. São 10h da manhã e aquela música “Aí foi que o barraco desabou…” está entrando pela porta do meu quarto pra avisar que hoje é sábado! É dia de faxina. Minha Tia Déa tá dando aquele grau na sala agora. Dá pra sentir o cheiro do óleo de peroba sambando pela casa inteira.
Eu amo ouvir música! Lembro que antes de ganhar o meu primeiro mp3 eu ia pra todo canto com aquele rádio portátil AM/FM com lanterninha, lembra?
Entre 2000 e 2004 eu ia pra escola com meu avô e meus primos. Seu Altino já entrava na caminhonete falando “aliga aí no Dirto”. Dirto Cotinho. Lembro que, às vezes, quando o locutor dava uma pausa das notícias, entrava uma voz falando “Sete horas e quarenta e cinco minutos” – Aí uma outra voz dizia: REPITA! E então todo mundo no carro repetia em coro: “Sete e quarenta e cinco.” Confesso que tinha um momento na rádio AM que amo até hoje: os jingles. Do nada começava um “Aqui Acolá todas as delícias para experimentar…” ou “Luciano Bastos ajuda, você a economizar…” e tinha também aquele: “EB é bom demais, EB é bem melhor… EB tudo em ferro pra você.” Que momento!
A minha relação com o rádio começou nas faxinas em casa com minha tia Déa. Nessa época fui entrando em sintonia com um repertório musical de dar inveja a qualquer banda gringa. Descobri o Lairton e seus teclados, Asas Livres, Araketu, Magníficos, Leandro e Leonardo, Calcinha Preta, Joelma, Alexandre Pires, Grupo Revelação… Clássicos atemporais com hits que sempre marcam presença no Karaokê do Irmãos Coragem e no Karaobar.
Hoje em dia o frisson do momento é pedir música na Alexa (a assistente virtual da Amazon), mas nada se compara à emoção de ligar na Princesa FM e falar: “Eu quero pedir pra tocar ‘Vira-Vira’ dos Mamonas Assassinas. E também quero mandar um beijo pra minha mãe. Pronto! Minutos depois você encontrava uma vizinha na rua que falava: “Eu ouvi você no rádio”. Na verdade, pedir música na rádio era só um pretexto pra deixar um recado pra alguém. Um recado, uma indireta, uma declaração de amor… Que saudade! Alexa, tem como voltar no tempo?
Maurício Borges é feirense, redator publicitário e apaixonado por crônicas. Escreve para o Blog do Velame aos domingos.
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PIB de Feira de Santana cresceu nos últimos 16 anos
Ultrapassada por Fortaleza, Salvador deixou, em 2018, de ser a cidade com maior Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste. É a primeira vez que isso acontece desde 2002, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a perda, a capital baiana caiu de 9º para 10º lugar no ranking dos municípios com os 10 maiores PIBs do Brasil. Salvador foi o município que mais perdeu participação na riqueza gerada no estado entre 2002 e 2016. Por outro lado, quem mais ganhou peso na economia da Bahia, nesse período, foi Feira de Santana. Apesar deste resultado, a cidade continua em terceiro lugar, atrás de Camaçari, no top 3 das cidades com maior PIB no estado. Em 2002, de cada R$ 100 gerados na Bahia, cerca de R$ 27 vinham de Salvador, que respondia por 26,8% do PIB do estado. Em 2018, a participação ficou em 22,2%, ou seja, a capital era responsável por pouco mais de R$ 22 de cada R$ 100 gerados no estado. Já Feira de Santana, que contribuía com 3,7% do PIB da Bahia em 2002, viu sua participação crescer para 5,1% em 2018. Nesse período, a cidade passou por quatro mandatos do ex-prefeito José Ronaldo e um de Tarcízio Pimenta. As duas cidades têm forte peso nos serviços privados (excluindo-se a administração pública), que representavam em 2018 72,0% do valor gerado pelos setores produtivos em Salvador e 65,1% do valor gerado em Feira de Santana. A perda de peso de Salvador no PIB baiano se explica justamente pela redução da importância da capital nos serviços privados (de 42,3% para 31,4% do valor gerado pelo setor no estado, entre 2002 e 2018), com uma perda relevante também na indústria (de 18,8% para 12,8%). Já o ganho de Feira se deu com um pouco mais de força no setor industrial da Bahia (de 2,9% em 2002 para 4,5% em 2018) do que nos serviços privados (de 4,8% para 6,4% do valor gerado no estado). (Com informações do BN)
Festival Nacional de Teatro infantil de Feira de Santana ganha formato virtual
De 12 a 19 de dezembro, o FENATIFS – Festival Nacional de Teatro Infantil de Feira de Santana realiza a sua 13ª edição, este ano em formato online, com transmissão através do canal www.youtube.com/CiaCucadeTeatro. Serão 8 dias de intensa programação, com variadas linguagens artísticas, das mais diversas regiões do país, reafirmando a pluralidade do projeto. O público será contemplado com espetáculos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia, além de oficinas, palestras, contação de histórias, workshops e mesa redonda. Considerado um dos mais importantes Festivais do Brasil, em 2020 o FENATIFS potencializa suas ações alcançando públicos para além de seus territórios e limites geográficos, levando arte e cultura para casa do seu público, crianças e adultos. Serão 5 mostras artísticas – com 37 apresentações – sendo a Mostra Nacional, Mostra do Interior do Nordeste, Mostra Jovens Talentos, Mostra de Talentos Mirim e Mostra Bahia em Cena, com os grupos e artistas convidados e selecionados através de edital de abrangência nacional. As apresentações serão transmitidas às 11h, 16h e 19h. 12 de dezembro (sábado) – Na abertura, às 11h, tem palhaçaria e música no palco virtual do festival com Circo Caramba Americana (SP) no espetáculo “A Banda do Jerônimo…e otras cositas más”. O grupo vem sendo reconhecido pela qualidade artística de suas produções, unindo a linguagem da palhaçaria a outras modalidades circenses e, em especial, à música, sendo o fundador da cia., Thiago Sales, uma das referências brasileiras na linha do palhaço excêntrico musical. Às 14h, oficina “Musicalização e Dobraduras em Recorte” ministrada pelos cantadores de histórias, Jujuba e Ana Nogueira (RJ). Uma atividade lúdica, educativa e de musicalização com canções do folclore e técnicas de dobradura e recorte. Logo mais, às 16h, “Manjericão e Manjerona – Pets em Combate ao Corona”, dos premiados artistas independentes Fabiana Santos e Luiz Manoel (RS). Para fechar o primeiro dia do festival, a Cia. Pão Doce (RN) – que há 18 anos desenvolve projetos nas áreas de artes cênicas, música, audiovisual e dramaturgia – apresenta “A Casatória c’a Defunta”, às 19h. 13 de dezembro (domingo) – Às 11h, a Essaé Cia (SC) apresenta “Alice no Brasil das Maravilhas”. O grupo tem participações em eventos, projetos e festivais em diversos estados e importantes premiações em sua trajetória. Às 16h “Da Terra à Lua” – Inspirado na Obra de Júlio Verne, da companhia paulista Sabre de Luz Teatro (SP), que traz em sua bagagem participações e premiações em festivais nacionais e internacionais. Às 19h o festival transmite o espetáculo “África” do Bando de Teatro Olodum, companhia de teatro negro de maior visibilidade na história das artes cênicas na Bahia. Para os interessados nas oficinas, não faltarão atividades nesse domingo! Às 10h tem a oficina “Bailarina com Sacolas Plásticas”, ministrada pelo ator Cássio Correia da Essaé Cia, e que visa o reaproveitamento de material reciclável para fins lúdicos e educativos. Às 14h, Vanda Cortez, palhaça e artista visual, com formação circense na Escola Livre de Palhaços do RJ, Escuela de Teatro Callejero – AG, Teatro de anônimo – RJ, realiza a oficina “Bolhas de Sabão Gigantes”, apresentando ao público as infinitas possibilidades deste universo, seus movimentos, instrumentos, receitas, DIY, e muito mais.
Governo Federal libera primeiro trecho de duplicação da BR-116, entre Feira de Santana e Santanópolis
O Ministério da Infraestrutura (MInfra), por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), entregou nesta segunda-feira (12) o primeiro trecho de duplicação da BR-116/BA após a retomada das obras pelo Governo Federal. O trecho aberto ao tráfego vai do km 403,8 ao km 413, no acesso a Santanópolis. A rodovia é um importante eixo de ligação entre os municípios do noroeste baiano e as obras de duplicação vão promover mais segurança aos usuários e melhorar o escoamento da produção. O investimento do Governo Federal na obra é de R$ 358 milhões. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, destacou a importância da liberação desse primeiro trecho para a economia da região e as perspectivas de avanço na obra até o fim do ano. “São os primeiros 9 quilômetros, mas já há bastante trecho sendo trabalhado, com terraplanagem pronta. Isso significa que até o fim do ano vamos entregar outros segmentos duplicados nesta rodovia. Quando as pessoas voltarem do feriado amanhã, vão perceber a importância dessa duplicação, como a economia com o tempo de viagem e as muitas vidas salvas”, avaliou Freitas. O segmento liberado faz parte do lote de obras nº 6, que possui um total de 40,34 km de extensão e está localizado no trecho que liga Feira de Santana à cidade de Santa Bárbara. Além deste segmento, o lote 6 das obras de duplicação está, neste momento, com mais de 30 km de terraplenagem concluídos e 17 km em fase de pavimentação. A expectativa do DNIT é concluir 24 km duplicados na rodovia federal até o fim deste ano. Nas obras de duplicação também está prevista a construção de quatro viadutos, duas pontes e 12 passarelas. A BR-116 é uma das principais rodovias brasileiras. Ela tem início em Fortaleza (CE) e termina na cidade de Jaguarão (RS), próximo à fronteira com o Uruguai. As obras de duplicação em andamento visam auxiliar no desenvolvimento regional e na redução de acidentes. A duplicação trará, ainda, benefícios como o escoamento de diversos insumos para o nordeste brasileiro e a redução do tempo de viagens. Quando concluída, evitará o acúmulo de veículos na região da zona urbana de Feira de Santana, dando vazão ao tráfego intenso. Durante essa fase de construção, os empregos diretos gerados somam cerca de 350, com reflexos positivos na economia da região. BR-101/BA – Durante esta visita à Bahia, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o diretor-executivo do DNIT, Euclides Bandeira, também vão acompanhar as obras de duplicação da BR-101/BA. Os serviços correspondem aos lotes 3 e 4, com a restauração e duplicação de 40,8 km da rodovia. As equipes do DNIT atuam entre os municípios de Aramari, Teodoro Sampaio, Coração de Maria e Conceição de Jacuípe. As obras de duplicação encontram-se com mais de 90% dos serviços de terraplanagem concluídos. Com investimentos de aproximadamente R$ 243 milhões, os serviços desse trecho têm previsão de término em dezembro de 2021. A rodovia abrange o grande polo industrial da região Nordeste com mais de 150 mil habitantes, fábricas de grande porte e plantações de eucalipto para indústria de celulose e carvão vegetal, até a BR-324. A BR-101 é um dos principais corredores rodoviários do Brasil, pois corta o país de Norte a Sul, atravessando 12 estados. A estrada recebe mais de 12 mil veículos por dia, dos quais 60% são relacionados ao transporte de cargas.
Shopping Cidade das Compras entra em funcionamento segunda-feira
Maior entreposto comercial do gênero no Norte e Nordeste do país e novo vetor de desenvolvimento da economia de Feira de Santana, o Shopping Cidade das Compras, também conhecido como Shopping Popular, entra em funcionamento a partir desta segunda-feira, 21. O empreendimento abrigará cerca de 1.800 vendedores ambulantes. No novo local de trabalho, os antigos ambulantes passam a atender suas clientelas em local mais seguro e aconchegante, longe dos intempéries do tempo. E, sobretudo, deixam a condição de trabalhadores “invisíveis”, saindo da clandestinidade para se tornarem micro-empreendedores. O Shopping Cidade das Compras está construído em área nobre da cidade, no Centro de Abastecimento, ao longo da rua Olimpio Vital, em frente a Estação de Transbordo Centro. O equipamento, fruto da Parceria Público Privado, está sendo entregue pelo Governo Municipal com toda estrutura para melhor atender comerciantes e clientes. O local disponibiliza ampla área de estacionamento próprio, além de sanitários e acessibilidade para portadores de necessidades especiais.
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PERSONAGENS DE FEIRA: Conheça a história de Virna Jandiroba
Por João Guilherme Dias
Tenho certeza que você já ouviu esse nome: Virna Jandiroba. Pois é, a história dela que a gente vai conhecer nessa semana na série de reportagens do Blog do Velame sobre personagens de Feira de Santana. Virna nasceu em Serrinha, mas, disse que é uma feirense do coração, que nasceu em 1988.
A sua infância foi tranquila, marcada por timidez, Virna contou que na escola até chegaram a pensar que ela tinha dificuldade para falar, mas, a explicação era outra, “eu vivia no meu mundo”. Contudo, ao chegar na adolescência isso mudou um pouco, a lutadora brinca que, “aprontei um bocadinho”.
Virna explica que foi criada dentro das artes marciais, a primeira experiência foi aos 12 anos, no Kung Fu, mas, ela não demorou muito por lá, a turma era toda formada por meninos e o machismo, fez com que a jovem atleta saísse do Kung Fu. Foi para o Judô, também não ficou muito tempo, logo foi convencida por um professor de Jiu Jitsu que ela tinha jeito pra coisa. Aceitou, o professor foi certeiro, a adolescente exclamou que o novo desafio, “foi amor à primeira vista”.
Já na fase adulta, mais uma migração, a serrinhense foi pra o MMA, com só dois meses já estava competindo. A partir daí, as dificuldades que a maioria das mulheres, nordestinas e atletas, enfrentam: desvalorização. Virna não encontrava adversárias no Norte e Nordeste, e a grana era pouca para competir no eixo Sul-Sudeste.
Entre os anos de 2014 e 2015, Jandiroba se mudou definitivamente para Feira de Santana – antes ela ia e voltava todos os dias de Serrinha, para treinar e para fazer a graduação na UEFS – a mudança era pra aumentar ainda mais a sua performance profissional.
Em março de 2018, lutando nos Estados Unidos, a serrinhense venceu o cinturão peso-palha do Invicta FC, “a passagem pelo Invicta foi determinante para o meu amadurecimento”. Mal sabia Virna que pouco mais que um ano depois de ganhar o cinturão, ela iria estrear no Ultimate Fight Championship.
Falando em UFC, o convite veio só com 20 dias de antecedência para a luta, Virna não titubeou e aceitou o desafio. Infelizmente, a estreia veio com derrota, “fiz uma boa luta, mas, foi definida no detalhe”, conta a lutadora. No final daquele ano, mais um combate no UFC, esse, Virna venceu.
Já durante a pandemia do novo coronavírus, mais uma luta, desta vez, a feirense do coração estava realizando um sonho: lutar em Las Vegas, nos Estados Unidos. Mas, não foi só isso, Virna deu show e finalizou com tranquilidade a americana, Felice Herrig, e mais, ganhou o bônus como a performance da noite.
E ainda tem mais, Jandiroba entrou para o ranking do UFC, ela disse que “entrei pro jogo, nos mostramos para o mundo”. Só que Virna quer mais, muito mais, “nunca escondi a minha ambição de estar entre as melhores e disputar o cinturão”, afirmou.
Você deve ter reparado que não citei uma vez sequer o famoso apelido de Virna, ‘carcará’, pois é, a história desse apelido merecia um parágrafo específico. Ela explica que pensou muito em qual apelido utilizar, “eu queria algo que representasse o sertão”, um amigo sugeriu: ‘carcará’. Caiu como uma luva, “a ave tem características muito fortes, imponente, usa a adversidade para o desenvolvimento”, disse Virna ‘Carcará’ Jandiroba.
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A Virna dos octógonos, a gente já conhece, mas e a Virna fora deles? “Gosto de estar com os meus amigos, de ler, assistir filmes, eu gosto de fazer coisas que me desafiem, tô sempre buscando coisas novas, agora mesmo, estou aprendendo a tocar teclado”. Nessa pandemia, a ‘carcará’ disse que está sentindo falta de jogar boliche com os amigos.
Ao ser questionada sobre o que mudaria em Feira, Virna respondeu que não só aqui, mas, em todo o Brasil, “o incentivo ao esporte, sobretudo, na base, as pessoas têm direito de praticar o esporte”, finalizou. Valeu, Virna! Como você disse em Las Vegas, “deixem o carcará voar!”.
Marcelo Neves deixará o cargo de secretário de Educação de Feira
O secretário de educação Marcelo Neves deixa o cargo. A informação foi oficializada na noite desta sexta-feira (4).
Marcelo explicou que sua saída se dá “de maneira tranquila, atendendo a razões profissionais” e que isto “não representa qualquer tipo de ruptura com o governo municipal”. Nesta sexta-feira, ele se reuniu com o prefeito Colbert Martins Filho e agradeceu pela confiança e oportunidade de exercer um cargo tão importante em sua terra natal.
Marcelo Neves, que assumiu a Seduc em agosto de 2019, deixa a função com a sensação de ter dado o melhor de si para desempenhar a função que considera “mais desafiadora” até o momento em sua carreira como gestor.
“Tenho consciência de ter assumido num período bastante crítico para toda a humanidade, não apenas para o Brasil nem para Feira de Santana. Num contexto ainda mais delicado para a Educação pública. No entanto, durante todo o meu percurso procurei garantir que todas as questões da pasta fossem encaradas com seriedade e a sensibilidade necessárias para a boa gestão educacional”, observa.
O advogado feirense foi superintendente da Sudene, Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, no período entre 2016 e 2018; atuou como juiz conciliador no Tribunal de Justiça da Bahia e durante oito anos foi superintendente administrativo da União dos Municípios da Bahia, UPB. Foi também secretário parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia.
Segundo Marcelo, ele deixa o cargo para encarar um novo desafio profissional. “Por outro lado, vou continuar próximo de Feira de Santana, grande parte da minha vida é ligada ao município, minha família vive aqui… Nunca vou me desligar de Feira”.
PROTOCOLOS E MEDIDAS PARA UMA POSSÍVEL VOLTA ÀS AULAS
Marcelo Neves deixa em construção, numa etapa já bastante adiantada, um Plano de Contingência para uma possível volta às aulas. O plano foi elaborado em conjunto com o Departamento de Ensino da Seduc e a Secretaria de Saúde.
O documento apresenta ações de responsabilidade da Seduc, nos âmbitos da biossegurança, infraestrutura, administrativo, comunicação e pedagógico; há também um conjunto de ações a serem executadas pela unidade escolar, através da sua equipe gestora, professores e equipe de apoio.
Não há previsão para a volta das aulas no plano físico. O plano só será posto em prática após o parecer técnico do Comitê de Controle da Covid-19 de Feira de Santana, autorizando o retorno às aulas presenciais. Adaptação dos espaços para evitar aglomerações, o aumento da ventilação e o uso de materiais de higiene estão entre os itens discutidos no documento.
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Colbert diz que pode retomar medidas restritivas se a população continuar insistindo em aglomerações
Apesar da redução no número de novos da Covid-19, o prefeito Colbert Martins Filho (MDB) disse estar preocupado com o relaxamento das medidas restritivas na cidade. Segundo ele, com o descumprimento do decreto municipal que proíbe a abertura de bares e as aglomerações em estabelecimentos comerciais, novas medidas de restrição nos setores comerciais poderão ser tomadas se a atitude do feirense persistir.
A coletiva também tratou da diminuição dos casos da doença no município mês a mês. Em junho Feira registrou um total de 3.108 casos confirmados. Em julho o número subiu para 3.528, mas em agostou houve uma diminuição significativa. Foram 1.924 casos no total. Para a infectologista do município, Melissa Falcão, a diminuição não é motivo para relaxamento.
“Estamos em tendência de queda da curva de casos de covid 19 em Feira de Santana, mas o momento não é de relaxar. Muito pelo contrário: vamos manter os cuidados, principalmente evitar aglomeração e usar máscara”.
O diretor do Hospital de Campanha do Município, Francisco Mota informou que a situação nas UTIs não é tranquila apesar da diminuição nos casos. Segundo ele, está havendo uma oscilação com casos mais graves, exigindo internação em UTI.
Prefeito de Feira reclama de pichação contra ele e diz que vai levar caso à polícia
“A política-partidária em Feira de Santana não tem histórico de violência e eu não vou entrar nessa onda de ódio. Manifestações desse tipo também refletem que há desespero nos opositores”. Reagiu o prefeito Colbert Martins ao saber da pichação “Colbert assassino” em um viaduto de uma das avenidas mais movimentadas da cidade.
Colbert salientou que esse não é o primeiro ataque, mas garante que não vai reagir no mesmo tom. “Nós estamos vivendo um momento muito difícil com a pandemia, com gente sofrendo, morrendo, e esse tipo de violência é do mais baixo nível”, lamenta.
O prefeito destaca, ainda, que se a oposição fez a pichação em alusão ao enfrentamento da pandemia no município: “agiu com extrema má fé, porque a letalidade em feira é menor que a registrada em Salvador, no Nordeste, na Bahia e no Brasil, segundo dados da própria Sesab. Na média de crescimento da epidemia, feira está em 232º lugar entre os municípios baianos, também conforme a Sesab”.
“se a oposição está tentando me atrair para um jogo sujo, pode mudar de tática. O povo de Feira de Santana terá de minha parte todo o respeito, com uma campanha de apresentação de grandes propostas para o bem estar da população e não ataques que demonstram desespero e despreparo psicológico para governar um município”, acrescentou o prefeito.
O governo municipal vai solicitar que a polícia civil investigue e tente descobrir a autoria da pichação.
ENTREVISTA: Ativista espera rapidez da Prefeitura na implantação da Lei Aldir Blanc
Elsimar Pondé
E-mail: [email protected]
Um dos fundadores do Fórum Permanente da Cultura, há quase 10 anos, Joilson Santos tem intensa atuação no segmento cultural em Feira de Santana e em toda Bahia.
Produtor do Feira Noise Festival, um dos mais importantes festivais independentes do Nordeste, ele também é músico e um dos responsáveis pela produtora cultural Banana Atômica.
Na condição de agente com longa experiência na cidade, Joilson enfatiza o papel que a articulação do segmento cultural tem alcançado ao longo dos últimos anos e diz esperar que haja rapidez por parte do poder público para implementar a Lei Aldir Blanc. Nesta sexta tem Audiência Pública para tratar do assunto.
Sobre a postura que o novo secretário de Cultura, Joilson observou ao Blog do Velame que ainda é muito cedo para fazer uma avaliação, mas diz que Jair Carneiro Filho pelo menos tem demonstrado disposição para dialogar.
1 – Quais são suas expectativas e do Fórum com relação a Audiência Pública desta sexta?
As expectativas são que as coisas comecem a andar com mais celeridade a partir de hoje. O cadastro municipal tem vários problemas que precisam ser corrigidos e por isso foi proposto este encontro. É preciso corrigir esse gargalo que tem sido o cadastro, mas é preciso maior velocidade na execução dessas mudanças e também de outras demandas que a lei exige do governo municipal para o repasse dos recursos.
2 – Qual é a medida mais urgente hoje, no que diz respeito a implantação da Lei Aldir Blanc na cidade?
A lei Aldir Blanc veio neste contexto de pandemia, é uma lei de emergência que tem intuito de socorrer os agentes culturais sem trabalho desde março. Então vários aspectos são urgentes, precisamos implementar o comitê gestor que vai acompanhar e construir junto com a Secel todo esse planejamento de ações para garantir que os recursos da lei cheguem para as pessoas. Mas também é necessário que se divulgue com mais força o cadastramento, também se inicie as discussões sobre editais e todas as outras formas previstas na lei para repasse destes recursos.
3 – Na sua compreensão qual é o nível de articulação que o segmento cultural tem hoje em Feira e de que forma ele pode colaborar no enfrentamento a essa crise imensa?
Feira tem diversas dificuldades históricas no que diz respeito a política cultural na cidade, várias ações, demandas do Sistema Municipal de Cultura estão paradas ou foram deixadas de lado pela Prefeitura, mas nenhuma dessas demandas foram abandonadas por falta de articulação da sociedade civil, na verdade foram justamente essas articulações que a quase uma década tem partido inclusive deste Fórum Permanente de Cultura que diversas dessas demandas foram tocadas, ganharam corpo e sinalizaram que era possível ter em nossa cidade políticas públicas importantes para desenvolvimento do setor.
Por falta de vontade política diversas delas estão paradas, mas o que foi conquistado foi fruto dessa articulação que em um momento de crise como este não se furtou de agir, mesmo com toda essa questão da pandemia, o setor buscou solução, se articulou e estamos tocando o Fórum com muita força e com envolvimento de representantes de diversos setores da cultura.
Essa articulação segue mobilizando as pessoas e também buscando diálogo com o poder público para que a Lei consiga em Feira de Santana ser este alento e auxílio para as trabalhadoras e trabalhadores da cultura de nossa cidade.
4 – Como você tem avaliado os primeiros passos no novo secretário de Cultura? Vocês esperam muitas mudanças na estrutura da pasta?
Ainda é cedo para fazer alguma avaliação do novo secretário, estamos com uma semana da posse dele, mas ele tem se mostrado aberto ao diálogo e isso é fundamental, mas também é preciso que ele entenda a urgência do momento e que a Secel já perdeu muito tempo inclusive com essa mudança de gestão. Precisamos agir rápido para que Feira não fique entre as últimas cidades a receber os recursos e principalmente para que essa ajuda não demore a chegar a quem mais precisa.
É sempre importante lembrar que o setor cultural foi o primeiro a parar deixando sem atividade e fonte de renda milhares de trabalhadores da cadeia produtiva da cultura, técnicos, produtores, artistas, espaços culturais diversos, enfim, é um setor econômico importante e que está parado e sem perspectiva de retorno. É preciso entender isso e partir para ação. Quanto a mudanças estruturais, existem muitas que são necessárias na pasta, mas só o tempo vai dizer se serão realizadas ou não.
5 – Mesmo diante de tantas incertezas, como você vislumbra o que virá adiante. As ações culturais, como o Feira Noise, por exemplo, deverão ser construídos de que forma?
Existe muita incerteza principalmente para nós que atuamos em espaços que tem aglomeração como fator primordial para desenvolvimento de ações. Existem vários debates e discussões e alguns caminhos estão sendo apontados, no caso dos festivais por enquanto a saída é fazer ações online e acredito que por enquanto não há outro caminho, mas estamos buscando soluções para que a experiência do festival também seja compartilhada de forma mais ampla nesse formato online.
Alguns festivais tem realizado ações bem interessantes e estamos atentos e pensando também em como fazer uma edição neste formato em 2020 e torcendo para que 2021 ou 2022 a gente consiga fazer com segurança uma edição incrível e presencial.