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(924) registro(s) encontrado(s) para a busca: CulturaOpinião: Mais uma chance desperdiçada
Por Messias Gonzaga
Venceu o continuísmo de uma política tacanha, enganadora, atrasada, reacionária e farsante. Sim, a maioria do eleitor preferiu dar o aval para que um grupo político monopolista e cansado, com acusações graves de desvio de recursos da saúde pública, continuasse comandando os cofres públicos em proveito próprio. Desesperados e se utilizando de falcatruas como a compra de 26 mil cestas básicas às vésperas do pleito e distribuindo acintosamente para favorecer às candidaturas de vereador e ao candidato ao cargo majoritário, dificultando a locomoção de eleitores da zona rural que no primeiro turno deram vitória ao candidato da oposição, trazendo “artista” às vésperas da eleição para apresentação em bairros populares, à revelia da lei, usando o exército de cerca de 6 (seis) mil funcionários fantasmas, centenas de cooperados e terceirizados, usando como argumento de que se perdessem a eleição, seriam demitidos, dentre outras armações, acabaram impedindo a eleição de quem teria capacidade de fazer as mudanças e avanços necessários para o município. Zé Neto eleito prefeito, uma nova era administrativa se iniciaria, com projetos avançados em parceria com o governo do estado, trazendo empresas, empregos, melhorando a educação, a saúde, a assistência social, a cultura, a mobilidade, o meio ambiente, etc. A maioria do povo ignorou e virou as costas para esta perspectiva e disse que está “tudo bem”. A cidade perdeu a oportunidade de conhecer em profundidade o funcionamento da máquina pública com a realização de auditorias nas várias secretarias municipais, em cooperativas, prestadoras de serviço, etc. Com o resultado do primeiro turno que apontou a vitória da oposição, estes senhores e seus asseclas, perderam o sono e manipularam de todas as formas
para não perder a eleição e ver descobertos os atos praticados durante todo esse tempo.
Escaparam por um triz, foguetórios se ouviu a noite inteira do domingo ao final da apuração. Nós que estamos do lado de cá, que temos compreensão clara dos meandros da política, lamentamos por todos os munícipes que amargarão mais 4(quatro) anos de uma administração sem rumo.
Messias Gonzaga é ex-vereador pelo PCdoB em Feira de Santana
Câmara de Feira aprova orçamento municipal de R$ 1,4 bilhão para 2021
Com a aprovação de uma emenda determinando a migração de verba da ordem de R$ 4 milhões e 880 mil da Secretaria de Serviços Públicos (SESP) para a Secretaria de Governo, foi aprovado em primeira votação pela Câmara, nesta segunda-feira, 30, a Lei Orçamentária Anual, projeto de iniciativa do Poder Executivo que estima receita e despesa da Prefeitura de Feira de Santana para 2021. A emenda de autoria do vereador Marcos Lima (DEM) diz respeito a verba destinada ao Fundo Municipal de Saneamento Básico, que deixa de ser vinculado à SESP. A proposta só teve o voto contrário do vereador Roberto Tourinho (PSB), que questiona a gestão do Fundo pela pasta de Governo. Já uma outra emenda, do vereador Edvaldo Lima (MDB), que pretendia relocar R$ 3 milhões da Secretaria Municipal de Administração e valor idêntico da Secretaria Municipal de Comunicação Social, foi retirada de pauta pelo autor. O vereador Justiniano França (DEM) o alertou para um erro no texto, que falava em transferência dos recursos para a Secretaria de Meio Ambiente, em vez de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural, que seria o alvo do colega. O emedebista disse que retira a emenda mas vai apresentar uma indicação ao Executivo com o mesmo propósito. Ele entende que um investimento maior no campo é essencial para promover avanços sociais e desenvolvimento dos oito distritos. Foram aprovadas, por unanimidade, 63 emendas impositivas, de autoria dos 21 vereadores – esse tipo de emenda tem cumprimento obrigatório pelo Governo. O Orçamento do Município para o próximo exercício é de R$ 1 bilhão, 461 milhões, 798 mil e 378 reais. Clique AQUI e veja quanto cada pasta vai receber.
Prefeitura divulga primeira lista com nomes de aprovados na Lei Aldir Blanc
A primeira lista de aprovados à Lei Aldir Blanc foi divulgada nesta quarta-feira 25, pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Feira de Santana. Neste lote constam 35 nomes de pessoas físicas e instituições que serão beneficiadas com recursos mensais. Os aprovados deverão apresentar a documentação exigida na Secel, à rua Estados Unidos, 37, Kalilândia, nos dias 26, 27 e 30 de novembro, e 1º de dezembro, das 8h30 às 17h30. A lista completa, que também consta nomes dos espaços culturais, foi publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial. O titular da Secel, Jairo Carneiro Filho, disse acreditar que outros lotes com nomes de novos aprovados deverão ser divulgados ainda nesta semana, à medida que sejam liberados pela Comissão de Seleção e Avaliação dos Espaços Culturais. “ Se tudo correr como esperado, vamos divulgar todos os beneficiados o mais breve possível”, disse o secretário. Os valores financeiros que serão liberados serão R$ 3 mil, R$ 6 mil e R$ 10 mil. Os recursos deverão ser aplicados na manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais, cooperativas, instituições e organizações culturais comunitárias que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social. Confira a lista AQUI.
Shopping Popular de Feira vai receber Papai Noel de helicóptero
Quem achou que Papai Noel não visitaria a Princesa do Sertão em 2020 se enganou. O Shopping Popular Cidade das Compras vai realizar, no dia 27 de novembro (sexta-feira), a recepção do velhinho mais querido entre as crianças, que pousará no estacionamento de helicóptero. Segundo a assessoria do shopping, a criançada poderá tirar foto com o Papai Noel, além de desfrutar gratuitamente de pipoca, algodão doce, pula-pula e mais. Elias Tergilene, presidente do grupo Uai Shopping, que rege a Cidade das Compras, fala sobre a importância do evento para o empreendimento e do cunho social que ele carrega. “O Shopping Popular é espaço para toda gente. Queremos que o povo se sinta acolhido e em casa e queremos também possibilitar experiências inovadoras à população. A Cidade das Compras é lugar não só de compra e venda, mas de vivência e sociabilidade”, explicou. Localizado no Centro de Abastecimento, na Rua Dr. Olímpio Vital, em frente ao Terminal Central, o Shopping Popular Cidade das Compras conta com 1.800 unidades de venda destinados aos camelôs, 250 bancas para agricultura familiar (frutas e verduras), 100 espaços sociais e 500 lojas âncoras, totalizando 3.650 pequenos empreendedores beneficiados pelo projeto, distribuídos nos mais de 60 mil m² de área e um estacionamento com mais de 600 vagas.
Fim da novela: Angelo Almeida assume vaga na Assembleia Legislativa
Feira de Santana ganhou um deputado para representá-la na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Depois de remarcações e incertezas, Angelo Almeida (PSB) foi empossado nesta quinta-feira (05), assumindo a vaga deixada por Targino Machado (DEM), que teve o mandato cassado pelo TSE. Em seu discurso de posse, Angelo agradeceu e reafirmou o compromisso com os 45.784 baianos que acreditaram no seu nome para representar a Bahia como deputado estadual. Segundo ele, a luta pela construção de uma Bahia cada vez mais justa tem sido árdua e não começou agora. “Desde que assumi o primeiro mandato venho trabalhando em todo Estado. Hoje comemoramos o mandato, mas a luta é a mesma e vai continuar. Nossa vocação é cuidar de pessoas e é isso que vamos continuar fazendo, agora com mais força, mais condições para trabalhar e fazer valer, através da nossa voz, a voz da nossa gente”, disse o parlamentar. O presidente da Alba, Nelson Leal, que presidiu a solenidade de posse, lembrou que o deputado feirense, em seu primeiro mandato, se destacou como um parlamentar aguerrido. “Ele é incansável nas lutas que representa. Sem dúvida, Angelo fez um mandato de destaque na Assembleia e agora não será diferente”, afirmou Leal. A deputada federal Lídice da Mata, presidente do PSB Bahia, participou da solenidade e ressaltou o companheirismo de Angelo, que preside o partido em Feira de Santana. “Ele é um companheiro trabalhador, combativo e sintonizado com nosso partido, o PSB. Não tenho dúvidas que fará um excelente mandato. A Bahia ganha um grande parlamentar”, declarou a deputada. Angelo assumiu seu primeiro mandato como deputado estadual em 2017. Entre suas principais ações está a criação da Frente Parlamentar da Pessoa com Deficiência. Ainda no mandato, desenvolveu importante função de levar políticas públicas para atender necessidades dos trabalhadores da agricultura familiar, como sistemas de água e energia elétrica, através de indicação e emendas que foram ativadas pelo governador Rui Costa.
157ª Zona Eleitoral de Feira também terá alteração por conta de desativação de escolas
Clique AQUI e confira mudanças nas Zonas Eleitorais 154ª e 155ª.
Justiça eleitoral informa alteração de zonas eleitorais em Feira
Os eleitores das Zonas Eleitorais 154ª e 155 ª em Feira de Santana devem ficar atentos aos locais de votação nas eleições do próximo dia 15 de novembro. Algumas locais sofreram alteração para esta eleição. Confira:
Zona 155:
As seções do ECASSA (102 – 103 – 104 – 105 – 106 – 107 – 108 – 109 – 110 – 111 -112 113- 114 – 115 – 116 – 117 – 176 -184 -196 – 201) foram transferidas para o Colégio Santo Antônio – Av. Presidente Dutra, s/n – Capuchinhos
As seções do Obra Promocional(128 – 129 – 130 – 131 – 132 – 133 – 134 – 135 – 179 – 187 – 198 – 299 – 872) foram transferidas para a FAT – Faculdade Anísio Teixeira – Rua Brigadeiro Eduardo Gomes, Nº 389 – Ponto Central/ Capuchinhos
As seções do Centro Educacional Edith Mendes da Gama e Abreu (118 – 119 – 120 – 121 – 122 – 123 – 124 – 125 – 126 – 127 – 178 – 193 – 206 – 214) funcionarão no mesmo local, não houve modificação – Rua Cônego Cupertino Lacerda, s/n – Capuchinhos.
Orçamento de 2021 estima menos recursos para Câmara de Feira
A Câmara de Feira de Santana terá, em 2021, uma dotação financeira menor, prevista na Lei Orçamentária do Município, em relação ao atual exercício. A proposta da nova LOA, que começou a ser discutida pelos vereadores essa semana e dominará a pauta do Legislativo até que seja votada, estima para a Casa da Cidadania um repasse de R$ 31.570.000,00, ante 34 milhões do Orçamento em vigor – inferior em R$ 3.430.000,00 (queda de 7,5%) ao longo dos 12 meses do ano que vem. A redução é resultado do impacto da Covid-19 nas diversas atividades econômicas do país, que deverá atingir nos próximos meses a receita do Estado da Bahia e, consequentemente, desta cidade. Entre os órgãos da administração direta do Poder Executivo, a Secretaria de Comunicação Social também terá estimativa de receita e despesa reduzida, de R$ 13.400.000,00 para R$ 10.290.000,00 (menos R$ 3.110.000,00). A seguir, a relação completa da distribuição dos recursos orçamentários previstos para 2021:
Câmara Municipal – R$ 31.570.000,00; Gabinete do Prefeito – R$ 40.514.991,00; Procuradoria Geral – R$ 550.000,00; Secretaria Municipal de Governo – R$ 235.000,00; Secretaria Municipal de Administração – R$ 252.470.401,00; Secretaria Municipal da Fazenda – R$ 69.714.303,00; Secretaria Municipal de Comunicação Social – R$ 10.290.500,00; Secretaria Municipal de Planejamento – R$ 19.104.560,00; Secretaria Municipal de Educação – R$ 348.373.241,00; Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer – R$ 25.581.800,00; Secretaria Municipal de Saúde – R$ 417.506.383,00; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – R$ 34.946.809,00; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – R$ 79.561.522,00; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – R$ 8.378.683,00; Secretaria Municipal de Serviços Públicos – R$ 97.929.899,00; Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural – R$ 5.000.000,00; Secretaria Municipal de Habitação – R$ 2.509.345,00; Gabinete do Vice-Prefeito – R$ 50.000,00; Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito – R$ 22.270.500,00; Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais – R$ 4.261.000,00; Secretaria Municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos e Humanos – R$ 5.965.120,00; Secretaria Municipal Extraordinária de Relações Interinstitucionais – R$ 50.000,00; Secretaria Municipal Extraordinária de Gestão e Convênios – R$ 330.000,00; Reserva de Contingência – R$ 8.857.981,00.
Exu e as eleições no nosso Estado nada laico
Por Daniele Britto
Em outubro de 2020, a Revista Exame realizou uma tabulação dos dados atualizados do TSE e concluiu que existe um aumento de 34% no número de candidatos evangélicos nas eleições de 2020. Ao todo, são 4.915 inscrições, entre candidatos e candidatas a prefeitos/prefeitas e vereadores/vereadoras. E olhe que eles só levaram em consideração candidatos e candidatas que carregam a “insígnia” de pastores e pastoras.
Contabilizando os dados, a revista também concluiu que, no país, apenas 210 candidaturas se referem a candidatos católicos, 63 candidaturas são ligadas às religiões de matriz africana e três ao judaísmo. E em Feira de Santana, obviamente, o cenário não é diferente.
Quando a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Silva afirma que “É o momento de a igreja ocupar a nação” ou o presidente Bolsonaro diz que vai indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF, é algo que, de fato figura-se como “novo”, dentro do nosso Estado laico ou é fruto exclusivo dos ideais da direita? Creio que não.
Em 2008, o ex-presidente Lula foi ao Vaticano assinar um acordo bilateral com a Santa Sé no qual previa a obrigatoriedade do “ensino religioso católico e de outras confissões” nas escolas. Para piorar, o acordo também permitia que a Igreja Católica suprimisse direitos trabalhistas de sacerdotes e que planejamentos urbanos levassem em conta espaços para fins religiosos. Comissões foram formadas para questionar o acordo. A Procuradoria Geral da República se manifestou desfavorável ao acordo. E em 2017 o STF decidiu que sim, o ensino religioso pode ser de caráter confessional. Você consegue enxergar claras violações ao artigo 19 da Constituição? Eu também.
Uma pequena observação: não se engane. O PT também já tem orientações claras do seu líder maior para que o partido se aproxime dos evangélicos em todo o país. Seria, no mínimo, burrice agir de forma diferente.
Mas, qual a grande novidade de tudo isso? Absolutamente nenhuma. Estes dados revelam o que acontece desde 1550, quando crianças órfãs eram mandadas de Portugal para o Brasil para catequizar e promover o branqueamento da população do país. Paulo Rumualdo Hernandes em seu artigo “Meninos órfãos vindos do Reino para a América Portuguesa: mestiçagem cultural” relata recortes importantes dessa importação de crianças e o projeto dos jesuítas de “purificação” de um povo
Verdadeiramente, era uma dupla vantagem tais remessas, pois, além de trabalharem para os jesuítas nesta interação entre crianças indígenas e crianças portuguesas (crianças rapidamente aprendem um novo idioma e era o que queriam das crianças indígenas), Portugal também se livrara daqueles “problemas” que era ter órfãos pelas ruas causando problemas à Coroa.
O que se conclui com estas informações? O Brasil não é e nunca foi um Estado laico e sempre teve uma religião. “Deus” está, até mesmo, no texto do preâmbulo da Constituição que relaciona a promulgação à divindade cristã, quando diz “sob a proteção de Deus”. O mesmo deus está nas nossas cédulas de dinheiro que trazem a frase “Deus seja louvado”.
Prossigo trazendo algo importante: dados do censo de 2010, computam que o pentecostalismo é majoritariamente a religião mais negra, mais pobre e mais presente nas periferias da cidade. Negros e pobres são a maioria da população do Brasil e a escolha da religião cristã é fruto o apagamento de identidades tangenciado pelo mito da democracia racial e demonização das religiões de matrizes africanas.
E quando olhamos os líderes evangélicos mais ricos do país tudo fica, literalmente, mais claro: homens brancos, numa clara reprodução das estruturas de poder que nos sustentam há séculos. Valdemiro Santiago, o único negro que estava elencado no ranking dos 6 líderes evangélicos mais ricos, já foi retirado da lista.
Uma informação relevante pra qualquer estratégia política é saber que, conforme o IBGE, em 2022, o número de católicos deve encolher para menos de 50% da população, decaindo em 10 anos para 38,6%. Já a previsão para os declarados evangélicos é que, em 2032, alcance os 39,8%, superando assim os católicos.
Não é por acaso que o presidente Jair Bolsonaro, que se dizia católico agora se batizou “nas águas”, aproximando-se dos evangélicos e transitando neste limbo de conveniência entre as duas vertentes. Católico ou evangélico? Os dois. Ou nenhum dos dois, se é que você em entende. E não falo apenas de Bolsonaro. Falo de diversos outros políticos e candidatos que utilizam a religiosidade como mote e Deus como cabo eleitoral.
Com toda certeza, pelo menos em Feira de Santana, não veremos nenhum candidato em campanha saudando Pomba Gira Sete Encruzilhadas no carro de som da carreata, nem vestindo um alaká africano ou soltando um sonoro “Eparrey, Oyá” no programa eleitoral veiculado às quartas-feiras. Nem mesmo um discreto fio de contas vai aparecer sem querer, ao contrário de bíblias embaixo do braço, versículos decorados e terços no pescoço.
Erra quem pensa que a reprodução das desigualdades e manutenção das estruturas de poder é um ato unicamente político e distante da subjetividade. Se optássemos por valores civilizatórios negro-africanos, também viveríamos longe de um estado laico, mas tudo seria bem diferente, acredito.
E nesta sexta-feira de calor intenso, saúdo Exu que traz consigo o princípio dinâmico da vida. Exu é o mensageiro entre dois mundos: este, em que os homens rogam e o outro em que os deuses acodem. Ou não.
Em um mundo mítico-ideal, este seria o meu candidato. Mas, ele, que é real, não precisa nem do meu e nem do seu voto pra fazer o mundo girar. Ainda bem.
Daniele Britto
Advogada e Jornalista
Mãe, feminista, antirracista e aliada na luta contra a homotransfobia
Pesquisadora no grupo Corpo-território Decolonial (Uefs)
Mestranda PPGE/Uefs
Após reclamação de pouco movimento e sujeira no Shopping Popular, Elias Tergilene diz que camelôs precisam ser domesticados
Por Dandara Barreto
A rua Sales Barbosa está completamente livre de barracas. A prefeitura concluiu a remoção delas na última terça(6) e o feirense pôde ver o calçadão como há mais de 20 anos não era possível fazê-lo. O ordenamento do centro da cidade é tão urgente quanto agradável aos olhos de quem tem a sensação de ter a mobilidade urbana devolvida.
Nada agradável mesmo é ver que assim como a rua, o Shopping Popular também está vazio, tanto de clientes, quanto de vendedores. Nem todos os ambulantes já estão com os boxes montados no entreposto. Uma maioria está desocupada e sem nenhum esboço de estrutura.
O Blog do Velame conversou com alguns vendedores que já estão instalados e além do paradeiro, sujeira e falta de iluminação, são outras queixas de quem está instalado há 3 semanas desde a inauguração do Shooping Cidade das Compras”.
Silene Carvalho trabalhava na Sales Barbosa e no dia 30 de setembro retirou sua mercadoria por causa da remoção das barracas por prepostos da prefeitura, no entanto, ela ainda não está com seu box montado, porque ainda não recebeu as chaves.
“Está tudo vazio, meu boxe não tem nem portas e a prefeitura me informou que eu vou receber as chaves na segunda etapa. Minha mercadoria está toda em casa e eu não posso trabalhar. Ainda que a minha estrutura estivesse pronta, como eu poderia vender? Se olhar em volta, nenhum box aqui na ala do meu está ocupado. O cliente vai se sentir atraído a vir aqui?” Questiona.
Jonatan trabalhou na Sales Barbosa por 12, ele já está com seu boxe montado, mas não está nada satisfeito com o shopping. Ele contou à nossa reportagem que ao longo de todo o dia, só vendeu R$18.
“Pra mim tá péssimo. Me tiraram de um lugar que tinha movimento, que passava gente e mesmo com o movimento fraco da pandemia, eu conseguia levar o sustento pra casa. Aqui, eu só vendi 18 reais hoje. É o dinheiro do transporte e mal dá para pagar o almoço. Eu não tenho boas expectativas porque não tem como ter cliente num ambiente sujo como este. Não tem nem lixeira. Os meus colegas estão reformando os seus boxes, serrando piso, madeira e a administração não tem nenhuma pessoa para varrer o chão”. Reclama o comerciante.
Também há quem esteja otimista, Evandro Cordeiro, trabalhava há 23 anos da rua Marechal Deodoro e há 3 dias começou a comercializar seus produtos no Shopping. Ele conta que apesar do movimento fraco, tem boas expectativas.
“Todo começo é devagar, a gente está engatinhando ainda aqui, mas eu sou sempre otimista, acho que vai melhorar”. Afirma.
Edilson vende confecções há 40 anos no centro de Feira, e disse que não tinha mais condições de continuar na rua Sales Barbosa e que para o movimento aumentar por lá, é preciso que a prefeitura divulgue mais o entreposto para atrair o feirense para as compras naquele local. Para ele o único ponto negativo é a falta de estrutura em cada boxe.
“A estrutura não é tão ruim, mas um ponto negativo é que a gente precisa montar os boxes. Tem muitas pessoas que não vai ter condições de armar, por que precisa botar piso, forrar, comprar móveis”. Conclui.
Procurado pela reportagem, o empresário Elias Tergilene, responsável pelo Shopping Popular informou que o movimento está “bombando” e que a sujeira no local é causada pelos camelôs, que precisam ser domesticados.
“O problema é de educação. A pessoa come, pega o marmitex e joga no chão. Reforma seu box e joga o resto da massa no corredor. Tudo quanto é coisa que eles estavam acostumados a jogar nas ruas, estão fazendo aqui. Até fezes, a equipe de limpeza já teve que catar. Eles vieram com a mesma cultura da rua”. Disse o empresário.
Tergilene falou que os camelôs terão que pagar mais caro pela falta de educação.
“A gente tá ouvindo muito que na rua não pagava e aqui paga, mas se você perguntar à prefeitura quanto ela gastava com a coleta das toneladas de lixo que eles deixavam nas ruas, com certeza as cifras serão de milhões por ano. Nós vamos ter que dobrar o custo do condomínio. Quanto mais sujar, mais caro vai ter que pagar. Quando arder no bolso, eu tenho a esperança que eles vão se reeducar”. Afirmou.
Questionado se o shopping já está totalmente concluído, o empresário informou que ainda falta construir uma creche, o batalhão da polícia militar, o SAMU e um heliporto. Além disso, falta a área que vai ligar o shopping ao Transbordo.
“Agora estamos aguardando terminar a montagem dos boxes para fazer o pente fino. Tem muita coisa ainda para terminar, mas se a gente fizer o acabamento, eles (os camelôs) vão quebrar tudo. Então, a gente precisa esperar eles acabarem de montar para domesticar e educar essa turma, daí a gente vai terminar tudo”. Concluiu.
Núcleo Moviafro de Mulheres Negras, realiza campanha de prevenção ao câncer de mama
O Núcleo Moviafro de Mulheres Negras – NUMNEGRAS, em Feira de Santana na Bahia. Lançou no último dia 1º, a Campanha Outubro Rosa das Mulheres Pretas Moviafro. O objetivo desta campanha é de chamar a atenção da sociedade para a grande quantidade de mulheres negras que são vítimas do câncer de mama.
Diversos estudos comprovam que mulheres negras, jovens e da periferia estão encabeçando esta triste lista, como as mais vitimadas por esta doença que afeta também mulheres brancas, mas em um número bem menor.
Coordenadora do NUMNEGRAS, a psicóloga Suellen Cardoso, fala que o objetivo da criação do Núcleo Moviafro de Mulheres Negras é conscientizar, emancipar e acima de tudo, proteger nossas meninas e mulheres pretas, munindo-as de informações acerca de assuntos relacionados não só a saúde, mais também a politica, direitos e cultura, entre outros. Para Suellen, muitas das nossas irmãs pretas, tiveram as suas vidas ceifadas por causa do difícil acesso a informação em alguns casos, a negligência em outros e a falta de políticas públicas que facilitem os exames para detecção precoce do câncer. Isso tudo se dá, pelo descaso do poder público para a área da saúde.
As ações, devido a pandemia, serão realizadas de forma virtual. Publicações nas redes sociais de cards informativos e instrutivos sobre a importância do auto exame e a realização de rodas de diálogos online, fazem parte da mobilização. Amanda Flora, assistente social e idealizadora do NUMNEGRAS, salienta que o ideal seria que este evento fosse presencial e que ações pudessem acontecer em vias públicas pois sabemos que nem todas as irmãs pretas têm acesso a internet, entretanto diante das impossibilidades por causa do novo Coronavírus, estaremos intensificando a divulgação nas redes e grupos de aplicativos de mensagens e também estamos contando com o apoio dos nossos parceiros em todas as mídias na esperança de alcançar o maior número de pessoas possível.
Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG indica que a sobrevida de mulheres negras em casos de câncer de mama é até 10% menor do que entre mulheres brancas. Números são do Sistema Único de Saúde (SUS). As mulheres de cor de pele preta e parda têm menor acesso às ações do plano de controle do câncer de mama no país. No Brasil o tema referente a desigualdades raciais na sobrevida havia sido estudado em um centro, de acordo com Lívia, mas faltava uma análise nacional.
Morre Joselito Amorim, ex-prefeito de Feira de Santana
Morreu por complicações devido à covid-19, o ex-prefeito de Feira de Santana Joselito Amorim. Ele estava internado em um hospital de Salvador e na noite deste domingo veio a óbito.
De acordo com familiares, ele estava internado com infecção urinária e após receber alta, começou a manifestar os sintomas da Covid-19, e voltou para o hospital.
Joselito Amorim tinha 101 anos e foi o sexto prefeito de Feira de Santana entre 1964 e 1967. Joselito no entanto, não foi eleito prefeito. Ele era vereador, quando o então prefeito Francisco José Pinto foi deposto pela ditadura militar. Ele era o próximo na linha de sucessão, já que era o presidente da casa legislativa e assumiu a prefeitura em 8 de maio de 1964, pouco mais de um mês depois do golpe militar.
Sua gestão foi a responsável pela construção do Estádio Joia da Princesa, o Museu Regional, o Parque de Exposição João Martins da Silva, a Estação Rodoviária, a Biblioteca Municipal Arnold Ferreira da Silva e o Fórum Desembargador Filinto Bastos.
No ano passado, o jornalista e ex-secretário de cultura de Feira de Santana, Jailton Batista, lançou um livro sobre a vida de Joselito Amorim, “O Filho da Madre”.
As feiras de Feira
Por Daniele Britto*
Institucionalizou-se que, hoje, dia 18 de setembro, é aniversário da cidade de Feira de Santana. Minha cidade e talvez também a sua, que me lê. Motivos para comemorar? Infelizmente, não consigo elencar um que seja.
Antes de me pixarem de pessimista nata ou canceriana dramática, explico: Feira de Santana não envelhece com o tempo. Ela vem desaparecendo em ritmo acelerado, cada vez mais distante dos seus. Uma senhora quase sem memórias e perdida de si. Certamente, já se esqueceu dos povos indígenas que ocupavam este território, os Paiaiás, que foram exterminados sem pudor, em nome da colonização e do desenvolvimento do comércio, claro. Mas, hoje, não vou tão a fundo nas entrelinhas da velha Feira.
Antes que me acusem de retrógrada e utópica saudosista, mais uma vez, explico: a cidade que tem em seu nome a origem da sua concepção e relevância econômica, o grande motivo do destaque entre tantas outras agoniza, em um desalinho que pende entre a incompetência e a irresponsabilidade; entre a subserviência burra a determinados grupos em detrimento de uma coletividade.
Quando me deparei com a já inevitável e sorrateira retirada das barracas dos ambulantes do centro da cidade, mais uma vez, me perguntei: desde quando Feira deixou de ser uma feira? Logo em seguida, no noticiário local, ouvi a frágil justificativa de um Secretário do município que nitidamente não sabe o que faz mas sabe muito bem a quem obedecer.
Tentar desvencilhar a identidade e característica da cidade de Feira de Santana da estrutura de uma feira livre, da alma de feirantes que temos é uma afronta irresponsável que não beneficia nem os maiores interessados nessa “limpeza”. Achar que ser uma grande feira é associar-se ao retrocesso é uma grande prova da limitação técnica e até de capacidade cognitiva, eu diria. Acreditar que é impossível uma harmonia entre o comércio formal e informal é típico daqueles que governam para poucos e não para todos.
Para alguns estudiosos, as feiras livres existem há mais de 500 anos antes de Cristo. Já o comércio informal abriga mais de 60% dos trabalhadores do país! Não há como não levar isso em consideração em uma cidade que se chama FEIRA de Santana. Não dá pra achar que tirar os ambulantes das ruas – solo de qualquer feira – e colocar em um local chamado de shopping (que péssima proposta esse estrangeirismo disfarçado de ascensão) vai contribuir para a mobilidade e fruição das atividades comerciais.
Comparar a fala política (disfarçada de promessa de progresso) do citado Secretário responsável pela retirada dos ambulantes com a de um engenheiro como Allan Pimenta, mestre pelo Masdar/MIT por exemplo, é um nítido exemplo do grande equívoco que é menosprezar o aspecto técnico de uma gestão. E os grandes prejudicados disso tudo são aqueles que não têm como escolher quem ocupa os cargos que não são eletivos; são todos e todas que fomentam e usufruem dessa informalidade característica que não vai morrer jamais!
Esconder as feiras e os informais dentro de uma estrutura fechada batizada de shopping é um apagamento que se repete na nossa história. Já tivemos os chamados currais modelo e já fomos capazes de comercializar, no meio das ruas, mais de 100 mil cabeças de gado em um ano. No gogó, na pechincha. Para onde foi todo esse potencial e essa força comercial?
Ser feirante está nas raízes de Feira de Santana e isso deve ser levado em consideração. Verdadeiramente precisamos de um projeto urbanístico tecnicamente democrático, que leve em consideração o patrimônio imaterial que nos forja. Um projeto inclusivo, feito para pessoas e não para ficar bonito só na peça publicitária do portfólio eleitoral.
É necessário elaborar um projeto multidisciplinar, alinhado com a perspectiva de que a valorização de uma cultura também faz parte do desenvolvimento econômico de uma cidade ou região. Identidade deve ser premissa de qualquer projeto de requalificação e, claro, estar dentro de planejamentos urbanos de médio e longo prazo. Mas, pra isso, é preciso ter competência técnica, executiva e, obviamente, capacidade de dialogar.
Não somos um shopping, my friends. Somos de uma feira.
*Daniele Britto
Advogada e Jornalista
Mãe, feminista, antirracista e aliada na luta contra a homotransfobia
Pesquisadora no grupo Corpo-território Decolonial (Uefs)
Mestranda PPGE/Uefs
Feira de Santana comemora aniversário entregando reforma do Casarão Olhos D´agua
Feira de Santana celebra hoje 187 anos de emancipação política e a prefeitura da cidade reinaugurou o Casarão Olhos D’Água, imóvel de mais de 300 anos, tido como a primeira habitação erguida no município, que foi reformado.
O espaço, que um dia foi pousada obrigatória de vaqueiros e tropeiros que cortavam os sertões tangendo boiadas, agora abrigará um memorial de Maria Quitéria, heroína da Independência do Brasil, e será também o espaço sede do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana e das academias de Letras, Artes, Educação e Medicina. O casarão será um núcleo de preservação da memória e estímulo à ciência e cultura locais.
Restrita aos membros envolvidos no projeto, a solenidade de inauguração contou com hasteamento de bandeiras e execução dos hinos municipal e nacional. A restauração do espaço, situado na Rua Dr. Araújo Pinho, custou mais de R$ 331,6 mil e seguirá sob administração da Fundação Municipal Cultural Egberto Costa. Professor da Uefs e secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito falou sobre a importância da data e dificuldade da comemoração deste aniversário sem a possibilidade da tradicional presença das pessoas.
O município decretou ponto facultativo nas repartições municipais, mas o comércio da cidade funcionou normalmente.
Com informação da SECOM e Correio
Secretário diz que órgão do Estado comparou centro de Feira com favela
Uma análise técnica feita pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão do Governo do Estado, na gestão do governador Jacques Wagner, apontou como ilegal a existência de comércio informal em áreas onde existem bens históricos e tombados. Em um trecho, a análise do IPAC chega a comparar o centro de Feira de Santana com uma favela. “Está aí uma prova contundente de que a relocação do comércio ambulante para o centro comercial popular não é uma perseguição da Prefeitura. Ela se baseia também nessa análise técnica do IPAC, que faz parte do inquérito civil aberto pelo Ministério Público, que resultou numa ação judicial contra o Governo Municipal”, argumenta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Carlos Borges Junior. A pedido do Ministério Público, que instaurou um inquérito civil sobre a ocupação do centro pelo comércio ambulante, o arquiteto Adolfo Roriz encaminhou a análise ao MP em 5 de julho de 2008. Segundo o documento, o decreto 10.039, de 30 de julho de 2006, também do Governo do Estado, proíbe a existência de camelôs e barracas em volta de bens tombados. Em um trecho da análise técnica, Adolfo Roriz chega a destacar que a “construção de barracas fixas, de péssima qualidade, coberturas improvisadas, nos dão a impressão de que estamos visualizando uma pequena favela”. O arquiteto destaca o artigo 15 do decreto, segundo o qual “na vizinhança do bem tombado não poderão ser efetuadas intervenções que lhe prejudiquem a visibilidade, tirando o valor histórico ou a beleza original da obra ou do sítio protegido”. Entre os bens tombados no centro, a análise lista o coreto da praça Bernardino Bahia, o coreto da praça Fróes da Mota, a Capela de Nossa Senhora dos Remédios e o prédio do Arquivo Público Municipal, entre outros. Já no Poder Judiciário tramita uma ação, de iniciativa do Ministério Público Estadual, solicitando a retirada de comércio informal no centro da cidade. A ação se baseia na Constituição Federal, no Código Civil, no Estatuto da Cidade e no Plano Nacional de Mobilidade Urbana.
Igreja evangélica realiza culto em formato drive-in
Com o objetivo de colocar em prática o amor ao próximo como a maior demonstração do cristianismo genuíno, sobretudo no contexto da pandemia da covid-19, a União de Jovens da Assembleia de Deus em Feira de Santana, conhecida pela sigla UJADEFS, vai realizar o primeiro drive-in solidário da história da igreja.
De acordo com o Presbítero Emerson Dayube, coordenador geral da Ujadefs, o evento vai acontecer no próximo sábado, às 15h, no espaço localizado na Estrada do Calundu, bairro Lagoa Salgada. “Teremos como participação especial o Pastor Osiel Gomes, comentarista da Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD – que será o pregador do evento e a cantora Sarah Beatriz que vai entoar os louvores”, afirmou o coordenador.
Para além da participação dos convidados especiais, o Presbítero Emerson Dayube faz questão de ressaltar a razão maior do encontro: “Este é um momento em que enfrentamos uma situação totalmente atípica e quisera Deus que fossemos nós os escolhidos para atravessar esse tempo, por isso precisamos levantar a bandeira da solidariedade e do amor fraternal com os nossos irmãos carentes e necessitados”, afirmou em reuniões com a equipe de lideres de jovens durante a fase de planejamento do evento.
Por isso, ele ressalta que, o próprio tema do evento, Eu Vivo Esta Esperança, já é um chamado à solidariedade cristã e, conclama todos os participantes a levarem um quilo de alimento não perecível que posteriormente será distribuído àqueles que enfrentam dificuldade financeira devido a maior crise sanitária que a cidade atravessa. Dados mostram que mais de 9,3 mil pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus e outras 193 vidas foram ceifadas em decorrência da doença.
Medidas de segurança
Durante os encontros de planejamento, o coordenador geral do evento assegurou que o drive-in solidário será realizado com todo o esquema de segurança possível e dentro daquilo que propõe o decreto publicado no último sábado pela Prefeitura Municipal com normas específicas para realização dos eventos culturais em nossa cidade.
A Ujadefs está presente em mais de 95% dos bairros de Feira de Santana. Dividida em quase 170 templos, a juventude assembleia soma quase 4 mil jovens espalhados pelos quatro cantos da maior cidade do interior baiano. “Nossa esperança é que tudo ocorra da melhor forma possível e que oramos para que este seja o primeiro e último drive-in que realizamos já que nutrimos a esperança de que essa pandemia vai passar e todos voltaremos a cultuar a Deus como antes”, finalizou o coordenador ressaltando o convite para que todos possam ampliar a rede de solidariedade no próximo sábado.
Artista feirense Jefferson Moura apresenta o projeto Com Pão e Poesia
Elsimar Pondé
E-mail: [email protected]
O programa “Com Pão e Poesia – processo criativo durante a pandemia”, é um projeto do professor, cantor e compositor feirense Jefferson Moura, aprovado pelo edital Calendário das Artes 2020 – 8ª edição, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado.
Neste projeto, Jefferson entrevistará o músico e compositor Daniel Penha, a atriz Júlia Lorrana e o professor e poeta Roberval Pereyr, todos atualmente moradores de Feira de Santana.
Segundo Jefferson, o objetivo do programa é fomentar empatia e humanidade através da expressividade, dando voz a quem vive de arte e a vez ao público de dividir com o artista o peso de enfrentar uma crise tão desleal.
Apresentações autorais e bate papo não simultâneo sobre o processo criativo desses artistas diante do atual contexto de isolamento social em que se encontra o mundo, dão a esse projeto um tom necessário nestes tempos em que a arte se faz necessária para a saúde mental da população.
A compilação dos três episódios do programa “Com Pão e Poesia – processo criativo durante a pandemia”, será publicada nas redes sociais da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e, em seguida, nos perfis do próprio Jefferson Moura (Instagram e YouTube). A data ainda não está definida.
Poeta, cantor, compositor, professor (é formado em Letras), Jefferson é um dos mais inquietos artistas da atualidade em Feira de Santana. Ainda este ano ele deve lançar seu primeiro EP, com produção do DJ Lerry, ele também faz parte do grupo Bando À Flor da Pele.
Feirenses têm seus trabalhos divulgados por Lázaro Ramos e Taís Araújo
Na última sexta feira(6), o feirense Thiago Rocha foi surpreendido com um publipost de ninguém menos que Lázaro Ramos.
O ator decidiu fazer 100 publicações divulgando o trabalho de pessoas que ele considera incríveis. Ele os chamará de “O cara” e Thiago foi o primeiro da lista do baiano. Veja a publicação aqui.
Thiago Rocha é professor de inglês e cineasta. No ano passado, ele lançou o filme Porque Eu te Amei, que recebeu 4 indicações no Festival Nacional de Cinema Cristão no Rio de Janeiro (relembre aqui). Ele contou que também foi pego de surpresa quando se viu no instagram de Lázaro Ramos. Ele acredita que o ator conheceu seu trabalho por intermédio de uma nova parceira que está fazendo com a página de noticias e cultura negra Momentos Negros, na rede social, que tem quase 100 mil seguidores.
“Foi surpresa pra mim. Eu estava dando aula, quando terminei e sai da sala virtual, fui checar minhas redes sociais e me deparei com o post. Fiquei muito feliz e emocionado”.
Após a publicação do global, sua conta ganhou muitos seguidores. Segundo ele, seu trabalho nas redes exige muita dedicação e o retorno até aqui costuma ser lento.
“Passou um filme na minha cabeça, eu me esforço muito pra produzir conteúdo de qualidade, gasto cerca de 12 horas por semana escrevendo roteiros, editando posts e vídeos, respondendo comentários e interagindo com o público. E as vezes o crescimento é muito lento. Vou ser sincero que pensei em desisti diversas vezes”.
Thiago contou que a ajuda veio em boa hora. Ele está para lançar um curso online de inglês. Com a visibilidade que ganhou, mais pessoas poderão assistir.
“Estou muito grato a Deus por essa honra e mais, eu tinha um objetivo de chegar aos 10 mil seguidores ainda esse ano e isso tudo aconteceu uma semana antes do lançamento do meu curso de inglês online, onde ensino inglês de forma divertida e leve, usando elementos da cultura negra pra fomentar a representatividade de pessoas negras em lugares que não existem tantos negros trabalhando”.
O casal Ramos anda antenado nos talentos de Feira de Santana. A esposa de Lázaro, Taís Araujo, também notou uma feirense há algumas semanas. A cantora Rachel Reis teve o trabalho divulgado pela atriz, que disse estar viciada em sua música. Clique para ver a publicação.
Taís postou um vídeo rápido se maquiando e ouvindo a música “Ventilador”, interpretada por Rachel. Os fãs da feirense foram a loucura e não pararam de comentar nas redes sociais sobre o assunto. Em seguida, ela fez uma postagem na sua página do Instagram com o vídeo da música completo e revelou que está viciada no hit. Taís elogiou o trabalho de Rachel e ainda recomendou que os seus seguidores a sigam e conheçam outras músicas.
Rachel disse estar colhendo os frutos dessa divulgação da atriz, que para ela sempre foi uma referencia, devido à sua representatividade negra.
“Eu fiquei muito feliz e sem acreditar que uma mulher que eu sempre fui fã, se disse minha fã. Foi uma divulgação maravilhosa. Minhas músicas passaram a ser muito ouvidas. Nem consigo descrever o tamanho da minha felicidade”. Comemora a cantora.
Apesar de ter aumentado sua visibilidade com o post de Taís, Rachel Reis já vinha sendo muito ouvida. Nomes como Caetano Veloso e Adriana Canhoto, já havia incluído o single em suas playlists no Spotfy.
Morre o multiartista feirense Márcio Punk
Morreu na manhã deste domingo (06), aos 46 anos, no Hospital Dom Pedro de Alcântara, o multiartista feirense Márcio Punk. Ele lutava contra um câncer de pulmão há pelo menos um ano e meio. Ainda não temos informações sobre o velório ou sepultamento, cuja presença deve ser restrita por causa da pandemia do novo coronavírus.
Por mais de 20 anos, Márcio teve intensa atuação no segmento cultural em Feira de Santana e região. Além da atividade como tatuador, Punk também enveredou pela música, cinema e especialmente pelas artes visuais, desenvolvendo a técnica chamada pulverografia.
Márcio Punk também foi o idealizador da mais importante intervenção de arte urbana da Bahia entre os anos de 2015 e 2018, o movimento “O Beco é Nosso”, no Beco da Energia, antigo espaço onde existem casas de prostituição, situado no coração do centro comercial de Feira.
Inúmeras apresentações musicais, de dança e teatro, oficinas, intervenções de artes visuais, principalmente o grafitti, lançamentos de livros, entre outras atividades, deram ao espaço grande visibilidade nos veículos de comunicação e nas redes sociais também, forçando o poder público a tratar com mais dignidade as pessoas que lá residem.
Punk teve atuação como ativista cultural, apoiando as ações em favor da elaboração do Plano Municipal de Cultura e as cobranças pela aprovação do documento na Câmara Municipal no ano de 2016. Participou de apresentações do grupo Curarte, que faz intervenções artísticas voluntárias em hospitais de Feira.
Márcio Antônio Silva dos Santos deixa dois filhos, Erik e Malu, e uma legião de amigos que ao longo dos últimos meses participaram ativamente da campanha Arte Vence, que visava arrecadar recursos adicionais para o tratamento de saúde do multiartista.
Domingo Tem Teatro estreia em formato online
Elsimar Pondé
E-mail: [email protected]
O Domingo Tem Teatro estreia a sua programação especial online neste domingo (30). A transmissão será feita pelas redes sociais da Cia. Cuca de Teatro com a exibição do espetáculo “O Circo de Um Homem Só com uma Plateia Só” do premiado Diretor, ator, palhaço, dramaturgo e roteirista João Lima.
O espetáculo reúne humor e versatilidade ao contar a história do palhaço Tiziu que decide realizar sozinho um espetáculo de circo completo, ele mesmo arma o circo e faz o apresentador, o mágico, o malabarista, a bandinha e tudo o que encanta no mundo circense, diversão garantida para toda a família.
O Domingo Tem Teatro, projeto idealizado e produzido desde 2005 pelos produtores da Cia. Cuca de Teatro, Henrique Motté (1963-2019) e Elizete Destéffani-Motté é pioneiro na Bahia e originalmente fruto da ação cultural voltada ao teatro para a infância e juventude em Feira de Santana.
Com a pandemia iniciada nas vésperas da estreia do projeto, em março, não foi possível realizar a programação agendada para a temporada do primeiro semestre.
De lá para cá a produção do Domingo Tem Teatro veio trabalhando no planejamento para a execução de apresentações do projeto na versão online, dentro dos parâmetros e orientações de segurança e cuidados determinados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e em consonância com os decretos do Estado e do Município.
A estreia do Domingo Tem Teatro Online é uma iniciativa pensada para manter o projeto em atividade no momento em que não se tem ainda uma previsão de retorno das atividades presenciais nos teatros.
SERVIÇO
O QUÊ: Domingo Tem Teatro Online
QUANDO: 30 de agosto / HORÁRIO: 10h30
ONDE: https://www.facebook.com/oficialciacucadeteatro/
https://www.youtube.com/user/CiaCucadeTeatro
ESPETÁCULO: “O Circo de Um Homem Só com Uma Plateia Só”
GRUPO: Núcleo Circo Único – Salvador – BA
CLASSIFICAÇÃO: Livre / DURAÇÃO: 40 minutos