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(738) registro(s) encontrado(s) para a busca: Política‘Etanol é o biocombustível promissor na Bahia’, diz Leão em seminário de combustíveis renováveis
Os chamados combustíveis renováveis e do futuro – etanol, célula de hidrogênio, biogás, diesel verde, bateria para carro elétrico -, foram tema de seminário online na tarde desta terça-feira (16), que reuniu o vice-governador João Leão, secretário de Desenvolvimento Econômico, cientistas de biocombustíveis e as federações dos setores produtivos da Bahia. O evento foi promovido pelo Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis e a Federação do Comércio (Fecomércio). “Estamos debatendo o futuro. O Estado da Bahia, ao buscar uma nova matriz energética, sinaliza para esse universo de sustentabilidade. Somos favoráveis aos biocombustíveis, tanto que estamos implantando um Polo Bioenergético e Agroindustrial, com o propósito de instalar 11 usinas sucroalcooleiras que vão produzir energia de biomassa e etanol. A Bahia importa mais de 80% do álcool que consome e queremos, com isso nos tornar autossuficientes, competitivos, no setor”, destacou Leão na abertura do evento. O seminário tratou da política verde dos Combustíveis e teve a participação do diretor geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), contra-Almirante Rodolfo de Saboia. Teve ainda palestras dos especialistas Gonçalo Pereira, Thaynara Espíndola e Ricardo Abreu. O evento teve apoio da Federação das Indústrias, SENAI/CIMATEC, Federação Nacional dos Postos de Combustíveis, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e Clube de Engenharia da Bahia.
Em audiência virtual, deputado cobra a Rui Costa dinheiro de respiradores
Em audiência virtual com os deputados estaduais, o governador Rui Costa (PT) passou por uma saia justa. O deputado estadual José de Arimateia (Republicanos) mostrou um cartaz onde indagava o petista sobre os respiradores comprados pele Consórcio Nordeste. “Cadê os R$ 45 milhões dos respiradores”, dizia o cartaz mostrado durante a audiência. No Instagram, o deputado escreveu: “Cobrei do gestor o dinheiro usado nas compra de respiradores para pacientes com Covid-19 que não foram entregues, em meados de 2020. Perguntar não ofende, não é @ruicostaoficial?”. Rui Costa nada respondeu. Está em tramite no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o processo relacionado à Operação Ragnarock, que investiga suposta fraude na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, presidido pelo governador Rui Costa (PT). Os nove estados nordestinos pagaram quase R$ 49 milhões por 300 respiradores, que não foram entregues.
PANDEMIA: Um ano de trapalhadas: Colbert “desdecreta” decreto
POR RAFAEL VELAME
No simbólico dia em que se completa um ano do primeiro caso confirmado de covid-19 em Feira de Santana, a população feirense acordou com duas notícias. A primeira, publicada no Diário Oficial do Município deste sábado dia 06 de março, informa que apesar da superlotação das UTIs públicas e privadas e do crescente número de casos positivos na cidade, o prefeito Colbert Filho (MDB) liberou o funcionamento do comércio e bares a partir de segunda-feira (08). O mesmo prefeito que 24h antes convocou coletiva para alertar sobre o aparecimento e gravidade de quatro cepas do novo coronavírus em Feira. A segunda notícia foi divulgada por um site local informando justamente o contrário do decreto récem publicado. O site afirmava ter conversado com o próprio Colbert que informou que anularia, ainda neste sábado (06), o decreto liberando o funcionamento do comércio e bares. Ou seja, o decreto publicado na manhã de sábado seria anulado ainda no mesmo sábado, 6 de março de 2021. Um ano depois e ainda estamos reféns da repetitiva tática “pega casaco, bota casaco, tira casaco, pega casaco, bota casaco, tira casaco”. O atrapalhado episódio só confirma o desleixo, a precipitação e a forma perigosa que Colbert e sua trupe tratam a pandemia. Agora todos esperam a terceira notícia do dia: um pronunciamento oficial do prefeito pedindo desculpas por, um ano depois, ainda não ser o prefeito que Feira merece.
Ouça episódio do Podcast Para Quem Merece sobre um ano de pandemia em Feira clicando AQUI.
Projeto para divulgar e viabilizar apoio a empreendimentos culturais negros é lançado em Feira de Santana
O Talk Show Lu Convida – Uma Prosa Preta realiza entrevistas com empreendedores culturais negros, nos dias 7, 14, 21 e 28 de março. Todas aos domingos, a partir das 17 horas, e transmitidas no canal do projeto, no Youtube. Idealizado pela empreendedora, gestora, produtora e ativista cultural Luciana Silva, o projeto é pioneiro em Feira de Santana e tem como propósito divulgar e viabilizar apoio financeiro e institucional, para segmentos à margem de investimentos de mercado ou da agenda convencional da política de cultura. “Os processos criativos são importantes para geração de trabalho, renda e riqueza econômica e os movimentos culturais, quer sejam os da tradição, quer sejam os atuais, devem ser reconhecidos e fortalecidos como necessários para a configuração e estabelecimento da cultura contemporânea, que revela a realidade presente e promove profundas mudanças na cena urbana”, frisa a idealizadora. Além das entrevistas, o Talk Show terá roda de conversa virtual com a equipe realizadora, que vai compartilhar experiências no segmento cultural feirense, apresentações e intervenções artísticas e participação do público, previamente inscrito. Os participantes poderão enviar perguntas através do chat. Haverá ainda apresentações de vídeos e depoimentos no quadro intitulado Vitrine de Projetos, onde os selecionados poderão mostrar suas ações para o público e potenciais apoiadores. Estão confirmados para o primeiro talk show o MC Preto Charus, do grupo de Rap Met’Eufóricos; Patrícia Núbia, professora de história, filosofia e sociologia (Uefs); Liz Kaapora, educadora popular, militante da economia popular e solidária, sócia da LIMPTUDO FSA; Rafael Roots, técnico em Higienização de Estofados e Esteticista automotivo, também sócio da LIMPTUDO FSA; Flavia Silva, da Tudojunto produtora audiovisual Independente; e Everton Antônio, licenciado em música pela Uefs, músico de rua, agente e ativista cultural. A realização do projeto atende ao diagnóstico cultural de Feira realizado em 2016, que foi construído a partir das concepções do Sistema Nacional de Cultura e da visão da cultura como fator de desenvolvimento humano, seguindo as orientações da ONU/UNESCO. Já a seleção dos participantes das entrevistas atende a critérios de reconhecimento de sua identidade racial negra e a sua atuação na cultura local. A ação tem o apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana, através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, do Governo Federal. Interessados em apoiar ou investir no projeto podem entrar em contato com os organizadores através do WhatsApp (75) 982958686 ou pelo e-mail: [email protected]. Mulher negra com formação em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Luciana Silva atua com desenvolvimento de pessoas, equipes e grupos no segmento cultural em Feira de Santana.
UEFS promove Dia dos Dados Abertos de Feira de Santana
Amanda Faria Lima, Co-fundadora da Instituto de Governo Aberto – IGA: “Transparência para defesa de direitos”
George Santiago, TCE-BA e Observatório Social de Santo Antônio de Jesus: “Estratégias para estimular a divulgação de Dados Abertos pela Administração”
Rafael Velame, Blog do Velame/Dados Abertos de Feira: “Transparência em
Feira”
Jonathas Monteiro, Vereador em Feira de Santana
Mesa Redonda II – Ciência aberta
Luana Farias Sales Marques, Arquivo Nacional / PPGCI IBICT-UFRJ / GoFAIR
BRASIL: “Compartilhamento de Dados de pesquisa para o avanço da Ciência”;
Bethania de A. Almeida, Analista da FIOCRUZ/CIDACS: “Dados para Pesquisa em
Saúde Pública na Perspectiva da Ciência Aberta”;
Washington Franca-Rocha, Professor da UEFS :”Geoportais: Geoinformação
com dados abertos”;
Rodrigo Tripodi Calumby, Professor da UEFS: “Dados Abertos e Ciência de
Dados”.
3ª etapa da construção do Complexo Educacional de Feira custará R$ 34 milhões
A Prefeitura de Feira de Santana, por meio do Diário Oficial, publicou nesta terça-feira (23), a homologação da contratação da empresa de engenharia para elaboração de projetos e execução das obras da 3ª etapa do Complexo Educacional. A obra conta com valor estimado de R$ 34.910.000,00 e será responsabilidade da Metro Engenharia e Consultoria, vencedora da licitação. O Complexo Educacional está sendo construído no antigo Feira Tênis Clube e será a sede da Secretaria Municipal de Educação. A Justiça concedeu à Prefeitura a posse do imóvel onde funcionou o FTC, cuja desapropriação para fins de utilidade pública se deu mediante depósito judicial de R$ 9,2 milhões, ocorrido em meados de julho de 2019.
Pode ver BBB?
Por Rafael Velame
Já fui criticado por assistir o Big Brother Brasil algumas vezes. Amigos, leitores, ouvintes, seguidores e haters sempre dizem a mesma coisa: até você? Sim. Até eu. Há quem diga que eu deveria ficar feliz com essas abordagens, com o insosso argumento de que essas pessoas pensam assim porque me acham um cara inteligente (será?). Para eles, BBB emburrece. Discordo. A política feirense, essa sim, é um basculho. Eles, os políticos, são capazes de nos fazer sentirmos burros. De pensar: como colocamos esses sujeitos aí? Edvaldo Lima milita mais errado que Lumena. Colbert é tão inexpressivo quanto João. Ronaldo poderia ser conka e Zé Neto não passa de um “pocah ideia”. Talvez poucos entendam a piada, afinal não é só o Nego Di que faz piada ruim. Diferente do que muitos insistem em dizer, é possível acompanhar o noticiário, ler um livro e assistir o BBB. Ou optar por não adotar nenhuma das três opções. Cada um sabe – ou deveria saber – o que é bom pra si. Sou convicto de que o bom mesmo é saber que com ou sem BBB, meu papel na sociedade é ser a voz de quem assiste, de quem não assiste e daquele que, acredite, existe, e nem televisão tem pra assistir. Qual é o seu?
Colbert pode ser obrigado a trocar secretário por falta de liberação de Rui Costa
A Secretaria de Transporte e Trânsito de Feira de Santana vive um impasse. O atual Saulo Pereira Figueiredo, que é Policial Militar, ainda não foi liberado pelo Governador Rui Costa para continuar à disposição da Prefeitura de Feira de Santana. Apesar a ausência da liberação, Saulo foi nomeado pelo prefeito Colbert Filho em 3 de janeiro de 2021. Em 4 de fevereiro, foi publicado no Diário Oficial um decreto comunicando férias do secretário, o que seria uma forma de ganhar tempo para resolver a situação. O Governo Estadual alega que Saulo já esgotou o limite de licenças possíveis. O Blog do Velame apurou que o impasse está sendo considerado uma retaliação por membros do executivo municipal. Os deputados Zé Neto e Robison Almeida, ambos do PT, estariam atuando politicamente para barrar a liberação como forma de vingança. Os petistas alegaram em entrevistas que a atuação do secretário interferiu no resultado da eleição municipal ao realizar operações de fiscalização para apreender veículos particulares na zona rural de Feira no dia 29 de novembro, data do segundo turno, quando Zé Neto foi derrotado por Colbert. A expectativa é que Saulo seja substituído após o retorno das férias.
Vereador chama de “parasita” o gestor da Embasa em Feira de Santana
“De quem é a indicação desse parasita?” O questionamento é do vereador Paulão do Caldeirão (PSC), referindo-se ao diretor da Embasa em Feira de Santana, Euvaldo Ferreira dos Santos Neto. Em pronunciamento na Câmara, nesta segunda (15) o vereador acusou a empresa estatal de estar “abandonando a zona rural de forma perversa”. Nascido em Jaguara, distrito onde obteve a maioria dos seus votos na eleição passada, e conhecedor das comunidades, ele diz que o povo está “agonizando, morrendo de sede”. Paulão lembra de promessas feitas pelo grupo político vinculado ao Governo do Estado, no período da recente campanha, de que haveria um investimento na ampliação da rede de abastecimento de água. “No entanto, nada acontece e os canos estão lá jogados. Devemos entender que já passou a política e a hora, agora, é de trabalhar”, protesta.
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PERSONAGENS DE FEIRA: O escritor feirense que descobriu o talento no WhatsApp
Por Rafael Velame
As crônicas dele deveriam ser leitura obrigatória para quem quer entender Feira de Santana de verdade. Alan de Sá, feirense formado em jornalismo, é uma promessa da literatura. Criado no Parque Lagoa Subaé, bairro pobre onde a realidade bateu na porta logo cedo, viu conhecidos morrendo por causa do tráfico. Uma realidade que moldou a sua visão de mundo. Talvez por isso, seus textos sejam marcados por excessos – de palavrão, de sarcasmo e de duras verdades. Do primeiro livro lido, somente aos 15 anos, até se descobrir escritor, por conta de um grupo de WhatsApp, aos 18, Alan sabe que seu destino poderia ter sido diferente. Viveu as dificuldades de ajudar a mãe que foi ambulante na Salles Barbosa e lá passou a conhecer pessoas, perceber trejeitos e ver como era o que ele chama de “feirense médio”. Vivências que virariam crônicas publicadas e muito compartilhadas no Facebook. Atualmente Alan trabalha em uma grande agência de publicidade em São Paulo e, apesar das dificuldades, já publicou “Marani”, seu primeiro romance e a obra de suspense e terror “Lago Aruá“. Paralelamente ele defende o movimento literário Sertão Punk, que você vai conhecer melhor na entrevista abaixo onde assuntos como racismo no meio literário e afrofuturismo também são abordados.
Quando surgiu o desejo de ser escritor? Como você se descobriu escritor?
Foi um processo meio estranho e demorado. Eu comecei lendo tarde, li meu primeiro livro na vida aos 15 anos, ainda no ECASSA. Me apaixonei pela leitura nessa época, mas a escrita em si veio anos depois, já com 19 pra 20 anos. Nessa época eu já tinha terminado o ensino médio e não estava arrumando emprego, então passava muito tempo em casa. Acabei entrando em um grupo de Whatsapp junto com uma galera de vários estados do Brasil e todo mundo curtia as mesmas coisas que eu: filmes, séries, animes, livros, etc. Resolvemos fazer uma brincadeira de criar personagens pra cada um do grupo. A galera curtiu e decidimos criar uma história com todos. Eu era um dos responsáveis por juntar todas as histórias em uma só. Acho que foi mais ou menos por aí.
Onde foi criado em Feira, como foi a infância?
Eu nasci em Feira de Santana, mas passei uma parte da minha infância em São Paulo, até os oito anos. Meus pais já tinham uma vida estabelecida na cidade. Minha mãe era costureira e meu pai, pintor. Eles usavam as economias, dinheiro de FGTS, férias, essas coisas, pra construir a casa em Feira. Quando voltamos, em 2003, já tava tudo mais ou menos pronto. Daí em diante vivi a maior parte da minha vida no Parque Lagoa Subaé.
A gente sempre foi pobre. Um pouco menos do que a grande maioria das pessoas pobres do Brasil, porque tínhamos nossa própria casa, minha mãe trabalhava com carteira assinada, meu pai tinha o emprego dele, mas nada nunca foi realmente fácil. Já passamos por vários apertos na vida, mas sempre estávamos ali um pelo outro, todo mundo se ajudava como podia e até hoje é assim. Por um tempo, o Parque Lagoa foi um bairro mais perigoso do que é hoje. Vi muitos pivetes morrerem cedo demais por causa de droga, facção, crime. Gente de 12, 15 anos, que nem tiveram tempo de mudar de caminho e ter alguma oportunidade, como eu tive. Isso moldou muito da minha visão de mundo, porque o pensamento coletivo ficou ainda mais forte na minha mente.
Eu sempre curti desenhar e isso era um passatempo massa pra mim. Depois de um tempo trabalhando como costureira, minha mãe comprou uma barraca na Salles Barbosa em 2007, que existia até o dito cujo do prefeito resolveu derrubar pra favorecer empresário mineiro e acabar com o sustento e a história de milhares de pessoas na cidade. Lá foi que comecei a aprender os caminhos do centro, conhecer pessoas, perceber trejeitos das pessoas e ver como era o “feirense médio”. Sempre que ficava com a coroa, e quando a gente conseguia vender alguma coisa, pegava uma parte da grana e juntava pra comprar materiais de desenho na Maskat e na banquinha de jornal em frente a Prefeitura. Isso me fez querer trabalhar com design por muitos anos. Acabei fazendo Jornalismo na FAT. Coisas da vida, né. Mas não me arrependo de maneira alguma.
Fiz o final do fundamental 1 no Luciano Ribeiro Santos, uma escola municipal lá no Parque Lagoa mesmo. Depois, fui pro ECASSA, onde fiquei até o fim do ensino médio. Quando entrei, Artemízia ainda era a diretora, botava medo até na galera do terceirão. Foi lá também que fiz meus melhores amigos, que estão comigo há anos e já são parte da família, verdadeiros irmãos que ganhei com a vida, mesmo tendo, também, meus irmãos de família. Bati muito de frente com Lúcia Branco, diretora da escola, por conta de várias e várias situações de descaso da gestão da escola com o próprio patrimônio e a educação. Já fiz abaixo assinado pra tirar ela de lá, brigamos muito e, até a última vez que fui lá (em 2018, não lembro), ela sequer olhava na minha cara direito. Ainda bem.
Por que foi pra São Paulo?
Eu trabalhava com publicidade numa agência de Feira, tinha acabado de terminar a faculdade. Não tinha muitas pretensões de sair, porque, bem ou mal, eu gosto de Feira. Mas aí uma vizinha viu uma publicação de um processo seletivo pra jovens criativos de uma agência de São Paulo, a Wieden+Kennedy. Até então, não conhecia nada da agência, mas depois descobri que se tratava de uma das maiores e mais relevantes do mundo, responsável por várias campanhas icônicas pra Nike. Resolvi tentar. Depois de um mês de processo seletivo, fui um dos selecionados pro programa. Além de mim, mais duas pessoas da Bahia entraram: Caíque, fotógrafo de Madre de Deus; e Larissa, estudante de jornalismo da UFBA, mas que é natural de Uruçuca. No total foram seis: tinham mais duas pessoas de Brasília (Lara, publicitária; Luiz, fotógrafo e diretor de arte) e Taís, ilustradora de São Luiz, no Maranhão.
A gente passou nove meses trabalhando na Wieden+Kennedy, aprendendo sobre publicidade e fazendo projetos internos, enquanto morávamos num hostel. Foi um período bem intenso, com vários altos e baixos pelo caminho. Foi durante esse período que vi o quanto o mercado aqui era mais organizado que Feira, além das oportunidades de crescimento serem maiores. Resolvi ficar pra ter uma grana a mais e poder ajudar meus pais. Hoje, trabalho em outra agência, FCB Brasil, que também é uma empresa global e bem grande na área. No fim das contas, deu tudo certo.
O que é o Sertãopunk?
O sertãopunk é uma ideia. É mais fácil começar por aí. Uma ideia de como o Nordeste pode ser no futuro a partir de um ponto de vista nordestino. O sertãopunk começou depois de mim e mais dois amigos, Alec Silva e Gabriele Diniz, que também são escritores negros e nordestinos, levantarmos alguns questionamentos sobre como o a cultura da região era representada nas produções de ficção, fossem elas livros, filmes, séries, artes visuais, etc. Porque sempre o nordestino como, ou cangaceiro, ou matuto? Por que a estética da seca sempre atrelada ao Nordeste? Foi a partir de questionamentos assim que a gente começou a pensar no sertãopunk.
A gente tem uma região rica em biodiversidade, produção de energia limpa, com polos de tecnologia e geração de renda bem estabelecidos, a única baía inteiramente navegável do mundo (a Baía de Todos os Santos), alguns dos maiores portos do Brasil, fora toda a diversidade cultural, mais de 1900 territórios quilombolas, centenas de tribos indígenas e presença constante nas maiores e mais relevantes revoltas populares da história do Brasil. O Nordeste não é só o carnaval de Salvador, seca e Lampião.
Foi pra isso que pensamos o sertãopunk, pra ser uma ideia pra todo mundo que quer se expressar contra esses estereótipos e xenofobia construídos historicamente. Através de qualquer tipo de arte: música, grafite, literatura, o que for. A partir daí, dar uma nova cara pras possibilidades de Nordeste no futuro.
Quais livros já publicou?
Publiquei Marani, meu primeiro e único romance, até então, em 2017. Em 2019 lancei O Lago Aruá via financiamento coletivo pelo Catarse, mas esse é menor, entre um conto e uma novela. Entre esses dois eu participei de alguns projetos coletivos com autores de vários estados do Brasil, além de colocar coisas avulsas na Amazon, no total. No total, são umas 10, 12 publicações. Meu último lançamento foi Abrakadabra, em 2020, direto na Amazon e já dentro da estética do sertãopunk. Além, é claro, da coletânea Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã, que traz o manifesto do movimento, além de artigos sobre pontos relevantes sobre o que a gente pensou e dois contos, um meu (Schinzophrenia) e o outro de Gabriele Diniz (Os olhos dos cajueiros), co-criadora do sertãopunk.
É difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?
Existem diversos formatos de editoras por aí. Muitas usam um sistema de “pague pra publicar”, em que o autor paga por todo o processo editorial mais uma quantidade de livros, os caras fazem um trabalho meia-boca e depois somem, colocam o livro no site deles, nunca trabalham publicitariamente a obra, te fazem assinar um contrato criminoso e tu nunca vê a cor do dinheiro pelo teu trampo.
E tem as editoras tradicionais. Essas, sim, são difíceis de acessar, porque elas possuem um processo editorial mais sério e não costumam apostar em autores iniciantes de cara, justamente por ser dela todos os custos de produção e divulgação da obra, além de bancarem um adiantamento dos direitos autorais pro autor. Pra chegar nessas, das duas uma: ou tu é branco (se for do Sul ou de São Paulo, melhor ainda); ou é muito, muito bom.
Como foi o processo de criação do Lago Aruá?
O Lago veio depois de uma viagem que fiz com minha ex-namorada. Ela é de Salvador e a gente nunca tinha feito uma viagem junto. Uns amigos dela resolveram passar um final de semana numa casa na Lagoa do Aruá, na Reserva de Sapiranga, em Mata de São João. Resolvi ir com eles. Durante uns dois dias, algumas coisas meio bizarras aconteceram. Vi alí uma oportunidade de fazer uma história de terror a partir de um ponto de vista mais cru, que era o meu. Daí nasceu O Lago Aruá.
Você se define um escritor de que tipo?
Eu gosto de escrever tipos diferentes de literatura. Tem minhas crônicas, que geralmente tem um formato mais engraçado e que eu falo mais da cidade e das pessoas. E meus contos, que quase sempre são de terror e suspense.
Pro primeiro tipo de texto, eu sempre tento pensar “o que as pessoas fazem que ninguém percebe, mas que pode ser bom o suficiente pra virar um texto?” antes de escrever. Feira tem gente de todo tipo e isso é ótimo. Quanto mais diferente são as pessoas, mais fácil é de dar uma exagerada nas coisas e criar uma veia bem-humorada. Eu já fiz crônicas sobre o BRT, o velho do licuri e por aí vai.
Com os contos eu já tenho outra pegada. Acho que a literatura de terror tem um poder de sintetizar coisas muito relevantes e gerar um outro tipo de impacto sobre as pessoas. Por exemplo: O Lago Aruá fala de uma viagem de fim de semana, mas também fala sobre preconceito religioso, racismo, relacionamentos conturbados, descaso com o meio ambiente e por aí vai. Abrakadabra é sobre uma experiência em realidade virtual, mas também fala sobre as dores que corpos negros carregam, a criação do estereótipo de incapacidade sobre pessoas com deficiências e outras coisas. Então eu tento pegar todas as porcarias que rodeiam a gente e mostrar isso de uma forma que vai impactar a galera, nem que seja pelo susto ou pelo medo.
Feira de Santana te inspira de alguma forma em suas obras? Seja positiva ou negativa….
Sim, com certeza. Pra ambas. Eu gosto de Feira de Santana, por ser uma cidade com gente de todo o canto, em que a cultura popular tem uma força enorme na fundação do tipo feirense e por aí vai. O que eu não gosto é de quem gere a cidade, desses coronéis de meia-tigela que tratam Feira como se fossem a casa deles. Você sabe de quem eu tô falando. A experiência negativa vem daí: da violência que desgraça a cidade, a falta de estrutura social, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros vários problemas. Isso também me inspira porque não posso deixar os problemas da cidade alheios ao que eu faço.
Quando a gente, que produz algum tipo de arte, seja literatura, música, artes visuais, o que for, não aponta as doenças sociais, estamos negando que elas existem. Não tem essa de “arte sem politicagem”, a arte é política e o ser humano é um ser político. Política não é só partidária. Se não contextualizamos as coisas e mostramos os erros da sociedade, somos coniventes. Isso legitima que isso continue acontecendo.
Existe racismo na literatura brasileira? Você já sentiu isso na pele?
O racismo brasileiro é estrutural. Ele sempre vai estar presente em qualquer lugar porque a nossa sociedade foi fundamentada assim, com racismo. O meio literário não é diferente. No meu caso, principalmente depois que começamos a trabalhar no sertãopunk, houveram situações que não só minhas falas, quanto as de Alec e Gabriele, que são também negros, foram desvalorizadas e apagadas por pessoas brancas. De forma intencional.
Uma das bases pro sertãopunk é o afrofuturismo, justamente porque a gente entende o peso que a cultura africana teve na história do Nordeste, não só por sermos negros, também. O fato de três negros e nordestinos questionarem várias atitudes do próprio mercado editorial, como nós fizemos – mercado esse que é inundado de pessoas brancas, bem de vida e, na grande maioria, do Sul e do Sudeste – gerou um incômodo no mercado e algumas inimizades que nos perseguem até hoje.
Mas é aquela coisa, né: se gente ruim não gosta do que eu falo ou faço, eu fico feliz.
É mais difícil ser reconhecido como escritor de sucesso sendo nordestino, de Feira de Santana?
É difícil ser escritor num todo, porque o mercado é uma bagunça daquelas. Quando a gente vai colocando as camadas minoritárias e sociais no jogo, vai ficando pior. Ser escritor, do interior do nordeste, pobre e negro é complicado. Mas se for uma mina nas mesmas condições, é ainda mais. Se for indígena, quilombola, ribeirinho, também. Por aí vai. Pra quem tá de fora pode até pensar que é “lacração” desnecessária ou exagero. Obviamente que existem, sim, grandes escritores nordestinos, negros e mulheres, também. Mas nessas horas, a gente tem que pensar no todo: qual a cor das pessoas que comandam as editoras, que editam as histórias, que trabalham com a divulgação delas e que fazem resenhas, reviews e por aí vai? Como funciona esses processos até chegar em uma editora ou no mercado?
Quando tu tá no jogo, vê que muita gente (muita gente mesmo) entra no mercado sem qualquer mérito. Escrevendo mal, com posicionamentos questionáveis, mas que tá ali porque é amigo de não sei quem, parente de fulano, estudou na mesma faculdade que sicrano, etc. A a paleta de cores dessa brincadeira aí é branca. Hoje, não sinto tanto isso porque já tô mais estabelecido (e, curiosamente, a maior parte dos meus leitores são de fora do Nordeste). Mas, pra quem tá começando, é, sim, complicado.
Acho que Feira de Santana tem um potencial de contação de histórias enorme. A gente tem história e tradição na literatura de cordel. Uma das primeiras coisas que li, antes do meu primeiro livro, foi um cordel, sobre Lucas da Feira, escrito por Franklin Machado, que tá em minha casa em Feira até hoje. O que falta é a própria cidade começar a olhar com mais atenção pra quem produz cultura em casa.
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Lulinha retorna à Câmara e assume, pela segunda vez, a liderança do Governo
O Governo Colbert Martins Filho passa a contar, a partir desta segunda-feira (8), com novo líder na Câmara. O vereador Lulinha (DEM), que retorna à Casa da Cidadania na condição de suplente ocupando a vaga da vereadora do seu partido, Gerusa Sampaio (nomeada secretária municipal de Políticas para as Mulheres), foi convidado pelo prefeito e aceitou a função de defender os interesses do Poder Executivo. O ofício n° 031/2021, encaminhado à Câmara, formalizou a indicação do parlamentar para a liderança do Governo.
Em seu quinto mandato, Lulinha afirma que o seu objetivo é “somar na discussão dos problemas da cidade” juntamente com os demais colegas. Ele já tem experiência no cargo, que ocupou na gestão do ex-prefeito José Ronaldo e também do próprio Colbert, que o substituiu. O líder governista anterior foi o ex-vereador Marcos Lima.
Colbert publica nomeação de vereadora para nova secretaria
O Diário Oficial desta quinta-feira (4) confirmou a nomeação da vereadora Gerusa Sampaio (DEM) para Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas para as Mulheres. A criação da Secretaria foi uma promessa de campanha do prefeito Colbert Filho (MDB), que transformou a Secretaria Municipal Extraordinária de Relações Institucionais em Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas para as Mulheres. Gerusa está no quinto mandato e foi a mulher mais votada da eleição 2020, com 5.252 votos.
Colbert anuncia 3 vereadores como Secretários e escolhe líder do Governo na Câmara
Feira de Santana passa a contar com a Secretaria Extraordinária de Políticas para as Mulheres. O órgão da administração municipal foi criado com a finalidade de coordenar o centro de referência de atendimento às mulheres em situação de violência e propor medidas para o combate a todas as formas de discriminação contra a mulher. O órgão foi implantado pelo prefeito Colbert Filho, por meio de decreto publicado no Diário Oficial Eletrônico, neste domingo, 31, que altera e transforma a Secretaria Municipal Extraordinária de Relações Institucionais em Secretaria Municipal Extraordinária de Políticas para as Mulheres. No final da sessão de reabertura dos trabalhos do Legislativo Feirense, na manhã desta segunda-feira, 1, o prefeito anunciou o nome da vereadora Gerusa Sampaio (DEM) para assumir a pasta. Na oportunidade o prefeito anunciou ainda os vereadores José Carneiro (MDB) na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Eli Ribeiro (Republicanos) como secretário de Serviços Públicos. Com as nomeações, os suplentes Fabiano da Van (MDB), Lulinha (DEM) e Petrônio Lima (Republicanos) assumem as vagas no legislativo feirense. Lulinha retorna à Câmara como líder do Governo, conforme o prefeito Colbert confirmou ao Blog do Velame.
Deputado baiano quer isentar motoristas de aplicativo de pagar IPI na compra de veículos
O Projeto de Lei 4768/20 estabelece diretrizes federais para a prestação do serviço de transporte contratado por meio de aplicativos e isenta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a compra de veículos por motoristas que prestam esse serviço. A proposta é do deputado Claudio Cajado (PP-BA) e tramita na Câmara dos Deputados. Entre as diretrizes previstas para balizar a regulação local do transporte por aplicativo estão a limitação em 10% do percentual cobrado pelas empresas sobre o valor das viagens realizadas pelos motoristas; o aviso prévio de 27 dias ao motorista antes de sua exclusão do aplicativo ou da plataforma; e a obrigatoriedade de sistema de rastreamento e botão do pânico a fim de trazer mais segurança ao serviço.
Quanto à isenção do IPI, a ideia de Claudio Cajado é igualar os motoristas de aplicativo aos taxistas, que já contam com isenção do imposto na compra de veículos. “Apesar de exercerem o mesmo ofício, a lei somente beneficia os taxistas. Esta é uma situação discriminatória. Quanto mais cara for a aquisição do veículo, mais difícil será para o profissional adquirir um automóvel novo e mais seguro para o transporte de seus passageiros”, argumenta o parlamentar. Ele acredita que essa “discriminação” priva os cidadãos do direito a um serviço de transporte mais acessível. A proposta altera a Lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana e a Lei de Isenção do IPI para Compra de Automóveis. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara de Notícias)
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Novo Ouvidor diz que fará a Câmara de Feira se aproximar mais do povo
“A ouvidoria não é oposição nem situação, mas um órgão técnico auxiliar dos vereadores”. Com este entendimento, o ex-vereador Messias Gonzaga assumirá, em 1º de fevereiro, o cargo de Ouvidor da Câmara de Feira de Santana. Apresentado nesta sexta-feira (29) à imprensa, em entrevista coletiva no plenário da Casa, ele é indicação dos vereadores oposicionistas Jhonatas Monteiro (PSOL), Sílvio Dias e Professor Ivamberg, ambos do PT, acatada pelo presidente Fernando Torres (PSD). Militante histórico do PC do B na Bahia, com cinco mandatos de vereador no currículo e uma candidatura a vice-prefeito, Messias Gonzaga defende que é preciso a Câmara “aproximar-se do povo, saber o que deseja, suas reclamações, a fim de melhorar as ações (dos vereadores)”. Acredita que a Ouvidoria tem a missão de ouvir as queixas e denúncias da população e garante que os vereadores vão ter em mãos “um instrumento a mais para saber o que está acontecendo na cidade e, assim, definir o que é melhor para ela”. Este trabalho interativo, observa, permitirá aos legisladores a condição de melhor encaminhar pedidos (aos diversos segmentos responsáveis) e até mesmo mais qualidade ao elaborar projetos. Retornar à Casa da Cidadania, diz o ex-vereador, agora em uma função administrativa, “é uma emoção muito grande”. Agradecido aos que indicaram o seu nome e ao presidente, “meu querido amigo Fernando Torres”, ele revela que não passa mais por sua cabeça a ideia de voltar a ser vereador. Nem mesmo pensava na possibilidade de compor, um dia, a administração da Câmara. “Mas quando me ligaram e me prestigiaram, também ao ser surpreendido com a receptividade dessa generosa imprensa, ao tomar conhecimento, aí já era caminho sem volta. Aceitei porque sei que será um grande desafio”. Há cinco anos e meio ocupando o cargo de coordenador do Inema (Instituto de Meio Ambiente, órgão do Governo do Estado), ele está afastado da política-partidária todo esse tempo. Messias acredita que a Câmara pode “ajudar muito mais” a gestão pública de Feira” e conclamou aos vereadores mostrar a importância do Legislativo, um poder harmônico (com o Executivo e o Judiciário), mas independente. Sobre a estrutura da Ouvidoria, disse que é preciso apoio de servidores, espaço adequado de trabalho, com telefone, e-mail corporativo e o que mais for necessário para atender a população. “Isso está sendo montado e Fábio Lucena (ex-vereador e diretor da Casa) está me ajudando. O povo precisa saber que existe esse espaço oficial para formular suas denúncias”.
Presidente do Sindicombustíveis Bahia critica aumento do preço da gasolina
O anúncio da Petrobras de novo aumento do diesel e da gasolina em suas refinarias, a partir desta quarta-feira, 27, retoma as críticas sobre a forma de precificação dos combustíveis e seus impactos na economia. “É o segundo aumento do preço da gasolina A do ano, que está apenas começando. Um aumento de 13,4% num período muito curto”, reclama o presidente do Sindicombustíveis Bahia, Walter Tannus Freitas, que critica fortemente a política de preços da estatal. Segundo a nota da Petrobras, “os preços praticados têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”. “Esta política de preço, praticada deste o ano de 2016, vem impondo ao mercado um desequilíbrio econômico e perdas financeiras insustentáveis, além de um custo elevado no orçamento doméstico das famílias brasileiras”, declara Tannus. “É preciso rever essa vinculação interna do preço do petróleo ao mercado intencional e à taxa de câmbio”, declara Tannus. Além disso, ele se queixa da alta carga tributária que impacta em cerca de 50% o preço dos combustíveis. “São impostos federais e estaduais e outros custos, como aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, estrutura dos postos e mão de obra. Custos que estamos arcando, empregos que estamos mantendo, mesmo nesse tempo de pandemia e com queda nas vendas”. O presidente do Sindicombustíveis Bahia diz que o momento é de crise aguda, com acentuada queda na renda das pessoas e reflexo, principalmente, no segmento varejista. “Não é sensato essa pratica de preços internacionais. Está na hora da Petrobras olha para o passado e lembrar que a ‘grande petrolífera’ que ela se tornou foi à custa do sacrifício de muitos brasileiros. É preciso uma reparação econômica ao sacrifício dessas pessoas, estabelecendo uma política de preço dos derivados de petróleo condizente com a situação atual do país”, conclui Tannus.
Vereador solicita à Secretaria de Saúde esclarecimentos sobre o Plano de Vacinação
Na última quinta-feira (21), o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) protocolou junto à Secretaria de Saúde do Município, um requerimento solicitando esclarecimentos a respeito do Plano Municipal de Vacinação contra a Covid-19, apresentado pela prefeitura na última terça-feira (19/01). A análise do Plano, realizada pela equipe do mandato em diálogo com profissionais e estudantes da área de saúde, afirma que identificou diversas fragilidades no documento, que comprometem a sua funcionalidade enquanto instrumento orientador da política de imunização em Feira de Santana. Segundo a análise, o Plano é omisso quanto a elementos básicos, como calendário de vacinação, quantidade de vacinas a serem disponibilizadas para a população e estoque de insumos, como agulhas, seringas, algodão, álcool, etc. Além disso, é vago quanto à logística de distribuição e armazenamento das doses e sobre os locais onde a vacinação será realizada. Também não há qualquer menção à possibilidade futura de aquisição de mais doses a partir de iniciativa do governo municipal, o que é bastante grave, dada a quantidade reduzida de imunizantes recebida até o momento, que não garante sequer a conclusão da primeira das quatro fases previstas no Plano. O Secretário de Saúde, que recebeu o requerimento em mãos, sinalizou que irá analisá-lo e apresentar respostas ao mandato. A apresentação do requerimento relaciona-se às próprias atribuições de fiscalização do poder público municipal, características da função de um vereador. Nesse sentido, o mandato de Jhonatas compromete-se a acompanhar de perto as medidas de combate à pandemia em Feira de Santana, bem como lutar pela garantia de saúde pública de qualidade para o conjunto da população feirense em sua diversidade.
Bahia está preparada para vacinar 5,08 milhões de pessoas; saiba quem terá prioridade
Fase 4: professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade.
Médico feirense publica livro sobre a história da 1ª Santa Casa do país
Autor de dois livros sobre a Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, o médico, professor da UEFS, ex-vereador e ex-secretário municipal de Saúde, João Batista de Cerqueira estará lançando nesta sexta-feira (15) mais uma obra do gênero. Desta feita, ele conta a origem e a evolução da única Santa Casa instituída pelo imperador dom Pedro I, a do município de Cachoeira, no recôncavo da então província da Bahia, em 1826.
A pesquisa cumpre tese de Doutorado do médico feirense, aprovada no Programa de Ensino, Filosofia e História das Ciências, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sob o título “Caridade, Política e Saúde”, o documentário será lançado às 19 horas na Igreja da Santa Casa de Cachoeira – Hospital São João de Deus, naquela cidade.
Mantenedora do Hospital São João de Deus, a entidade chegou a receber status semelhante ao das Santas Casas de Portugal, em 1831, por decreto do influente ministro da Justiça na Regência, Lino Coutinho. Formado em medicina na Universidade de Coimbra e primeiro diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, ele foi um grande colaborador desse Estado.
Segundo o estudo realizado pelo doutor João Batista, a conquista obtida por Cachoeira, no Brasil Império, representa o início da rede assistencial em saúde e constitui até mesmo um marco para a implantação das Santas Casas no país. “A pesquisa nos revela fatos históricos surpreendentes ocorridos ao longo do quase tricentenário (são passados 292 anos) do Hospital São João de Deus, bem como sobre o papel da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira como a primeira Irmandade no segmento de saúde no Brasil, instituída por ato do Imperador D. Pedro I, em um Brasil já independente de Portugal”, diz o autor.
Estudantes, professores e pesquisadores estão convidados pelo Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira, Luís Araújo, a assistir ao lançamento, nesta sexta, podendo acompanhar o evento, ao vivo, pela internet. A transmissão em tempo real será feita pelos canais de TV, no Youtube, da EDUFBA (Editora da Universidade Federal da Bahia) acessando o link: https://youtu.be/K9dlGbTQlJA, e também pelo canal Youtube da Fundação Hansen Bahia, clicando no endereço https://youtube.com/channel/UCs_bB2yrq0Yb9Wi6zSy_AsA.
Colbert solicita Colégio da PM em bairro de maior vulnerabilidade
O prefeito Colbert Martins Filho encaminhou ofício ao Comandante Geral da PMBA, coronel PM Anselmo Alves Brandão, solicitando implantação de unidade do Colégio da Polícia Militar (CPM) em Feira de Santana para contemplar bairro com elevada vulnerabilidade social. O documento, assinado pelo gestor e entregue ontem, 7, durante ato solene de instalação de novas bases especiais da PM, sugere que o novo equipamento beneficie camadas mais populares e possa minimizar a violência no contexto escolar, garantindo um melhor desempenho nesses ambientes.
O pleito atende a uma necessidade de implementação de políticas públicas na área da educação que promovam pedagogicamente a inclusão social, formando cidadãos e cidadãs com ética e valores. A proposta, ainda, tem como foco o fortalecimento e desenvolvimento conjunto da educação municipal, subsidiando uma aprendizagem mais efetiva por meio da disciplina e do estímulo à cidadania. No país, o modelo CPM têm garantido ambientes pacíficos, propícios ao desenvolvimento intelectual de alunos devido à iniciativas fiscalizadoras em escolas da rede pública.