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Feira de Santana / 10 de maio de 2021 - 10H 46m

Projeto prevê R$ 10 milhões na reforma do Complexo Policial de Feira de Santana

O secretário da Segurança  Pública,  Ricardo Mandarino, visitou as instalações que abrigam unidades especializadas da Polícia Civil e CRPT de Feira de Santana. O Complexo Policial Investigador Bandeira, em Feira de Santana, recebeu a visita técnica  de equipes da Secretaria  da Segurança Pública na manhã desta segunda-feira (10). O local, que abriga unidades especializadas da Polícia  Civil e a Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (CRPT), tem projeto de reforma orçado em cerca de R$ 10 milhões.  “Viemos ver de perto as necessidades do Complexo, que é  um dos mais antigos da cidade. Vamos buscar recursos  e ajustar um local para que a reforma não prejudique o atendimento à  população” afirmou o secretário  da SSP, Ricardo Mandarino, que acompanhado da delegada-geral, Heloísa Brito, e do diretor do DPT,  Edson Reis, foi recebido por equipes policiais da região.  Localizado no bairro Brasília, no condomínio Jomafa, o espaço tem  reforma de todas as edificações prevista  e a inclusão de área para instalação de uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher.

Política / 26 de abril de 2021 - 10H 38m

Dayane Pimentel gasta mais de R$ 250 mil em empresa suspeita de rachadinha na Câmara

Os deputados federais Claudio Cajado (PP) e Dayane Pimentel (PSL) estão no ranking dos três parlamentares da Câmara que mais gastaram com a locação de carros junto à empresa Gold Car Brasília. A locadora, com sede no Distrito Federal, pertence à esposa de um servidor da Casa e emitiu ao menos 676 comprovantes de pagamentos feitos por 23 deputados federais, sendo 21 deles da atual legislatura. De acordo com informações da CNN Brasil, funcionários da Casa denunciam um esquema de rachadinha envolvendo a empresa, segunda locadora de carros mais contratada por deputados federais nas últimas duas legislaturas. O valor total pelo serviço prestado desde janeiro de 2017 é de R$ 2.922.785,41. O marido da proprietária da empresa é o analista legislativo FC-4, Idelfonso Vidal Salmito. A emissora teve acesso a mensagens do servidor oferecendo e negociando os veículos com parlamentares. Funcionários da Câmara dizem que é possível um financiamento em que o político se torna dono do veículo pago com dinheiro público. Conforme a emissora, até o momento, Cajado gastou R$ 283.621,00 e Dayane R$ 253,5 mil. Os valores pagos pelos deputados são cobertos pela Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar, que corresponde a um valor mensal disponível para custear despesas do exercício do mandato. Somente para aluguel ou fretamento de veículos automotores o reembolso aos políticos pode chegar a R$ 12.713 por mês. À CNN, Dayane declarou que, para a efetivação da contratação, foi anteriormente realizada cotação em três estados e no Distrito Federal, sendo que a empresa Gold Car foi a que apresentou as melhores condições e valores mais baixos para locação de veículo blindado. “A parlamentar não conhece os donos da empresa Gold Car nem os servidores cujos familiares são proprietários da referida empresa. Provadas as irregularidades nas práticas da empresa Gold Car, buscará a rescisão do contrato firmado”, disse.  Cajado também alegou que a empresa apresentou melhor cotação de preços dentre outras opções que o seu gabinete solicitou, “enviou de condições e preços de locação dos veículos mencionados, como também foi encaminhada a documentação contratual para a área pertinente da Câmara dos Deputados onde a mesma realizou avaliação e emitiu aprovação”. “Dessa forma, o parlamentar desconhece qualquer valor que tenha sido depositado na conta institucional ou pessoal do mesmo”, afirmou o parlamentar. (Com informações do BN)

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Foguetinhos Velamados / 16 de abril de 2021 - 10H 23m

Foguetinhos Velamados

Pai da pitaya

O deputado estadual Angelo Almeida se apaixonou pela pitaya. A fruta originária do México é da espécie de cactos epífitos, muito parecida com o mandacaru e com a palma, tipos abundantes no semiárido baiano e fez com que o parlamentar a abraçasse como uma oportunidade para agricultura familiar baiana. Ele tem conversado com diversos setores do Governo do Estado sobre a importância de investir em novas alternativas para o agricultor familiar e uma delas é a produção de pitaya. A fruta tem um bom valor de mercado, não precisa de muita água para o cultivo e tem ganhado popularidade no Brasil.

Gol contra

O Fluminense de Feira vive um dos piores momentos da história. Os últimos presidentes renunciaram, o clube está atolado em dívidas e em péssima situação no Campeonato Baiano. Mas, não há nada tão ruim que não possa piorar. O ex-procurador Icaro Ivinn, afastado da Prefeitura de Feira de Santana por acusação de assédio, tem se colocado como candidato a presidente do clube. Icaro tem o carisma de um chuchu estragado e a credibilidade anda em baixa desde as aparições nas páginas policiais. Ou seja, tudo que o Touro não precisa. A eleição acontece na próxima semana e já tem gente com saudade de Tom e Deraldão.

Mudando de time

A ida de José Ronaldo aos eventos do Ministro João Roma é só uma tentativa de dizer para ACM Neto que, caso ele não queira, tem quem queira. Ronaldo já avisou que é candidato em 2022, mas ainda não disse qual cargo vai disputar. Deseja uma vaga no Senado na chapa de Neto, entretanto já sentiu que está sendo “fritado” pelo aliado e busca recolocação no “mercado”. Roma deve ser o principal representante de Bolsonaro na Bahia na próxima eleição. Resta saber como ficará Colbert nessa encruzilhada.

Otimista

Vereador eleito com apenas 1.783 votos, um dos menos votados da eleição municipal 2020, o cantor Galeguinho SPA já sonha com voos mais altos. Essa semana ele anunciou que será candidato a deputado federal. Segundo o edil, o convite para disputar uma vaga em Brasília partiu da deputada Lídice da Mata.

Feirense do feiraguay

Falando em candidato, quem segue firme no propósito de ser reconhecido como um político genuinamente feirense é Robinson Almeida. Deputado estadual apadrinhado pelo deputado federal Zé Neto, o parlamentar segue disputando espaço com José de Arimateia, Carlos Geilson e principalmente Angelo Almeida. A meta do petista é ter mais votos na cidade do que o trio feirense.

 

Feira de Santana / 11 de abril de 2021 - 08H 00m

Visita de ministros de Bolsonaro deve resultar em parcerias no Turismo e na Educação

O desenvolvimento do turismo sustentável no Lago de Pedra do Cavalo e uma parceria com o novo complexo educacional, que está sendo instalado no antigo Feira Tênis Clube, tiveram conversações iniciadas, neste sábado (10), com os ministros da Cidadania e do Turismo, respectivamente João Roma e Gilson Machado Neto. Eles fizeram uma rápida visita ao complexo educacional e foram recepcionados pelo prefeito Colbert Martins. Os ministros conheceram todo o projeto, que já teve uma parte concluída e entregue hoje (10), e o prefeito abordou os assuntos sobre o turismo no lago e a parceria. “Em breve, estarei indo à Brasília para uma audiência com o ministro do Turismo, quando a aprofundaremos essa questão do Lago Pedra do Cavalo”, destacou Colbert Martins. Os ministros João Roma e Gilson Machado Neto passaram por Feira de Santana para cumprir compromissos na cidade de Serrinha, a cerca de 60 km.

Feira de Santana / 01 de março de 2021 - 17H 15m

Fiscalização interdita bar e fecha 67 estabelecimentos no final de semana em Feira

As operações do Toque de Recolher realizadas entre as 17h de sexta-feira, 26, até as 5h desta segunda, 1º de março, resultaram em uma interdição e 67 estabelecimentos foram fechados, em Feira de Santana. Os dados são da Polícia Militar e da FPI (Fiscalização Preventiva Integrada).  O bar Morenas Drinks, na avenida Primavera, bairro Pampalona, foi interditado na madrugada de sábado, 27, por consumo e venda de bebida alcoólica. Neste mesmo bairro, o bar e petiscaria Empório Menezes foi orientado ao fechamento, por descumprir o decreto. Outros estabelecimentos, como o bar Stella Mares, no Campo Limpo; bar Explosivo, no Tomba; Supermercado Pague Menos, na estrada da Pedra Ferrada, Asa Branca; Mercado São José, no Fraternidade; Kicoxinha, no Morada das Árvores; Arena Esportiva, no Jardim Cruzeiro e Box 05, na praça do Tomba, foram fechados. O secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico e também coordenador da FPI, Joedilson Freitas, conta que a interdição é feita quando há flagrante. “Se encontrarmos um bar, com clientes consumindo ou comprando bebidas, é feita a interdição. Caso, por exemplo, o bar esteja apenas aberto, orientamos o fechamento”, pontuou. Além disso, os registros da Polícia Militar indicam uma prisão em flagrante na sexta-feira, 26, e o encerramento de duas festas de paredão. As operações foram reforçadas em todo o município, com maior rigor nos grandes centros de alimentação e bebida, como a avenida Maria Quitéria e bairros Parque Ipê, Campo Limpo, Morada das Árvores, Pampalona, Jardim cruzeiro, Jardim Acácia, Tomba, Fraternidade, Brasília e estrada da Pedra Ferrada no Asa Branca. Os órgãos envolvidos na fiscalização foram a Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (Settdec); Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev); Secretaria de Transporte e Trânsito (SMTT); Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon); Superintendência Municipal de Trânsito (SMT); Guarda Municipal , Polícia Militar e Rondesp.

Personagens de Feira / 10 de fevereiro de 2021 - 07H 00m

PERSONAGENS DE FEIRA: O escritor feirense que descobriu o talento no WhatsApp

Por Rafael Velame

As crônicas dele deveriam ser leitura obrigatória para quem quer entender Feira de Santana de verdade. Alan de Sá, feirense formado em jornalismo, é uma promessa da literatura. Criado no Parque Lagoa Subaé, bairro pobre onde a realidade bateu na porta logo cedo, viu conhecidos morrendo por causa do tráfico. Uma realidade que moldou a sua visão de mundo. Talvez por isso, seus textos sejam marcados por excessos – de palavrão, de sarcasmo e de duras verdades. Do primeiro livro lido, somente aos 15 anos, até se descobrir escritor, por conta de um grupo de WhatsApp, aos 18, Alan sabe que seu destino poderia ter sido diferente. Viveu as dificuldades de ajudar a mãe que foi ambulante na Salles Barbosa e lá passou a conhecer pessoas, perceber trejeitos e ver como era o que ele chama de “feirense médio”. Vivências que virariam crônicas publicadas e muito compartilhadas no Facebook. Atualmente Alan trabalha em uma grande agência de publicidade em São Paulo e, apesar das dificuldades, já publicou “Marani”, seu primeiro romance e a obra de suspense e terror “Lago Aruá“. Paralelamente ele defende o movimento literário Sertão Punk, que você vai conhecer melhor na entrevista abaixo onde assuntos como racismo no meio literário e afrofuturismo também são abordados. 

Quando surgiu o desejo de ser escritor? Como você se descobriu escritor?

Foi um processo meio estranho e demorado. Eu comecei lendo tarde, li meu primeiro livro na vida aos 15 anos, ainda no ECASSA. Me apaixonei pela leitura nessa época, mas a escrita em si veio anos depois, já com 19 pra 20 anos. Nessa época eu já tinha terminado o ensino médio e não estava arrumando emprego, então passava muito tempo em casa. Acabei entrando em um grupo de Whatsapp junto com uma galera de vários estados do Brasil e todo mundo curtia as mesmas coisas que eu: filmes, séries, animes, livros, etc. Resolvemos fazer uma brincadeira de criar personagens pra cada um do grupo. A galera curtiu e decidimos criar uma história com todos. Eu era um dos responsáveis por juntar todas as histórias em uma só. Acho que foi mais ou menos por aí.

Onde foi criado em Feira, como foi a infância?

Eu nasci em Feira de Santana, mas passei uma parte da minha infância em São Paulo, até os oito anos. Meus pais já tinham uma vida estabelecida na cidade. Minha mãe era costureira e meu pai, pintor. Eles usavam as economias, dinheiro de FGTS, férias, essas coisas, pra construir a casa em Feira. Quando voltamos, em 2003, já tava tudo mais ou menos pronto. Daí em diante vivi a maior parte da minha vida no Parque Lagoa Subaé. 

A gente sempre foi pobre. Um pouco menos do que a grande maioria das pessoas pobres do Brasil, porque tínhamos nossa própria casa, minha mãe trabalhava com carteira assinada, meu pai tinha o emprego dele, mas nada nunca foi realmente fácil. Já passamos por vários apertos na vida, mas sempre estávamos ali um pelo outro, todo mundo se ajudava como podia e até hoje é assim. Por um tempo, o Parque Lagoa foi um bairro mais perigoso do que é hoje. Vi muitos pivetes morrerem cedo demais por causa de droga, facção, crime. Gente de 12, 15 anos, que nem tiveram tempo de mudar de caminho e ter alguma oportunidade, como eu tive. Isso moldou muito da minha visão de mundo, porque o pensamento coletivo ficou ainda mais forte na minha mente. 

Eu sempre curti desenhar e isso era um passatempo massa pra mim. Depois de um tempo trabalhando como costureira, minha mãe comprou uma barraca na Salles Barbosa em 2007, que existia até o dito cujo do prefeito resolveu derrubar pra favorecer empresário mineiro e acabar com o sustento e a história de milhares de pessoas na cidade. Lá foi que comecei a aprender os caminhos do centro, conhecer pessoas, perceber trejeitos das pessoas e ver como era o “feirense médio”. Sempre que ficava com a coroa, e quando a gente conseguia vender alguma coisa, pegava uma parte da grana e juntava pra comprar materiais de desenho na Maskat e na banquinha de jornal em frente a Prefeitura. Isso me fez querer trabalhar com design por muitos anos. Acabei fazendo Jornalismo na FAT. Coisas da vida, né. Mas não me arrependo de maneira alguma. 

Fiz o final do fundamental 1 no Luciano Ribeiro Santos, uma escola municipal lá no Parque Lagoa mesmo. Depois, fui pro ECASSA, onde fiquei até o fim do ensino médio. Quando entrei, Artemízia ainda era a diretora, botava medo até na galera do terceirão. Foi lá também que fiz meus melhores amigos, que estão comigo há anos e já são parte da família, verdadeiros irmãos que ganhei com a vida, mesmo tendo, também, meus irmãos de família. Bati muito de frente com Lúcia Branco, diretora da escola, por conta de várias e várias situações de descaso da gestão da escola com o próprio patrimônio e a educação. Já fiz abaixo assinado pra tirar ela de lá, brigamos muito e, até a última vez que fui lá (em 2018, não lembro), ela sequer olhava na minha cara direito. Ainda bem. 

Por que foi pra São Paulo?

Eu trabalhava com publicidade numa agência de Feira, tinha acabado de terminar a faculdade. Não tinha muitas pretensões de sair, porque, bem ou mal, eu gosto de Feira. Mas aí uma vizinha viu uma publicação de um processo seletivo pra jovens criativos de uma agência de São Paulo, a Wieden+Kennedy. Até então, não conhecia nada da agência, mas depois descobri que se tratava de uma das maiores e mais relevantes do mundo, responsável por várias campanhas icônicas pra Nike. Resolvi tentar. Depois de um mês de processo seletivo, fui um dos selecionados pro programa. Além de mim, mais duas pessoas da Bahia entraram: Caíque, fotógrafo de Madre de Deus; e Larissa, estudante de jornalismo da UFBA, mas que é natural de Uruçuca. No total foram seis: tinham mais duas pessoas de Brasília (Lara, publicitária; Luiz, fotógrafo e diretor de arte) e Taís, ilustradora de São Luiz, no Maranhão. 

A gente passou nove meses trabalhando na Wieden+Kennedy, aprendendo sobre publicidade e fazendo projetos internos, enquanto morávamos num hostel. Foi um período bem intenso, com vários altos e baixos pelo caminho. Foi durante esse período que vi o quanto o mercado aqui era mais organizado que Feira, além das oportunidades de crescimento serem maiores. Resolvi ficar pra ter uma grana a mais e poder ajudar meus pais. Hoje, trabalho em outra agência, FCB Brasil, que também é uma empresa global e bem grande na área. No fim das contas, deu tudo certo. 

O que é o Sertãopunk?

O sertãopunk é uma ideia. É mais fácil começar por aí. Uma ideia de como o Nordeste pode ser no futuro a partir de um ponto de vista nordestino. O sertãopunk começou depois de mim e mais dois amigos, Alec Silva e Gabriele Diniz, que também são escritores negros e nordestinos, levantarmos alguns questionamentos sobre como o a cultura da região era representada nas produções de ficção, fossem elas livros, filmes, séries, artes visuais, etc. Porque sempre o nordestino como, ou cangaceiro, ou matuto? Por que a estética da seca sempre atrelada ao Nordeste? Foi a partir de questionamentos assim que a gente começou a pensar no sertãopunk. 

A gente tem uma região rica em biodiversidade, produção de energia limpa, com polos de tecnologia e geração de renda bem estabelecidos, a única baía inteiramente navegável do mundo (a Baía de Todos os Santos), alguns dos maiores portos do Brasil, fora toda a diversidade cultural, mais de 1900 territórios quilombolas, centenas de tribos indígenas e presença constante nas maiores e mais relevantes revoltas populares da história do Brasil. O Nordeste não é só o carnaval de Salvador, seca e Lampião. 

Foi pra isso que pensamos o sertãopunk, pra ser uma ideia pra todo mundo que quer se expressar contra esses estereótipos e xenofobia construídos historicamente. Através de qualquer tipo de arte: música, grafite, literatura, o que for. A partir daí, dar uma nova cara pras possibilidades de Nordeste no futuro. 

Quais livros já publicou?

Publiquei Marani, meu primeiro e único romance, até então, em 2017. Em 2019 lancei O Lago Aruá via financiamento coletivo pelo Catarse, mas esse é menor, entre um conto e uma novela. Entre esses dois eu participei de alguns projetos coletivos com autores de vários estados do Brasil, além de colocar coisas avulsas na Amazon, no total. No total, são umas 10, 12 publicações. Meu último lançamento foi Abrakadabra, em 2020, direto na Amazon e já dentro da estética do sertãopunk. Além, é claro, da coletânea Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã, que traz o manifesto do movimento, além de artigos sobre pontos relevantes sobre o que a gente pensou e dois contos, um meu (Schinzophrenia) e o outro de Gabriele Diniz (Os olhos dos cajueiros), co-criadora do sertãopunk. 

É difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?

Existem diversos formatos de editoras por aí. Muitas usam um sistema de “pague pra publicar”, em que o autor paga por todo o processo editorial mais uma quantidade de livros, os caras fazem um trabalho meia-boca e depois somem, colocam o livro no site deles, nunca trabalham publicitariamente a obra, te fazem assinar um contrato criminoso e tu nunca vê a cor do dinheiro pelo teu trampo. 

E tem as editoras tradicionais. Essas, sim, são difíceis de acessar, porque elas possuem um processo editorial mais sério e não costumam apostar em autores iniciantes de cara, justamente por ser dela todos os custos de produção e divulgação da obra, além de bancarem um adiantamento dos direitos autorais pro autor. Pra chegar nessas, das duas uma: ou tu é branco (se for do Sul ou de São Paulo, melhor ainda); ou é muito, muito bom. 

Como foi o processo de criação do Lago Aruá?

O Lago veio depois de uma viagem que fiz com minha ex-namorada. Ela é de Salvador e a gente nunca tinha feito uma viagem junto. Uns amigos dela resolveram passar um final de semana numa casa na Lagoa do Aruá, na Reserva de Sapiranga, em Mata de São João. Resolvi ir com eles. Durante uns dois dias, algumas coisas meio bizarras aconteceram. Vi alí uma oportunidade de fazer uma história de terror a partir de um ponto de vista mais cru, que era o meu. Daí nasceu O Lago Aruá. 

Você se define um escritor de que tipo?

Eu gosto de escrever tipos diferentes de literatura. Tem minhas crônicas, que geralmente tem um formato mais engraçado e que eu falo mais da cidade e das pessoas. E meus contos, que quase sempre são de terror e suspense. 

Pro primeiro tipo de texto, eu sempre tento pensar “o que as pessoas fazem que ninguém percebe, mas que pode ser bom o suficiente pra virar um texto?” antes de escrever. Feira tem gente de todo tipo e isso é ótimo. Quanto mais diferente são as pessoas, mais fácil é de dar uma exagerada nas coisas e criar uma veia bem-humorada. Eu já fiz crônicas sobre o BRT, o velho do licuri e por aí vai. 

Com os contos eu já tenho outra pegada. Acho que a literatura de terror tem um poder de sintetizar coisas muito relevantes e gerar um outro tipo de impacto sobre as pessoas. Por exemplo: O Lago Aruá fala de uma viagem de fim de semana, mas também fala sobre preconceito religioso, racismo, relacionamentos conturbados, descaso com o meio ambiente e por aí vai. Abrakadabra é sobre uma experiência em realidade virtual, mas também fala sobre as dores que corpos negros carregam, a criação do estereótipo de incapacidade sobre pessoas com deficiências e outras coisas. Então eu tento pegar todas as porcarias que rodeiam a gente e mostrar isso de uma forma que vai impactar a galera, nem que seja pelo susto ou pelo medo. 

Feira de Santana te inspira de alguma forma em suas obras? Seja positiva ou negativa….

Sim, com certeza. Pra ambas. Eu gosto de Feira de Santana, por ser uma cidade com gente de todo o canto, em que a cultura popular tem uma força enorme na fundação do tipo feirense e por aí vai. O que eu não gosto é de quem gere a cidade, desses coronéis de meia-tigela que tratam Feira como se fossem a casa deles. Você sabe de quem eu tô falando. A experiência negativa vem daí: da violência que desgraça a cidade, a falta de estrutura social, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros vários problemas. Isso também me inspira porque não posso deixar os problemas da cidade alheios ao que eu faço. 

Quando a gente, que produz algum tipo de arte, seja literatura, música, artes visuais, o que for, não aponta as doenças sociais, estamos negando que elas existem. Não tem essa de “arte sem politicagem”, a arte é política e o ser humano é um ser político. Política não é só partidária. Se não contextualizamos as coisas e mostramos os erros da sociedade, somos coniventes. Isso legitima que isso continue acontecendo. 

Existe racismo na literatura brasileira? Você já sentiu isso na pele?

O racismo brasileiro é estrutural. Ele sempre vai estar presente em qualquer lugar porque a nossa sociedade foi fundamentada assim, com racismo. O meio literário não é diferente. No meu caso, principalmente depois que começamos a trabalhar no sertãopunk, houveram situações que não só minhas falas, quanto as de Alec e Gabriele, que são também negros, foram desvalorizadas e apagadas por pessoas brancas. De forma intencional. 

Uma das bases pro sertãopunk é o afrofuturismo, justamente porque a gente entende o peso que a cultura africana teve na história do Nordeste, não só por sermos negros, também. O fato de três negros e nordestinos questionarem várias atitudes do próprio mercado editorial, como nós fizemos – mercado esse que é inundado de pessoas brancas, bem de vida e, na grande maioria, do Sul e do Sudeste – gerou um incômodo no mercado e algumas inimizades que nos perseguem até hoje. 

Mas é aquela coisa, né: se gente ruim não gosta do que eu falo ou faço, eu fico feliz. 

É mais difícil ser reconhecido como escritor de sucesso sendo nordestino, de Feira de Santana?

É difícil ser escritor num todo, porque o mercado é uma bagunça daquelas. Quando a gente vai colocando as camadas minoritárias e sociais no jogo, vai ficando pior. Ser escritor, do interior do nordeste, pobre e negro é complicado. Mas se for uma mina nas mesmas condições, é ainda mais. Se for indígena, quilombola, ribeirinho, também. Por aí vai. Pra quem tá de fora pode até pensar que é “lacração” desnecessária ou exagero. Obviamente que existem, sim, grandes escritores nordestinos, negros e mulheres, também. Mas nessas horas, a gente tem que pensar no todo: qual a cor das pessoas que comandam as editoras, que editam as histórias, que trabalham com a divulgação delas e que fazem resenhas, reviews e por aí vai? Como funciona esses processos até chegar em uma editora ou no mercado? 

Quando tu tá no jogo, vê que muita gente (muita gente mesmo) entra no mercado sem qualquer mérito. Escrevendo mal, com posicionamentos questionáveis, mas que tá ali porque é amigo de não sei quem, parente de fulano, estudou na mesma faculdade que sicrano, etc. A a paleta de cores dessa brincadeira aí é branca. Hoje, não sinto tanto isso porque já tô mais estabelecido (e, curiosamente, a maior parte dos meus leitores são de fora do Nordeste). Mas, pra quem tá começando, é, sim, complicado. 

Acho que Feira de Santana tem um potencial de contação de histórias enorme. A gente tem história e tradição na literatura de cordel. Uma das primeiras coisas que li, antes do meu primeiro livro, foi um cordel, sobre Lucas da Feira, escrito por Franklin Machado, que tá em minha casa em Feira até hoje. O que falta é a própria cidade começar a olhar com mais atenção pra quem produz cultura em casa.

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Bahia / 04 de janeiro de 2021 - 16H 09m

Taxa de ocupação de leitos de UTI na Bahia chega a 83%, diz secretário

O estado da Bahia tem 83% de leitos de UTI ocupados. A taxa ainda é considerada “administrável” pela Secretaria de Saúde, segundo afirmou o titular da pasta, Fábio Vilas-Boas, em entrevista à Record TV Itapoan nesta segunda-feira (4).

A expectativa, no entanto, de acordo o secretário, é de que nos próximos dias, em razão do aumento no número de casos da Covid-19 após as aglomerações registradas em comemorações do Ano Novo, haja a necessidade de ampliação de vagas nos hospitais.

A taxa de ocupação geral, que inclui leitos clínicos e de terapia intensiva, está em 63%, segundo Vilas-Boas.

“Nós temos ainda a capacidade de abrir leitos aqui em Salvador. Estamos monitorando a situação dos hospitais do interior […] Estamos acompanhando, pra ver a necessidade de aumento, que deve acontecer ao longo dos próximos dias”, afirmou o secretário.

Vacina

Na avaliação do titular da Saúde estadual, duas vacinas, a CoronaVac e a Sputnik V, têm maior chance de serem as utilizadas na imunização da população brasileira.

Isso porque não existe imunizante suficiente para abastecer todo a população mundial e o Brasil ainda não tem acordo comercial firmado com a maioria das fabricantes de vacina, diz.

“O que nos deixa com duas vacinas com maior chance de vacinar a população brasileira, que é a vacina do Butantan (CoronaVac), porque ela está sendo importada e envasada em São Paulo, e a vacina russa (Sputnik V), que vai ser fabricada e produzida em território brasileiro, em Brasília, no Distrito Federal, já a partir do final da próxima semana […] Há uma grande chance de essas serem as vacinas do Brasil”, conclui Vilas-Boas. (Com informações do Bnews)

Eleições 2020 / 09 de novembro de 2020 - 13H 43m

Dayane Pimentel afirma que veículo utilizado foi locado apenas para período de campanha

Em resposta à matéria “Dayane Pimentel usa veículo pago pela Câmara em carreatas de campanha”, publicada pelo Blog do Velame, na manhã desta segunda (09), a assessoria de imprensa da candidata Dayne Pimentel enviou uma nota reafirmando que o carro citado no texto, continua sim em utilização, porém, tendo o contrato pela Câmara Federal finalizado em setembro de 2020 e reiniciado em outubro do corrente ano, para a utilização apenas no período de campanha, durante os 45 dias, sendo assim, pago com o recurso da própria campanha para esta finalidade.
Ainda de acordo com a nota oficial, diante da dificuldades em encontrar um carro com o mesmo porte e blindado, a equipe preferiu renovar com a locadora e todos os custos passaram a ser pagos com a verba própria da campanha e não da Câmara dos Deputados, como publicado. Conforme a nota enviada e emitida pela Gold Car Brasília, o veículo foi alugado no período de 01 de outubro a 15 de novembro de 2020.

Por fim, o texto reforça que todos os gastos de campanha da candidata Professora Dayane Pimentel, estão especificados no TRE-BA e dentro das regularidades exigidas.

28 de agosto de 2020 - 21H 32m

Pouca variação na relação de casos da Covid-19 por bairros aponta redução no índice da doença

Nas últimas duas semanas não houve alteração na posição dos 10 bairros com mais casos de Covid-19 em Feira de Santana, conforme relação divulgada pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. Os dados também atestam um crescimento sensível de registros da doença nos bairros com maior número de casos. Aspectos coerentes com a queda de casos da doença na cidade conforme a média móvel.

Os 10 bairros que continuam liderando a lista na cidade, absolutamente na mesma posição no ranking nas últimas semanas, são: Tomba (540), SIM (524), Mangabeira (362), Campo Limpo (324), Brasilia (309), Papagaio (298), Santa Monica (289), Parque Ipê (281) e Jardim Cruzeiro (272).

Nas localidades que apresentam maior número de pessoas contaminadas pelo vírus, a Prefeitura tem intensificado as ações. A relação de casos da Covid-19 por bairros e localidades foi elaborada pela Vigilância Epidemiológica, conforme informações passadas pelos próprios pacientes, inclusive em relação a denominação das localidades.

Fonte: SECOM

Feira de Santana / 26 de agosto de 2020 - 12H 11m

Laboratório de Feira de Santana é investigado na Operação “Falso Negativo”

Laboratório de Feira de Santana é investigado na Operação “Falso Negativo”
Foto: GAECO

O Ministério Público estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandados de busca e apreensão em Feira de Santana durante a segunda fase da operação “Falso Negativo”, realizada nesta terça-feira(25), em todo o Brasil, que apura super faturamento em testes para detecção da Covid-19.
Em Feira de Santana, foram expedidos 3 mandados. Os alvos foram a Vitalab Medicina Diagnóstica e as sócias da empresa, Daisy Marques de Carvalho e Renata Oliveira Reis Portas. Ninguém foi preso. As buscas aconteceram também na capital baiana, onde o alvo foi a Duder Produtos Médicos, no bairro do Canela.
Com a colaboração de mais de 500 servidores públicos engajados no combate à corrupção aos cofres públicos da saúde, foram cumpridos, no decorrer do dia, seis mandados de prisão e 44 mandados de busca e apreensão no país. Durante a tarde, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) realizou oitivas com integrantes e ex-integrantes da Secretaria de Saúde do DF, detidos. Seis investigados foram interrogados e, posteriormente, conduzidos para a Divisão de Controle e Custódia de Presos na Polícia Civil do Distrito Federal. Um dos investigados continua foragido.
A segunda fase da operação “Falso Negativo” apura prejuízo milionário ao erário, causado em razão de superfaturamento dos produtos adquiridos pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O secretário de saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi preso preventivamente na manhã de ontem (25), na operação que investiga supostas irregularidades na compra de testes para detecção da Covid-19. Ele foi detido no apartamento onde mora, no Noroeste.ES/DF.
São objeto de investigação duas dispensas de licitação. Na primeira, cuja vencedora foi a empresa Luna Park Brinquedos, identificou-se o superfaturamento de 146,57% no comparativo com preços ofertados pelas demais concorrentes para a compra dos testes. Já em relação à segunda dispensa de licitação, a empresa vencedora, Biomega Medicina Diagnóstica, apresentou preço que indica superfaturamento de 42,75% nas aquisições de testes. Neste caso, a empresa vendeu os testes a R$ 125,00 a unidade para a SES/DF, enquanto outros órgãos pagaram, pelo mesmo produto, o valor de R$ 18,00. O prejuízo decorrente do superfaturamento é superior a R$ 18 milhões, valor que permitiria a compra de mais de 900 mil testes rápidos.

Além da Bahia, os mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Brasília (DF), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), São Paulo (SP), Barueri (SP), Santana de Parnaíba (SP), Santos (SP), Florianópolis (SC), Palhoça (SC), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Nova Mutum (MT), Cachoeiro de Itapemirim (ES), Rio de Janeiro (RJ). As medidas foram conduzidas pela Assessoria Criminal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e são resultado de investigação exclusiva do MPDFT, que apura suspeitas de crimes cometidos por servidores do alto escalão da Secretaria de Saúde do DF, dentre os quais, organização criminosa, fraude à licitação, lavagem de dinheiro, contra ordem econômica (cartel), corrupção ativa e passiva, todos estes crimes praticadas no curso de dispensas de licitação destinadas à compra de testes para detecção da Covid-19.

Feira de Santana / 03 de agosto de 2020 - 09H 42m

35 bairros e distritos terão abastecimento de água suspenso em Feira de Santana

35 bairros e distritos terão abastecimento de água suspenso em Feira de Santana
Foto Reprodução

Dandara Barreto

A Embasa  anunciou na manhã desta segunda-feira (3), que o abastecimento de água será interrompido em 35 bairros e distritos de Feira de Santana nesta terça-feira (4).
Além de Feira, as cidades de Conceição da Feira, São Gonçalo, Santa Bárbara, Tanquinho e Santanópolis também ficaram sem água.

De acordo com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento, a interrupção será necessária para realizar a segunda etapa de conexão de trechos da nova rede adutora do sistema de abastecimento.
A previsão de conclusão dos serviços é às 18 horas do mesmo dia, quando o abastecimento começará a ser retomado gradativamente nas áreas afetadas, com estimativa de plena regularização do fornecimento em até 24 horas após o término do serviço.

Os bairros e distritos de Feira afetados serão o Aviário, Barroquinha, Brasília, Calumbi, Centro, Chácara São Cosme, CIS/Tomba, Elza Azevedo, Eucalipto, Feira 4, Feira 7, Feira 9, Feira 10, Fraternidade, Galhardo, Jardim Acácia, Jardim Cruzeiro, Jussara, Kalilândia, Km 7, Muchila, Olhos d’Água, Panorama, Pedra do Descanso, Ponto Central, Queimadinha, Rua Nova, São João, Serraria Brasil, Sítio Matias, Sobradinho, Tomba, Três Riachos, Vila Olímpia e Viveiros.
Ainda de acordo com a EMBASA, a interrupção não afetará os imóveis que contam com reservação adequada para satisfazer as necessidades diárias de consumo de seus moradores.

Feira de Santana / 21 de julho de 2020 - 14H 46m

Prefeito solicita de instituto que feirenses possam ser voluntários em testes de vacina

Prefeito solicita de instituto que feirenses possam ser voluntários em testes de vacina
Foto: Secom

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins, está solicitando do Instituto Butantan a oportunidade para que moradores de Feira de Santana possam participar dos testes da vacina CoronaVac, voluntariamente, é claro. O prefeito tomou essa iniciativa depois de uma sugestão do jornalista Hamurabi Dias, durante a coletiva de imprensa de segunda-feira. Desenvolvida por um laboratório chinês, com a colaboração do instituto brasileiro, a CoronaVac já conta com nove mil voluntários em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan. Os testes serão monitorados por uma comissão de pesquisadores internacionais. O prefeito, que também é médico, enviou um e-mail para o diretor do instituto, Dimas Covas, solicitando que seja analisada a inclusão de Feira de Santana no rol das localidades em que serão feitos os testes. “Acompanhamos com muito otimismo o desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, tanto que gostaríamos de colaborar de alguma forma para que o êxito possa ser alcançado o mais rápido possível. Sendo assim, gostaríamos de sugerir que o Instituto estudasse a possibilidade de que habitantes de Feira de Santana, na Bahia, possam se voluntariar para testar a vacina”, sugere Colbert Martins no e-mail. Fundado em 1901, o Instituto Butantan é um centro de pesquisa biológica localizado no bairro do Butantã, na zona oeste da cidade de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O instituto é considerado um dos principais centros científicos do mundo.

Feira de Santana / 19 de julho de 2020 - 15H 24m

Subnotificação das arboviroses maquia as estatísticas em Feira de Santana

Dandara Barreto
e-mail: [email protected]

Quase três mil pessoas tiveram alguma arbovirose em Feira de Santana somente esse ano. De janeiro até o dia 17 de julho de 2020, data do último boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de Feira, 1.495 casos de Dengue e 1.232 de Chikungunya foram confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Mais de 8 mil pessoas procuraram a vigilância epidemiológica do município para relatar a suspeita da doença.
De acordo com o boletim, os bairros com maior número de casos de Dengue são; Brasília (418), Tomba (271), Conj. Feira X (194), Campo Limpo (180), Centro (170), Parque Ipe (143), Aviário (122), Mangabeira (114), Papagaio (98) e Jardim Acacia (96). Os distritos com maior números de casos são; Dist. Maria Quitéria (167), Dist. Humildes (65), Dist. Bonfim de Feira (65), e Matinha (32).
O bairro Brasília também lidera em números de casos confirmados de Chikungunya, com 489 casos, em seguida vem; Tomba (187), Campo Limpo (156), Parque Ipê (135), Centro (107), Mangabeira (103), e Santa Monica (103). Os distritos com maior números de casos são; Dist. Maria Quitéria (165), Dist. Bonfim de Feira (127), Dist. Humildes (46) e Jaíba (42) e Dist. Matinha (37).

Subnotificação

Os números são preocupantes, mas nem de longe representam a realidade. Isso porque a subnotificação que sempre foi muito grande, aumentou ainda mais com a pandemia do Novo Coronavírus. Por medo da exposição, muita gente prefere não buscar atendimento médico,  logo, muitos casos não são notificados.
Foi o que aconteceu com a maquiadora Emanuele Porto, moradora do bairro Feira X. Ela e o esposo manifestaram sintomas como febre e dores de cabeça e dores musculares. A princípio, eles buscaram uma unidade de saúde para fazer o teste de Covid 19, mas não conseguiram, pois, de acordo com o profissional que os atendeu, os sintomas não eram compatíveis com a doença. Em seguida, surgiram as manchas pelo corpo e as dores nas articulações se intensificaram. Emanuele diz que acredita que teve chikungunya, já que mesmo após um mês, continua acometida pelas dores.
“Eu não busquei atendimento médico por dois motivos: eu sentia muita indisposição corporal para enfrentar a espera de um atendimento numa unidade de saúde e tive medo de me expor ao risco de ser contaminada com a Covid 19”.
Emanuele cogitou a possibilidade pagar pelo exame na rede particular, mas se surpreendeu com o custo do exame. “O exame para chikungunya é muito caro. Na maioria dos laboratórios, custa mais de R$500,00. Sem requisição, não pude fazer pela rede pública”, explicou.
O médico Allan Corsini, que atende na rede pública aqui em Feira de Santana, informou que as arboviroses são maioria dos atendimentos nas unidades de saúde. Ele disse, que os casos de Covid-19 têm crescido muito, mas Dengue e Chikungunya continuam sendo o motivo da grande procura dos pacientes pelo atendimento médico.
De acordo com ele, a subnotificação ocorre inclusive dentro das próprias unidades de saúde.
“O volume de pacientes diariamente é muito grande. Nós estamos vivendo um momento de surto e as equipes de trabalho não dão conta de fazer a notificação. Na maior parte das unidades, não existe um profissional voltado apenas para isso. Este é um grande problema, porque se o profissional parar para fazer a notificação, atrasa os demais atendimentos e as pessoas não podem voltar para casa sem ser atendidas”, revelou o médico.

Automedicação 

Para Allan, esse ano em particular, o problema se agravou com a pandemia da COVD-19. Devido à orientação médica de o paciente não procurar atendimento a menos que sejam casos de extrema importância, junto com a subnotificação, cresce também a auto medicação e em doenças como a dengue, por exemplo, existe um risco de agravamento no quadro clínico, como hemorragias e por isso, algumas medicações devem ser evitadas. Ele orienta como o paciente deve proceder ao sentir os primeiros sintomas.
“Se um indivíduo sentir os sintomas que levam a suspeita de arboviroses ou de coronavírus, é indicado procurar a unidade básica de saúde para ser medicado, orientado e se necessário, encaminhado para uma unidade de maior complexidade como a Upa ou um hospital. Caso tenha sintomas mais graves, é recomendado procurar diretamente essas unidades”.
Os sintomas graves de dengue são dor abdominal intensa, náuseas e vômitos que não passa, desmaio, queda da pressão, sonolência, queda da pressão. Em caso de coronavírus, o sintoma de alarme mais evidente é a falta de ar.
O médico lembra que tanto as arboviroses quanto o coronavírus, tem os primeiros sintomas muito parecidos e isso dificulta o diagnóstico, por isso, o atendimento médico é imprescindível.
“O profissional vai se ater aos sintomas específicos e levar em consideração o quadro respiratório para identificar a doença e tratá-la adequadamente”, conclui.

Combate ao mosquito

Ciente da situação, a Secretaria Municipal de Saúde/Vigilância Epidemiológica divulgou em boletim que vem adotando medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti com objetivo de diminuir os índices de infestação vetorial e quebrar a cadeia de transmissão da doença. O texto traz um alerta para o aumento do número de casos de arboviroses e ratifica que a situação epidemiológica continua a demandar dos profissionais de saúde da rede pública e privada a necessidade de identificação precoce dos possíveis casos suspeitos da doença, de modo a ofertar o cuidado em tempo oportuno, bem como do importante papel e apoio da comunidade no controle do vetor.

17 de julho de 2020 - 19H 22m

Bairros de Feira com Covid: Tomba ultrapassa o SIM e lidera lista

João Guilherme Dias

e-mail: [email protected]

O Tomba superou o SIM e agora é o bairro com mais casos confirmados do novo coronavírus em Feira de Santana. A mudança consta na nova lista de bairros que tem casos da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (17), pela Prefeitura da cidade.

Na primeira posição, o Tomba tem 369 moradores que testaram positivo para o coronavírus e aparece como o bairro de Feira com o maior número de casos da doença. Na última semana, o Tomba tinha 301 confirmações, em uma semana foram 68 novos casos.

O segundo bairro com mais casos da doença é o SIM, são 363 pessoas com Covid. Foram 32 novos casos em uma semana. Desde que a Prefeitura de Feira divulgou a lista de bairros com casos de coronavírus, o SIM era o bairro com mais confirmações.

A Mangabeira segue na terceira posição na lista de bairros com moradores que foram infectados pelo novo coronavírus, são 221. Em uma semana, foram 31 novos casos. Chama a atenção a quantidade de casos que não tem nenhum indicativo de bairro, são 274.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DE BAIRROS COM CASOS CONFIRMADOS DO NOVO CORONAVÍRUS

TOMBA 369
SIM 363
MANGABEIRA 221
CAMPO LIMPO 206
JARDIM CRUZEIRO 205
SANTA MONICA 203
PAPAGAIO 191
BRASILIA 186
GABRIELA 164
PARQUE IPE 160
CONJ FEIRA X 155
CONCEIÇÃO 137
SOBRADINHO 132
CALUMBI 129
CENTRO 124
PEDRA DO DESCANSO 121
CASEB 117
CIDADE NOVA 114
RUA NOVA 113
QUEIMADINHA 106
CAMPO DO GADO VELHO 97
SANTO ANTONIO DOS PRAZERES 95
PONTO CENTRAL 87
MUCHILA I 83
CAPUCHINHOS 79
JARDIM ACÁCIA 79
AVIÁRIO 73
35 BI 70
DIST. HUMILDES 70
CONCEIÇÃO II 69
SERRARIA BRASIL 62
CONJ FEIRA IX 60
OLHOS D’AGUA 54
LAGOA SALGADA 51
BARAÚNAS 50
PARQUE GETÚLIO VARGAS 50
ASA BRANCA 45
GEORGE AMÉRICO 42
PARQUE PANORAMA 42
CONJ FEIRA VII 39
PAMPALONA 39
SUBAÉ 37
LAGOA GRANDE 31
NOVO HORIZONTE 29
CAMPO DO GADO NOVO 23
LIMOEIRO 23
SANTA MONICA II 23
CONJ FEIRA VI 21
VILA OLÍMPIA 21
DIST. MARIA QUITÉRIA 19
EUCALIPTO 19
POV. MATINHA 19
CHÁCARA SÃO COSME 18
CONJ FEIRA IV 18
CONJ VIVEIROS DA FEIRA 18
KALILÂNDIA 18
CONJ JOMAFA 17
BARROQUINHA 16
SITIO MATIAS 14
JARDIM SUCUPIRA 13
MUCHILA II 12
CONJ FEIRA V 11
CRUZEIRO 11
DIST. JAÍBA 11
LIBERDADE 11
CONJ JOÃO PAULO II 10
DIST. TIQUARUÇU 10
PARQUE LAGOA DO SUBAÉ 10
TANQUE DA NAÇÃO 10
FRATERNIDADE 9
PARQUE VIVER 8
SITIO NOVO 8
CENTENÁRIO 7
NOVA ESPERANÇA 7
CEL JOSE PINTO 5
CONJ MORADA DAS ARVORES 5
MORADA DAS ARVORES 5
PARQUE TAMANDARI 5
POV. SÃO JOSE 5
AEROPORTO 4
CONJ ALVORADA 4
CONJ MORADA DO SOL 4
PARQUE BRASIL 4
POV. TERRA DURA 4
CIS 3
MORADA DO BOSQUE 3
MORADA TROPICAL 3
POV. POSTO SÃO CRISTÓVÃO 3
CONJ LUIZ EDUARDO MAGALHÃES 2
CONJ MARIA QUITÉRIA 2
DIST. IPUAÇU 2
ESTACÃO NOVA 2
LOTEAMENTO MODELO 2
ROCINHA 2
CONJ HOMERO FIGUEREDO 1
CONJ LUCIANO BARRETO 1
CONJ OYAMA FIGUEREDO 1
DIST. BONFIM DE FEIRA 1
DIST. JAGUARA 1
JUSSARA 1
LOTEAMENTO ELZA AZEVEDO 1
MONTE PASCOAL 1
PEDRA FERRADA 1
PILÃO 1
POV. CANDEIA GROSSA 1
POV. MANTIBA 1
POV. TAPERA 1
POVOADO AREIA 1
IGNORADO 274
TOTAL 5741

11 de julho de 2020 - 11H 00m

SIM, Tomba e Mangabeira no topo de bairros com mais casos de Coronavírus

João Guilherme Dias

e-mail: [email protected]

Uma lista atualizada de bairros com casos confirmados do novo coronavírus em Feira de Santana, foi divulgada pela Prefeitura da cidade. O levantamento utiliza os números do boletim de sexta-feira (10).

O bairro SIM continua liderando a lista, são, pelo menos, 331 casos da Covid-19. Na semana passada, esse número era de 281 confirmações. Um acréscimo de 50 novos casos de uma semana para a outra.

O segundo maior índice é no bairro do Tomba – o mais populoso de Feira – são 301 moradores que testaram positivo pra Covid. Há uma semana, eram 238 casos.

A Mangabeira agora aparece como o terceiro bairro de Feira de Santana com mais casos do novo coronavírus, são 190 confirmações frente às 155 da semana passada.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DE BAIRROS COM CASOS CONFIRMADOS DO NOVO CORONAVÍRUS:

SIM 331
TOMBA 301
MANGABEIRA 190
JARDIM CRUZEIRO 185
CAMPO LIMPO 170
PAPAGAIO 167
SANTA MONICA 157
BRASILIA 147
PARQUE IPE 140
GABRIELA 137
CONJ FEIRA X 133
CONCEICAO 114
CENTRO 111
SOBRADINHO 111
CIDADE NOVA 106
CALUMBI 104
PEDRA DO DESCANSO 101
RUA NOVA 101
CASEB 95
QUEIMADINHA 89
CAMPO DO GADO VELHO 86
SANTO ANTONIO DOS PRAZERES 82
PONTO CENTRAL 78
MUCHILA I 73
JARDIM ACACIA 65
CONCEICAO II 64
AVIARIO 62
CAPUCHINHOS 62
35 BI 61
DIST. HUMILDES 61
CONJ FEIRA IX 55
SERRARIA BRASIL 52
LAGOA SALGADA 48
OLHOS DAGUA 46
BARAUNAS 43
ASA BRANCA 41
PARQUE GETULIO VARGAS 39
PAMPALONA 35
CONJ FEIRA VII 34
SUBAE 34
GEORGE AMERICO 31
PARQUE PANORAMA 30
LAGOA GRANDE 27
NOVO HORIZONTE 25
LIMOEIRO 22
SANTA MONICA II 21
CAMPO DO GADO NOVO 20
POV. MATINHA 19
CHACARA SAO COSME 17
CONJ JOMAFA 17
DIST. MARIA QUITERIA 17
VILA OLIMPIA 17
CONJ FEIRA VI 16
CONJ VIVEIROS DA FEIRA 16
BARROQUINHA 15
CONJ FEIRA IV 13
EUCALIPTO 13
KALILANDIA 13
SITIO MATIAS 12
CONJ FEIRA V 11
JARDIM SUCUPIRA 11
LIBERDADE 11
MUCHILA II 11
CONJ JOAO PAULO II 10
CRUZEIRO 10
TANQUE DA NACAO 10
DIST. TIQUARUÇU 9
FRATERNIDADE 8
PARQUE LAGOA DO SUBAE 8
PARQUE VIVER 8
CENTENARIO 7
DIST. JAIBA 7
NOVA ESPERANCA 7
SITIO NOVO 7
CONJ MORADA DAS ARVORES 5
MORADA DAS ARVORES 5
CEL JOSE PINTO 4
CONJ ALVORADA 4
CONJ MORADA DO SOL 4
NÃO INFORMADO 4
PARQUE BRASIL 4
PARQUE TAMANDARI 4
POV. TERRA DURA 4
AEROPORTO 3
CIS 3
ESTACAO NOVA 3
MORADA DO BOSQUE 3
POV. POSTO SAO CRISTOVAO 3
CONJ MARIA QUITERIA 2
DIST. IPUACU 2
MORADA TROPICAL 2
POV. SAO JOSE 2
ROCINHA 2
CONJ HOMERO FIGUEREDO 1
CONJ LUCIANO BARRETO 1
CONJ LUIZ EDUARDO MAGALHAES 1
CONJ OYAMA FIGUEREDO 1
DIST. BONFIM DE FEIRA 1
DIST. JAGUARA 1
JUSSARA 1
LOTEAMENTO ELZA AZEVEDO 1
LOTEAMENTO MODELO 1
MONTE PASCOAL 1
PEDRA FERRADA 1
PILAO 1
POV. MANTIBA 1
POV. TAPERA 1
POVOADO AREIA 1
IGNORADO 294
TOTAL 4979

Bahia / 08 de julho de 2020 - 18H 06m

Ministro assegura mais de R$ 43 milhões em recursos federais para a Bahia

O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, conseguiu nesta quarta-feira (8), em Brasília, que o Ministério da Saúde ampliasse em R$ 43 milhões, o custeio de serviços já em funcionamento no estado, como as UTIs Covid de hospitais na capital e no interior. Na reunião com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello e os principais secretários do ministério, também ficou assegurado o envio de novos ventiladores pulmonares e até 500 mil kits de amplificação do RT-PCR, o que corresponde a mais de 70% do custo do exame molecular para Covid19. De acordo com o secretário, “o Ministério permitirá ainda que os recursos das emendas parlamentares da bancada da Bahia sejam utilizados para comprar equipamentos para montar hospitais, bem como enviarão medicamentos anestésicos para pacientes entubados, que estão escassos em todo o Brasil”, afirma Vilas-Boas. Os leitos de Terapia Intensiva que serão habilitados pelo Ministério da Saúde estão localizados nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Jequié e Ilhéus. São unidades de referência para o tratamento de pacientes graves com o diagnóstico de coronavírus: Hospital de Campanha Arena Fonte Nova, Hospital Espanhol, Instituto Couto Maia, Hospital Geral Ernesto Simões Filho, Prohope, Hospital Estadual da Criança, Hospital Costa do Cacau e Hospital Geral Prado Valadares. Também foram realizadas reuniões com os secretários Luiz Duarte (Atenção Especializada à Saúde) e Arnaldo Medeiros (Vigilância em Saúde) ambos do Ministério da Saúde.

Bahia / 01 de junho de 2020 - 09H 13m

Operação contra empresa que deixou de entregar respiradores ao Consórcio Nordeste prende três pessoas

A polícia baiana deflagrou, nesta segunda-feira (1º), a operação Ragnarok, que cumpriu três mandados de prisão e 15 de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, contra quadrilha que fraudou a venda de equipamentos hospitalares. O grupo foi descoberto graças à denúncia do Consórcio Nordeste, que tentou adquirir 300 respiradores para o combate ao coronavírus com a empresa. O estabelecimento se apresentava como revendedor dos produtos. De acordo com as investigações, a empresa tentou negociar de forma fraudulenta com vários setores no país, entre eles os Hospitais de Campanha e de Base do Exército, ambos em Brasília. A operação, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), através da Superintendência de Inteligência, conta com a participação da Polícia Civil da Bahia, através da Coordenação de Crimes Econômicos e Contra Administração Pública; da Polícia Civil de São Paulo e do Distrito Federal; e do Ministério Público da Bahia. Mais de 150 contas bancárias vinculadas ao grupo foram bloqueadas pela Justiça. Detalhes sobre a operação policial serão apresentados em coletiva virtual pela plataforma Zoom, em horário a ser definido. A convocação para a entrevista será realizada nas próximas horas.
Feira de Santana / 28 de abril de 2020 - 19H 21m

Prefeitura de Feira diz que 90% da população aprova ações de combate ao coronavírus

Saiu nesta terça, 28, resultado de uma pesquisa feita pelo Economic, instituto de atuação regional, de uma avaliação junto a população local sobre as medidas da Prefeitura de Feira de Santana relativas as ações de combate ao coronavírus. De acordo com o levantamento, a atuação da Prefeitura Municipal, tendo à frente o médico Colbert Martins Filho, para manter sob controle a Covid-19, tem aprovação de 90,33% dos feirenses. As entrevistas foram feitas em 12 bairros e na região central da cidade, incluindo aí três das principais avenidas. Esse total corresponde as respostas que consideram o trabalho da administração como “bom” (42,33%), “ótimo” (16%) e regular (32%). “Ruim” e “péssimo” tiveram 4% e , 4,17%, respectivamente, enquanto 1,5% dos entrevistados preferiu não opinar. A utilização de alcool em gel e a opção “sair de casa para o essencial” são as medidas de proteção que mais são cumpridas pelos feirenses, segundo a pesquisa. Em um questionamento com várias opções de respostas (por isso os números gerais não podem fechar em 100%), 84,17% disseram estar estar atentos ao uso do produto nas mãos, enquanto a segunda alternativa alcança 81%. Uso de máscara, que passou a ser obrigatório mediante decreto do prefeito, é algo que 64% da população dizem cumprir. O isolamento social é que não apresenta uma adesão elevada, com apenas 39,16%. Uma das medidas restritivas adotadas pela administração municipal voltadas para o controle do número de infectados em Feira de Santana é o funcionamento parcial do comércio. Para 40,17%, a proibição é “muito adequada”, número bem semelhante aos entrevistados que responderam “adequada”, 40,84%. Ou seja, a aprovação a essa decisão atinge 81,01% dos feirenses. A rejeição a essa estratégia tem 17,16% que consideraram “nada adequada”. Preferiu não responder 1,83%. Manter o comércio fechado (13,16%) e conscientização das pessoas (17%) são os fatores considerados mais fundamentais na luta contra a proliferação da Covid-19, para os feirenses, conforme a pesquisa do Economic. Curioso, no questionamento “o que o(a) o senhor(a) acha que ainda deve ser feito em Feira de Santana para combater o Coronavirus?”, é que 17,33% não souberam ou não quiseram opinar. Ainda relacionado com esta pergunta, somadas, as respostas “manter o isolamento” e “evitar aglomerações” chegam a 13,83%. “Obrigar o povo a usar máscara” também foi uma resposta de relevância na pesquisa: 6, 66%. A distribuição de alcool em gel é considerado fundamental parfa 4,16%. Respostas as mais variadas alcançaram 21,16%. A pesquisa, realizada nos dias 21, 22, 25 e 27 de abril, teve a coordenação do diretor do Instituto Economic, o professor Amarildo Gomes. Economista, ele é mestre em Desenvolvimento Regional e Urbano pela Unifacs/BA. Foram entrevistados cidadãos de 18 anos ou mais, com residência na cidade de Feira de Santana nos bairros Brasília, Capuchinhos, Caseb, Coronel José Pinto, Serraria Brasil, Olhos Dágua, Conjunto Feira X, Rua Nova, Sobradinho, Tomba, Eucalipto, Conjunto Jomafa, ruas do Centro Comercial e trechos das avenidas João Durval, Maria Quitéria e Getúlio Vargas. A margem de erro máxima estimada é de 4,5% para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

Feira de Santana / 07 de março de 2020 - 21H 25m

Conheça a história do cidadão que acompanha todas as sessões da Câmara de Feira

Por João Guilherme Dias

O ano era 1997, o mês era setembro. Nesse período, um dos personagens que no futuro seria um dos mais conhecidos da política feirense, deixou a sua cidade natal, Santanópolis com destino à Feira de Santana pela primeira vez. Dessa data em diante, quem alguma vez já foi até a Câmara de Vereadores de Feira já o viu, quem já participou de algum evento político na cidade já o viu, quem anda pelo Centro de Feira já o viu. Sempre vestido com terno surrado, colares no pescoço, prancheta com a ordem na mão, capacete branco enfeitado com adesivos de partidos e um grande sorriso no rosto. O nome dele de batismo é Manuel Teles Ferreira, mas nas ruas de Feira é conhecido como “Engenheiro” ou “MTF”. Atualmente com 54 anos, MTF já vendeu picolé, sorvete, água mineral e foi pedreiro. Agora, aposentado pelo INSS recebe um salário mínimo por mês e afirma orgulhosamente morar no bairro George Américo. O aposentado gosta de acompanhar a política baiana e conta que já participou de sessões da Assembleia Legislativa da Bahia e da Câmara de Vereadores de Salvador. Questionado sobre o motivo da frequente presença na Casa da Cidadania de Feira ele se disse feliz com o ato de cidadania. “Eu me sinto muito feliz aqui no Plenário Maria Quitéria acompanhando as sessões, junto com a comunidade”, contou a reportagem. Os trabalhos legislativos na Câmara de Feira acontecem às segundas, terças e quartas, começam sempre às 8h30, mas, Manuel disse que sai do bairro George Américo às 6h horas da manhã com destino ao Centro da cidade para, no horário regimental, estar presente na galeria da Câmara. Não falta nenhum dia e vai sempre a pé. “Eu vou e volto a pé, recentemente eu acidentei minha perna, peguei ônibus por uns cinco dias, mas eu não vou pegar coletivo, quem anda em ônibus lotado é sardinha! Eu me sinto muito mais confortável andando a pé do que em coletivo cheio”, desabafou. Além das sessões na Câmara, Manuel não perde nenhum evento político que acontece na cidade. Ele revelou que descobre as datas, horários e locais de eventos políticos que acontecem em Feira de Santana porque é “pirata do rádio”. Ler livros e participar de cultos em igrejas evangélicas são as distrações de MTF quando não está em eventos políticos. MTF revelou ainda ter um sonho. Ele que ir à Brasília. “Visitar o Congresso Nacional, andar pelo Plenário Presidente Juscelino Kubistchek”, disse. O que MTF mais gosta de fazer? “Andar no meio do povo, isso é o que eu gosto”.

Bahia / 09 de fevereiro de 2020 - 08H 09m

Deputado quer a língua iorubá como patrimônio imaterial

Declarar o idioma iorubá patrimônio imaterial da Bahia é o que propõe o deputado Hilton Coelho (PSOL) em projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Na justificativa à proposição, o parlamentar argumenta que “o idioma Iorubá chegou ao Brasil com o povo negro escravizado e se mantém vivo em todo o território nacional, especialmente nas religiões de matriz africana e corriqueiramente no vocabulário do povo baiano, que em sua maioria descende do povo africano”. De acordo com Hilton, “o Iorubá é muito mais do que uma língua de comunicação formal, é muito mais do que uma interlocução interpessoal, é o que é falado dentro das comunidades religiosas de matriz africana, é, sobretudo, um sinal de identidade, de resistência e de memória ancestral”. Para o parlamentar, as tradições trazidas pelo povo negro foram e são de grande influência na construção da identidade e da diversidade cultural brasileira. Dessa forma, “se faz fundamental a preservação dos vestígios imateriais da presença negra africana em solo brasileiro. Contudo, infelizmente, nosso país evidencia muito mais as tradições (culturais e religiosas) e contribuições europeias do que as africanas, e as dos povos originários, promovendo assim um silenciamento histórico”. No texto, Hilton define patrimônio cultural imaterial como práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas transmitidos de geração em geração e constantemente recriados pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade, contribuindo assim para a promoção do respeito à diversidade cultural e à criatividade humana. Ele conta que, atualmente, está em trâmite em Brasília proposta para inscrever o iorubá no Inventário Nacional da Diversidade Linguística, junto ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artísticos Nacional (Iphan). Definir “a instituição da língua Ioruba como patrimônio imaterial atua em consonância com as ações afirmativas, promovendo um fortalecimento real e necessário de tradições africanas que contribuíram significativamente para a construção da nossa nação, além de fortalecer a luta pela construção da tolerância do respeito e na promoção da diversidade e pluralidade religiosa”, concluiu Hilton.

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