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(647) registro(s) encontrado(s) para a busca: EducaçãoApós reclamação de pouco movimento e sujeira no Shopping Popular, Elias Tergilene diz que camelôs precisam ser domesticados
Por Dandara Barreto
A rua Sales Barbosa está completamente livre de barracas. A prefeitura concluiu a remoção delas na última terça(6) e o feirense pôde ver o calçadão como há mais de 20 anos não era possível fazê-lo. O ordenamento do centro da cidade é tão urgente quanto agradável aos olhos de quem tem a sensação de ter a mobilidade urbana devolvida.
Nada agradável mesmo é ver que assim como a rua, o Shopping Popular também está vazio, tanto de clientes, quanto de vendedores. Nem todos os ambulantes já estão com os boxes montados no entreposto. Uma maioria está desocupada e sem nenhum esboço de estrutura.
O Blog do Velame conversou com alguns vendedores que já estão instalados e além do paradeiro, sujeira e falta de iluminação, são outras queixas de quem está instalado há 3 semanas desde a inauguração do Shooping Cidade das Compras”.
Silene Carvalho trabalhava na Sales Barbosa e no dia 30 de setembro retirou sua mercadoria por causa da remoção das barracas por prepostos da prefeitura, no entanto, ela ainda não está com seu box montado, porque ainda não recebeu as chaves.
“Está tudo vazio, meu boxe não tem nem portas e a prefeitura me informou que eu vou receber as chaves na segunda etapa. Minha mercadoria está toda em casa e eu não posso trabalhar. Ainda que a minha estrutura estivesse pronta, como eu poderia vender? Se olhar em volta, nenhum box aqui na ala do meu está ocupado. O cliente vai se sentir atraído a vir aqui?” Questiona.
Jonatan trabalhou na Sales Barbosa por 12, ele já está com seu boxe montado, mas não está nada satisfeito com o shopping. Ele contou à nossa reportagem que ao longo de todo o dia, só vendeu R$18.
“Pra mim tá péssimo. Me tiraram de um lugar que tinha movimento, que passava gente e mesmo com o movimento fraco da pandemia, eu conseguia levar o sustento pra casa. Aqui, eu só vendi 18 reais hoje. É o dinheiro do transporte e mal dá para pagar o almoço. Eu não tenho boas expectativas porque não tem como ter cliente num ambiente sujo como este. Não tem nem lixeira. Os meus colegas estão reformando os seus boxes, serrando piso, madeira e a administração não tem nenhuma pessoa para varrer o chão”. Reclama o comerciante.
Também há quem esteja otimista, Evandro Cordeiro, trabalhava há 23 anos da rua Marechal Deodoro e há 3 dias começou a comercializar seus produtos no Shopping. Ele conta que apesar do movimento fraco, tem boas expectativas.
“Todo começo é devagar, a gente está engatinhando ainda aqui, mas eu sou sempre otimista, acho que vai melhorar”. Afirma.
Edilson vende confecções há 40 anos no centro de Feira, e disse que não tinha mais condições de continuar na rua Sales Barbosa e que para o movimento aumentar por lá, é preciso que a prefeitura divulgue mais o entreposto para atrair o feirense para as compras naquele local. Para ele o único ponto negativo é a falta de estrutura em cada boxe.
“A estrutura não é tão ruim, mas um ponto negativo é que a gente precisa montar os boxes. Tem muitas pessoas que não vai ter condições de armar, por que precisa botar piso, forrar, comprar móveis”. Conclui.
Procurado pela reportagem, o empresário Elias Tergilene, responsável pelo Shopping Popular informou que o movimento está “bombando” e que a sujeira no local é causada pelos camelôs, que precisam ser domesticados.
“O problema é de educação. A pessoa come, pega o marmitex e joga no chão. Reforma seu box e joga o resto da massa no corredor. Tudo quanto é coisa que eles estavam acostumados a jogar nas ruas, estão fazendo aqui. Até fezes, a equipe de limpeza já teve que catar. Eles vieram com a mesma cultura da rua”. Disse o empresário.
Tergilene falou que os camelôs terão que pagar mais caro pela falta de educação.
“A gente tá ouvindo muito que na rua não pagava e aqui paga, mas se você perguntar à prefeitura quanto ela gastava com a coleta das toneladas de lixo que eles deixavam nas ruas, com certeza as cifras serão de milhões por ano. Nós vamos ter que dobrar o custo do condomínio. Quanto mais sujar, mais caro vai ter que pagar. Quando arder no bolso, eu tenho a esperança que eles vão se reeducar”. Afirmou.
Questionado se o shopping já está totalmente concluído, o empresário informou que ainda falta construir uma creche, o batalhão da polícia militar, o SAMU e um heliporto. Além disso, falta a área que vai ligar o shopping ao Transbordo.
“Agora estamos aguardando terminar a montagem dos boxes para fazer o pente fino. Tem muita coisa ainda para terminar, mas se a gente fizer o acabamento, eles (os camelôs) vão quebrar tudo. Então, a gente precisa esperar eles acabarem de montar para domesticar e educar essa turma, daí a gente vai terminar tudo”. Concluiu.
Prefeitura entregou 10 mil kits de alimentos às escolas municipais
A Secretaria Municipal de Educação informou que mais de 10 mil kits de alimentos foram entregues nas escolas da Rede Municipal até esta quarta-feira, 23. A expectativa da Secretaria Municipal de Educação é atingir todas as 206 escolas até o final da próxima semana. Escolas de vários bairros e de pelo menos três distritos já contaram com a entrega. Todos os 51.340 estudantes têm direito ao kit.
Assim que é feita a entrega na escola, a equipe de gestão escolar convoca os pais ou responsáveis, através dos seus canais de comunicação, para fazer a retirada do kit de alimentos. De acordo com o secretário de Educação, Justiniano França, eles devem se dirigir à unidade de ensino onde o filho está matriculado apresentando documento original de identidade com o documento do filho ou filha. A criança não deve acompanhar a retirada.
Nos últimos dias, a entrega atingiu os distritos de Bonfim de Feira, Ipuaçu, Tiquaruçu e diversos bairros, como Papagaio, Jardim Acácia, Tomba, Feira VII e Jardim Cruzeiro, entre outros.
ESCALA NA UNIDADE DE ENSINO
A escala de distribuição aos pais está sendo organizada para melhor atender a cada localidade. No caso da Escola Municipal Álvaro Pereira Boaventura, do distrito de Bonfim de Feira, a equipe da unidade de ensino arrumou o espaço e definiu uma escala para receber as famílias, seguindo as medidas de biossegurança e os cuidados com a saúde.
“Definimos a entrega seguindo uma escala – determinado dia para série ou ano escolar. Começamos nesta terça-feira com a Educação Infantil; nos próximos dias, será o Fundamental I e Fundamental II, mas os pais que têm filhos em mais de uma modalidade não precisam vir duas vezes. Eles podem fazer a retirada no mesmo dia”, orienta a diretora da escola, Eveline Souza Pinto. Nesta quinta-feira, 24, a escola vai atender àqueles que não conseguiram comparecer no dia determinado, informa.
Houve também distribuição de máscaras para evitar que pais e responsáveis entrassem sem o acessório. “Fizemos assepsia de todas as canetas após o uso e orientamos que as embalagens fossem lavadas assim que chegassem a casa”, orienta a professora Eveline.
O kit de alimentos é composto por 12 itens: feijão carioca, arroz, açúcar, café, macarrão tipo espaguete, óleo de soja, proteína texturizada de soja, leite em pó, farinha de milho flocada, farinha de mandioca, biscoito cream cracker e extrato de tomate. O valor total investido pela Prefeitura para aquisição dos alimentos foi de R$ 2.438.650,00.
Prefeitura de Feira libera atividades em arenas e quadras privadas
A Prefeitura de Feira de Santana decidiu pela permissão de atividades esportivas coletivas em arenas e quadras localizadas em espaços privados, desde que sejam respeitados os protocolos preventivos da OMS (Organização Mundial da Saúde). Também foram autorizadas para que retomem suas atividades artísticas e educativas, tendo como parâmetros medidas de prevenção, as academias de dança e educação corporal. A segurança, no tocante à prevenção ou disseminação da Covid-19, é rigorosa para ambas as atividades. Entre as exigências, a obrigatoriedade de agendamento, medição de temperatura do atleta, distanciamento, horários exclusivos para maiores de 60 anos e redução em 50% do número de pessoas na área de lazer. Os atletas estão proibidos de usar vestiários, o uso de sauna a vapor, não será permitido o compartilhamento de equipamentos e colocar em local de fácil acesso material de higienização das mãos. As academias de dança e educação corporal deverão aferir a temperatura de quem entrar no ambiente, higienização de mãos e barras durante os intervalos, afastamento de dois metros – com demarcação no piso. Não serão permitidos exercícios com mais de uma pessoa, as aulas terão no máximo 50 minutos e as salas deverão estar com as janelas abertas e, no caso do uso de ar condicionado, o aparelho deverá estar limpo.
Feira de Santana comemora aniversário entregando reforma do Casarão Olhos D´agua
Feira de Santana celebra hoje 187 anos de emancipação política e a prefeitura da cidade reinaugurou o Casarão Olhos D’Água, imóvel de mais de 300 anos, tido como a primeira habitação erguida no município, que foi reformado.
O espaço, que um dia foi pousada obrigatória de vaqueiros e tropeiros que cortavam os sertões tangendo boiadas, agora abrigará um memorial de Maria Quitéria, heroína da Independência do Brasil, e será também o espaço sede do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana e das academias de Letras, Artes, Educação e Medicina. O casarão será um núcleo de preservação da memória e estímulo à ciência e cultura locais.
Restrita aos membros envolvidos no projeto, a solenidade de inauguração contou com hasteamento de bandeiras e execução dos hinos municipal e nacional. A restauração do espaço, situado na Rua Dr. Araújo Pinho, custou mais de R$ 331,6 mil e seguirá sob administração da Fundação Municipal Cultural Egberto Costa. Professor da Uefs e secretário municipal de Planejamento, Carlos Brito falou sobre a importância da data e dificuldade da comemoração deste aniversário sem a possibilidade da tradicional presença das pessoas.
O município decretou ponto facultativo nas repartições municipais, mas o comércio da cidade funcionou normalmente.
Com informação da SECOM e Correio
Depois de seis meses, Prefeitura começa a distribuição dos kits merenda aos alunos
Começaram a ser distribuídos esta terça-feira, 15, os kits de alimentos para as famílias dos estudantes da Rede Municipal de Educação. A primeira a iniciar a entrega foi a Escola Carlos Alberto do Carmo, situada no Feira IX. Todos os 51.370 alunos – da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos – têm direito ao kit. A entrega será feita exclusivamente nas escolas.
Além da Carlos Alberto do Carmo, a distribuição atingiu outras 12 escolas nesta terça-feira. A partir do momento em que os alimentos chegam às unidades de ensino, a equipe de gestão escolar elabora o cronograma de entrega e convoca os pais ou responsáveis pelos alunos.
A equipe da Escola Carlos Alberto do Carmo organizou a distribuição aos pais, observando a segurança e as normas de isolamento social. Limpeza das embalagens, uso das máscaras e a organização para receber o kit. Cada pessoa aguardou sentada e as cadeiras também foram disponibilizadas considerando o distanciamento social.
O kit é composto por 12 itens: feijão carioca, arroz, açúcar, café, macarrão tipo espaguete, óleo de soja, proteína texturizada de soja, leite em pó, farinha de milho flocada, farinha de mandioca, biscoito cream cracker e extrato de tomate. O valor total investido pela Prefeitura para aquisição dos alimentos foi de R$ 2.438.650,00.
“Organizamos a entrega em escala, por série em que o aluno está matriculado. Temos 545 estudantes – começamos com o grupo 5 e 1º ano e, nos próximos dias, 2º, 3º, 4º e 5º ano; no final, os estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Faremos toda uma organização, pensando nos procedimentos e cuidados com a saúde e a biossegurança de todos”, explica a professora Denise Freitas, diretora da escola.
No momento de retirada dos kits, os pais e responsáveis devem apresentar seu documento original de identidade, RG, e também o do filho; caso a criança ainda não disponha de RG, deve apresentar a certidão de nascimento. Todos os estudantes têm direito a receber um kit, mesmo que a família tenha mais de um aluno matriculado na Rede Municipal.
O secretário de Educação, Justiniano França, explicou que a Prefeitura está trabalhando para agilizar a distribuição e atingir o máximo possível de escolas nos próximos dias. São 206 unidades de ensino. Também estão sendo adotadas medidas para garantir a distribuição nos próximos meses.
As aulas na rede municipal de ensino de Feira de Santana foram suspensas no dia 18 de março. Desde então, os alunos estiveram desassistidos. O assunto foi destaque no noticiário nacional. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, quando as aulas foram suspensas, os alimentos que estavam dentro das escolas municipais, foram transformados em kit alimentação e foram distribuídos para cerca de 20 mil famílias e que a demora na entrega aconteceu porque o município recebe $480 mil do programa de alimentação escolar e que o suficiente, seria o valor de $2,5 milhões.
Alunos da rede municipal ficarão mais uma semana sem merenda
Os mais de 51 mil alunos da rede municipal de ensino ficarão mais uma semana sem receber o kit merenda.
Na semana passada, o secretário de educação Marcelo Neves tinha anunciado que a distribuição dos kits merendas aconteceria nesta semana, mas a empresa Vitória Atacadista e Logística LTDA., primeira colocada na etapa de tomada de preços e convocada na semana passada, foi desclassificada por não apresentar a documentação completa referente aos produtos. A Prefeitura de Feira de Santana convocou na manhã desta quarta-feira(2), a empresa R.M.R. Agroindústria, Comércio Atacadista, Beneficiamento e Empacotamento de Cereais LTDA., segunda colocada no processo visando a aquisição dos kits de alimentos que serão distribuídos aos 51.340 estudantes da Rede Municipal de Educação. O valor total investido pela Prefeitura para aquisição dos kits é de R$ 2.438.650,00.
Os itens serão avaliados pela equipe técnica do setor de Alimentação Escolar, assessoria jurídica da Seduc e por membros do Conselho Municipal de Alimentação Escolar, CAE. Se todas as amostras forem aprovadas, a empresa deve, em seguida, entregar a documentação legal exigida no edital.
Caso alguma amostra não atenda às especificações, a empresa será desclassificada e a terceira colocada na apresentação das propostas será convocada, conforme a tomada de preços registrada na última quarta-feira, 26 de agosto. Todas estas etapas estão previstas nas especificações do edital, publicado no último dia 22 de agosto no Diário Oficial Eletrônico do município.
Composição dos kits
Por conta da situação de emergência imposta pela pandemia da Covid-19, a Secretaria Municipal de Educação consultou o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE, e, conforme parecer, este recomendou a distribuição dos kits – ao invés de vouchers ou cartões eletrônicos que permitiriam a distribuição de um valor em dinheiro por aluno.
Os kits de alimentação que serão distribuídos aos estudantes são compostos por 12 itens – feijão carioca, arroz, açúcar, café, macarrão tipo espaguete, óleo de soja, proteína texturizada de soja, leite em pó, farinha de milho flocada, farinha de mandioca, biscoito cream cracker e extrato de tomate.
Cada kit tem custo médio de aproximadamente R$ 50,00 – depende da cotação apresentada pela empresa concorrente. De acordo com o valor cotado pela R.M.R. Agroindústria, Comércio Atacadista, Beneficiamento e Empacotamento de Cereais LTDA, deverá custar R$ 47,47.
Professores ocupam sede da Procuradoria para cobrar a merenda e pagamento integral dos salários
Os trabalhadores em educação da Rede Municipal de Feira de Santana ocuparam a Procuradoria do Município na manhã desta quarta-feira(2) para exigir uma resposta do Governo Municipal sobre a devolução dos salários, pelo pagamento integral dos salários dos professores e pela distribuição da merenda escolar que há cinco meses o Governo Municipal não fornece aos estudantes.
Após a ocupação, a diretoria conseguiu marcar uma audiência para esta próxima quinta-feira(3) às 9h, na Procuradoria do Município. Estarão presentes, o Secretário de Educação, Marcelo Neves, o Procurador Geral do Município, Carlos Alberto Moura Pinho, a diretoria da APLB, Marlede Oliveira e uma comissão de professores.
De acordo com o procurador geral do município, Carlos Alberto Moura Pinho, a prefeitura está negociando o pagamento integral dos salários mediante às atividades suplementares. Ele disse ainda que está fora de questão o pagamento do valor referente ao deslocamento, já que as aulas estão suspensas.
Sobre a merenda escolar, a secretaria Municipal de Educação informou que a entrega dos kits merendas que estava programada para essa semana não vai mais acontecer na data prevista, porque a primeira empresa habilitada para fornecer os itens que irão compor os kits não entregou a documentação completa no prazo. A convocação da segunda colocada foi publicada no Diário Oficial do Município na manhã de hoje.
Quando a branquitude tropeça nos próprios pés
Por Daniele Britto*
Como advogada, mestranda, pós graduanda e pesquisadora que acumula olheiras e castiga a cervical ao ficar por horas estudando e escrevendo, foi impossível não ter acompanhado o caso envolvendo a professora de Direito Tributário Cátia Regina Raulino, que se identifica como uma mulher do sul do Brasil aportada na capital da Bahia. Sim, dentro da esfera da presunção de inocência ela ainda é professora, advogada, mestra, doutora, pós doutora e tudo o quanto preenche aquele invejável currículo Lattes.
Por mais que a UniRuy, a Ucsal, a UNIFACS, a Faculdade Maurício de Nassau, a Unijorge, o CEJAS do desembargador e professor José Aras e tantas outras instituições tenham varrido dos seus sites e memórias a existência de Cátia Regina Raulino, os algorítimos deixam rastros. Ou melhor: deixam à mostra provas de relevantes vínculos institucionais e estreitas relações pessoais e profissionais. Aproveito para informar à Editora Jvspodium que não dá pra apagar da memória internética que a professora Raulino também é autora do livro Direito Eletrônico, que compõe a Coleção Leis Especiais Para Concursos.
A pergunta que todos, todas e todes se fazem neste exato momento é: como ela supostamente conseguiu enganar tanta gente, por tanto tempo? Senhoras e senhores, a resposta tem duas palavras: privilégio branco.
Pela esquiva dos seus ex-empregadores e parceiros comerciais, parece que, de fato, há algo de errado nas titulações e publicações da multifacetada professora tributarista. Qualquer erro curricular desencadearia uma avalanche de consequências legais – inclusive penais que maculariam a credibilidade de tantas instituições de destaque no cenário educacional baiano e nacional.
As prováveis credenciais que convenceram os parceiros e empregadores de Cátia Raulino são de natureza biológica, mas é a sua manifestação fenotípica o grande lance. Talvez ela nem tenha precisado apresentar um documento falsificado sequer. Sua pele branca, seus loiros cabelos e sua territorialidade sulista afastaram de Raulino toda e qualquer presunção de má-fé, malandragem ou falseamento. Nenhuma mínima suspeita se lançaria sobre a intelectualidade presumida daquele sorriso com clareamento dental em dia.
Algo diametralmente oposto aconteceu com uma colega pesquisadora, mulher negra e pedagoga, ao pleitear uma vaga como professora da Educação Básica em um estabelecimento particular não muito longe da capital baiana. Relata a profissional que, além da cópia de todos os documentos pessoais e de qualificações acadêmicas, lhe foi requisitado, obrigatoriamente, uma certidão de antecedentes criminais.
Erra a empregadora em pedir toda esta documentação antes da efetivação do contrato de trabalho? Não, absolutamente. O erro perverso e seletivo está no fato de não ser assim com todo mundo. Principalmente, se esse “todo mundo” se encaixar nos padrões implantados pelos colonizadores europeus, de uma forjada superioridade intelectual e moral que tem como alicerce séculos de silenciamentos e apagamentos.
E essa lógica perversa vai além do racismo e seus diversos afluentes, alcançando os corpos em outras dimensões como gênero e sexualidade, por exemplo. Os corpos gordos ou portadores de deficiência ou velhos também sofrem em proporções diversas os estigmas e selos trazidos pelos padrões coloniais que são brancos, hétero-cis-normativos, cristãos e capitalistas.
Quais serão as possíveis consequências jurídicas, financeiras e de branding para estas instituições acaso reste comprovado terem contratado sem o menor rigor uma possível estelionatária para dar aulas, cursos e escrever livros? Estamos aguardando ansiosos as cenas dos próximos capítulos dessa bizarra história regada possivelmente a muita hipocrisia e, dando mérito à protagonista, muita criatividade.
Que a sede capitalista, desfrutada avidamente pela branquitude privilegiada (é tão redundante esta expressão), utilize os sombreiros para esconder seu vexame, sua ridicularização pública, sua seletividade perversa e não para omitir corpos enquanto continuam a tilintar suas máquinas registradoras.
E que venham os prejuízos, caso tudo – ou nada, a depender do ponto de vista – se confirme. Esta é a melhor pedagogia para os que ditam o dress code da colonialidade.
*Daniele Britto
Advogada e Jornalista
Mãe, feminista, antirracista e aliada na luta contra a homotransfobia
Pesquisadora no grupo Corpo-território Decolonial (Uefs))
Mestranda PPGE/Uefs
Iniciada habilitação de empresa que irá fornecer kits de alimentos aos alunos da Rede Municipal
Por Dandara Barreto
A Secretaria de Educação do Município (Seduc) anunciou que a empresa que foi habilitada na primeira etapa para fazer a distribuição dos kits merendas é a Vitória Atacadista e Logística LTDA. De acordo com a pasta, o prazo para apresentar as amostras dos alimentos à Seduc a fim de que seja feita a análise é de dois dias. Só então, haverá a validação do processo.
As cotações das empresas foram abertas na manhã desta quarta-feira, 26, como estava previsto. Estas empresas acudiram ao chamamento público feito pela Prefeitura visando a compra desses alimentos que serão distribuídos aos estudantes da Rede Municipal de Educação, como kits de alimentação.
Os mais de 51 mil alunos da rede municipal estão sem merenda escolar desde o início da pandemia. O kit merenda será no valor de $50.
O Ministério da Educação (MEC) informou que deu autonomia para as equipes de nutrição das escolas para montar kits cujo conteúdo varia de acordo com a faixa etária da criança, o tempo de permanência na escola e a realidade da região onde ela vive. De acordo com o MEC, nos kits devem conter itens como leite, soja, açúcar, arroz, macarrão, feijão e biscoito.
No kit que a Seduc irá entregar, deverá vir com açúcar, arroz, biscoito Cream Cracker, café, extrato de tomate, farinha de mandioca, feijão, farinha de milho, leite em pó, macarrão, óleo, farinha de milho e soja.
Falta de merenda escolar em Feira foi assunto no programa Encontro da rede Globo
Por Dandara Barreto
A falta de merenda para os alunos da rede municipal de ensino de Feira de Santana foi destaque no programa Encontro com Fátima Bernardes da rede Globo nesta terça-feira(25).
Tássila é moradora de Feira de Santana, tem três filhos e foi entrevistada no programa. Ela relatou que a merenda escolar sempre foi uma refeição importante, pois era uma preocupação a menos, já que ela e seu esposo estão desempregados. Ela contou que está recebendo o auxílio emergencial, no entanto, o valor não é suficiente para pagar todas as despesas da casa.
Tássila relatou que recebeu uma cesta básica uma única vez pela escola de uma das suas filhas. Questionada por Fátima Bernardes sobre o que veio na cesta, ela revelou que continha apenas leite em pó, chocolate em pó, arroz, açúcar e feijão. A mãe contou que tentou questionar a falta de assistência do governo municipal, mas não consegue falar no telefone da secretaria e na escola, só fica o porteiro. Outra queixa de Tássila é a falta de material didático e de acompanhamento com as crianças.
Ao programa global, o Ministério da Educação (MEC) informou que deu autonomia para as equipes de nutrição das escolas para montar kits cujo conteúdo varia de acordo com a faixa etária da criança, o tempo de permanência na escola e a realidade da região onde ela vive. De acordo com o MEC, nos kits devem conter leite, soja, açúcar, arroz, macarrão, feijão e biscoito.
A produção do programa entrou em contato com o secretário de educação do município, Marcelo Neves, que informou que todos os alimentos que estavam dentro das escolas municipais, foram transformados em kit alimentação e foram distribuídos para cerca de 20 mil famílias e que a demora na entrega aconteceu porque o município recebe $480 mil do programa de alimentação escolar e que o suficiente, seria o valor de $2,5 milhões, mesmo assim, o secretário garantiu que nos próximos dias, os 51 mil alunos da rede serão atendidos.
Na segunda-feira (26) a prefeitura de Feira de Santana divulgou em seu site oficial a convocação de empresas para compor o processo de dispensa de licitação para a aquisição dos kits alimentação. Segundo a publicação, o critério de julgamento será o de menor valor global. As cotações aconteceram na manhã de hoje, no Teatro Municipal Margarida Ribeiro. Até a publicação desta reportagem, não foi divulgado nenhum resultado.
Em abril o senado sancionou a Lei 13.987, de 2020, que garante a distribuição dos alimentos da merenda escolar às famílias dos estudantes que tiveram suspensas as aulas na rede pública de educação básica devido à pandemia do novo coronavírus.
Veja a entrevista com Tássila no vídeo abaixo:
https://globoplay.globo.com/v/8802680/
Professores protestam contra o corte nos salários e pelos 161 dias sem merenda para os alunos
Os professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana estiveram em frente à prefeitura de para protestarem contra o corte nas horas extras e no deslocamento dos seus salários.
Na última sexta feira, o Tribunal de Justiça da Bahia deferiu o pedido de suspensão da liminar que obrigava a Prefeitura de Feira de Santana a realizar o pagamento de horas extras e deslocamento para professores do Município, mesmo com as aulas suspensas em consequência da pandemia da Covid-19.
No pedido de suspensão da liminar, a Procuradoria Geral do Município informou que a obrigação imposta à Municipalidade geraria “um custo mensal de cerca de R$ 2.476.769,69 (dois milhões e quatrocentos e setenta e seis mil e setecentos e sessenta e nove reais e sessenta e nove centavos), um valor exorbitante e que possui grande potencialidade a violar a ordem econômica municipal, como comprovam os relatórios de gastos referentes às gratificações de aulas extraordinárias e adicionais de deslocamento, estes anexados aos autos”.
No texto do processo de suspensão da liminar, o Tribunal de Justiça ressaltou a situação crítica para a economia, em virtude da pandemia.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB) os cortes nos salários chegam a 70% e os professores estão enfrentando dificuldades financeiras. A presidente da APLB, Marlede Oliveira informou que está tentando um diálogo com o governo, que até o momento, não deu nenhuma resposta.
Veja o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=iyCOBctJfVA
Secretário anuncia o pagamento de um vale merenda no valor de R$50
Por Dandara Barreto
Os mais de 50 mil alunos da rede municipal de ensino que estiveram desassistidos ao longo desses 5 meses de pandemia vão receber um kit merenda no valor de R$50,00 (cinquenta reais).
A informação foi dada pelo secretário de educação, Marcelo Neves, que disse que o dinheiro depositado todos os meses pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) será utilizado para a compra. “O valor acumulado destes meses somam R$ 2.182.000 (dois milhões, cento e oitenta mil reais) e é com este valor que os kits serão comprados. O prefeito vai complementar com o que faltar para entrega dos kits imediatamente”. Segundo Marcelo, o FNDE entende que o voucher não deve ser utilizado, por isso, a prefeitura vai montar os kits para distribuição. A falta de assistência para com os alunos tem sido uma reclamação constante dos pais e responsáveis. De acordo com a prefeitura, a assistência não foi possível, por que não há recursos para o pagamento e por isso, foi aberto um processo na justiça a fim de conseguir uma autorização do uso da verba dos precatórios do Fundeb.
Uso da Verba dos precatórios
O Senado aprovou na última terça-feira(18) um projeto de lei que direciona parte da verba destinada ao pagamento de precatórios federais para o combate à pandemia de Covid-19. A proposta aprova que a união use o dinheiro que sobrou, fruto de eventual acordo por desconto no pagamento dessa dívida, no combate ao coronavírus. O secretário municipal de educação Marcelo Neves ainda não sabe como será este rateio. Ele pontua que além da sanção presidencial ainda será necessária a regulamentação. Segundo ele, a aprovação não anula o processo que corre na justiça.
Questionado sobre esta assistência aos alunos, o secretário informou que será liberado.
Os precatórios são títulos da dívida pública reconhecidos após decisão definitiva da justiça. O texto aprovado regulamenta também o pagamento de precatórios oriundos de demanda judicial que tenha tido como objeto a cobrança de repasses referentes à complementação da união aos estados e municípios por conta do antigo FUNDEF, atual Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
O senador e relator, Rodrigo Cunha (PSDB-AL), disse que a regulamentação é um passo importante para o pagamento de 60% do montante desses precatórios para os professores.
Para a presidente do Sindicato dos Professores (APLB), Marlede Oliveira, esta é uma vitória da categoria, que briga há anos na justiça por este percentual.
A prefeitura recebeu o recurso em 2018 e desde então, o professores têm cobrado 60% do valor depositado. “A categoria está lutando há muito tempo. Desde que os recursos chegaram aos cofres do município, em 2018, os prefeitos têm relutado para não pagar os 60% aos professores. O então prefeito José Ronaldo dizia que não pagaria e com o atual prefeito Colbert também não houve diálogo”. A sindicalista explica por que os professores têm direito a este percentual.
“De 97 a 2007 nós tínhamos o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) que tinha muito claro a destinação de 60% dele para professores é nosso por direito e agora passar a ser garantido por lei”.
A expectativa da APLB é que o presidente sancione a lei.
“Deputados de direita e de esquerda foram solidários à nós, por isso, acreditamos que não haja veto presidencial e se houver, a câmara tem autonomia para derrubar o veto.
Marlede Oliveira ressalta que o sindicato vai cobrar veementemente os precatórios da rede estadual.
“Os professores da rede estadual têm perguntado sobre o precatório do estado ainda não chegou o estado da Bahia. O valor a ser recebido é de 30 milhões. Nós vamos cobrar do governador Rui Costa os 60% desta quantia. Como agora é ele não vai poder dizer não temos este direito”, finaliza.
Bahia lidera número de transplantes de rim no Nordeste e é o sétimo no Brasil
Professor da UFRB de Feira coordena equipe que desenvolve respirador de baixo custo
O projeto conjunto executado desde junho, numa parceria entre a FESF-tech (diretoria de Ciência, Tecnologia e Inovação da FESF-SUS), Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB/CETENS), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e Unopar Candeias – em uma ação que conta com apoio financeiro da Embaixada dos EUA – está em fase adiantada de desenvolvimento a produção de um respirador artificial de baixo custo adaptado com reanimador manual (AMBU) que será disponibilizado em breve ao Sistema Único de Saúde. Segundo o coordenador do projeto, o professor Fábio Lora, esse trabalho demonstra o quanto a Universidade Pública, via UFRB, pode atender a comunidade com soluções interdisciplinares. “Essa parceria apresenta o CETENS como um centro de tecnologia e inovação para desenvolvimento de projetos em engenharias com impacto social, retornando à comunidade as competências oriundas do corpo técnico especializado”, disse. Levando em conta o atual estágio dos trabalhos, a equipe projeta que até o final de setembro o protótipo do equipamento deva ser entregue para ser testado pelos profissionais de saúde da área e, posteriormente, homologado pelos órgãos competentes. Alisson Sousa, diretor da FESF-tech, destaca a importância da parceria para o projeto.“Enquanto instituição do SUS da Bahia, seguimos nossa missão de trazer sempre soluções inovadoras para a saúde. Em articulação com universidades e parceiros, contribuímos com a pesquisa aplicada destinada ao enfrentamento à Covid-19 e desenvolvimento tecnológico no estado Bahia.”
Hospital Estadual da Criança registrou 4 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia em Feira
Por Dandara Barreto
O Hospital Estadual da Criança (HEC) notificou desde o início da pandemia do Novo Coronavírus, 621 casos suspeitos de Covid-19, sendo 546 pediátricos e 75 obstétricos. 28 crianças tiveram a doença confirmada e 3 mortes foram registadas. Mulheres grávidas ou puérperas, que são aquelas que acabaram de dar a luz, também são atendidas pelo HEC. Segundo dados da unidade hospitalar, foram, até o último fim de semana, 28 pacientes obstétricas com a Covid-19 e um registro de morte.
Para atender pacientes com Covid-19, o Hospital Estadual da Criança destinou 10 leitos de UTI pediátrica e 10 leitos de UTI adulto, além de 18 leitos de enfermaria pediátrica e 6 leitos de enfermaria obstétrica. Até esta sexta-feira (14) a taxa de ocupação é de 60%.
Até onde se sabe, a doença não oferece grandes riscos à crianças, no entanto, comorbidades podem levar ao internamento e até mesmo à morte. Outro fator que preocupa os médicos pediátricos, é uma síndrome rara que pode ser desenvolvida nas crianças, que está sob estudo por especialistas.
De acordo com Karine Grilo, infectologista do Controle de Infecção do HEC, as crianças podem ser infectadas assim como os adultos, mas apresentam quadros mais leves quando não são assintomáticas. A grande maioria não necessita de internação. A síndrome respiratória multissistêmica é uma síndrome aguda, grave e pode levar à morte. Ela está associada à resposta imunológica da doença na criança. Ela explica que a produção de anticorpos nas crianças pode levar a este processo de inflamação exacerbada. Felizmente, é rara, acometendo 2 a cada 100 mil crianças.
Para Karine, é de extrema importância que as crianças sigam todas as orientações de prevenção que os adultos precisam seguir. “È preciso incentivar a higiene das mãos o tempo inteiro. Os adultos precisam falar sobre a importância do uso da máscara e as pessoas que cuidam das crianças precisam observar as condições das máscaras. A educação quanto ao distanciamento social para prevenir a contaminação também é imprescindível”, alerta a infectologista.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um alerta sobre a notificação de casos de uma nova síndrome inflamatória registrada em crianças em adolescentes, em vários países do mundo. A doença pode ter relação com a Covid-19.
De acordo com dados divulgados pelo site G1, no Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 71 casos e três mortes até julho. Os casos foram notificados em quatro estados: no Ceará (29), Pará (18), Piauí (2) e Rio de Janeiro (22), onde ocorreram os três óbitos.
Países como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos também identificaram casos em crianças e adolescentes. No mundo, há relatos de mais de 300 casos.
A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) ocorre em dias a semanas após a infecção por Covid-19 e é caracterizada por febre alta e persistente em crianças e adolescentes até 19 anos, lesões de pele nas extremidades, lesões na boca.
Segundo a infectopediatra, o que chama mais atenção é o quadro abdominal.
“O paciente pode ter náuseas, vômitos, diarreia, além da febre elevada e persistente, o paciente pode apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas: Conjuntivite, Sinais de inflamação na boca, mãos ou pés, Hipotensão arterial ou choque, Manifestações de disfunção miocárdica, pericardite, valvulite ou anormalidades coronarianas, Manifestações gastrointestinais agudas”.
Para o Ministério da Saúde, a maioria dos casos já relatados apresentou exames laboratoriais que indicaram infecção atual ou recente pela Covid-19, mas a relação definitiva da síndrome com o coronavírus ainda não está comprovada.
Roberto Tourinho anuncia Angelo Almeida como vice-prefeito
O vereador de Feira de Santana e postulante como pré-candidato a prefeito para as próximas eleições no município, Roberto Tourinho (Beto Tourinho), do PSB, anunciou que o primeiro suplente de deputado estadual, Ângelo Almeida, vai compor a chapa como vice para a disputa do pleito de 2020. Beto Tourinho está no sétimo mandato como vereador na cidade. Um evento político, dentro dos protocolos impostos com a pandemia, está marcado para a próxima semana e deve ser realizado via redes sociais, quando vai ser lançada a pré-candidatura. Em 2016, Angelo foi candidato a prefeito também pelo PSB. O partido espera ainda conseguir eleger um número expressivo de vereadores. “Na Câmara aqui são 21 cadeiras. Montamos uma chapa competitiva, onde temos nomes para elegermos, seguramente, dois vereadores, porém com o crescimento da campanha, poderemos até conseguir um número maior de eleitos”, afirma. O grupo faz oposição ao atual gestor, Colbert Martins (MDB). “Este grupo político está há 19 anos à frente do município, o que gera insatisfação em boa parte da população, já que os indicadores são os piores possíveis. A educação, por exemplo, desde 2011 não consegue atingir a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O número de alunos matriculados atualmente é menor do que o de oito anos atrás”, disse. O vereador criticou também as condições básicas que os moradores da zona rural do município vivem, bem como a situação do transporte e da saúde que, segundo ele, também é contestada pela população. “No que diz respeito aos atendimentos, as pessoas demoram meses para serem consultadas ou conseguirem exames. Muitos profissionais de saúde reclamam das condições ruins de trabalho”, pontuou. (Informações do jornal A Tarde)
Homofobia, criação de datas irrelevantes e falta de transparência marcam semana da Câmara de Feira
Saúde, educação, infraestrutura, fiscalização do executivo, tudo isso parece alheio aos olhos dos vereadores que fazem parte da bancada governista na Câmara de Vereadores de Feira de Santana. Na sessão desta quarta-feira (05), o ápice do legislativo feirense foi a votação e aprovação do contestável projeto que cria o dia do transporte escolar. O projeto é do vereador Cadmiel Pereira, autor de outras datas comemorativas como: o dia do Nascituro, Bombeiro, Feirante, do bebê e da Manicure. Na mesma sessão, o vereador Alberto Nery (PT) informou que estava apurando denúncia de que a Prefeitura de Feira de Santana estaria pagando uma empresa de transporte de professores, mesmo sem aulas nas escolas municipais. O Blog do Velame apurou que a empresa é a Trasnsoares. Consta no site da transparência pagamentos de R$ 124 mil em 21 de maio e R$ 229 mil no dia 9 de julho, referente a transporte de professores de Feira de Santana. Na sessão de terça-feira (04), o vereador pastor Edvaldo Lima (MDB), havia chamado atenção mais uma vez por falas consideradas desproporcionais ao cargo que ocupa. Ele subiu à tribuna para reprovar, com discurso machista e homofóbico uma campanha de Dia dos Pais da empresa Natura com participação do transgênero Thammy Miranda. Uma nota de repúdio foi votada e aprovada pela Câmara. Na sessão, o único a se posicionar contra o discurso homofóbico do pastor vereador foi o socialista Roberto Tourinho. “Deus não me deu essa condição de julgar, não tenho autoridade de achar que sou melhor que essas pessoas, eu posso internamente ter uma ideia, posso defender a ideia que tenho, mas isso não me faz dono da razão, por esse motivo voto contrário a esse requerimento, voto contrário por entender que a lei dá direito a essas pessoas e Deus julgará e não eu”, explicou. Na segunda-feira (03), os vereadores que apoiam o governo Colbert Filho (PMDB) reprovaram três requerimentos que solicitavam informações nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Os edis feirenses voltam a se reunir na próxima segunda-feira (10).
Falta de transparência na Câmara de Feira: requerimentos a favor da população são reprovados
As atividades legislativas retornaram nesta segunda-feira (03), na Câmara Municipal de Feira de Santana. De acordo com o vereador Roberto Tourinho (PSB), depois de um recesso de 31 dias, o retorno foi marcado pela falta de transparência das ações da Prefeitura Municipal. Os vereadores que apoiam o governo Colbert reprovaram três requerimentos apresentados por Tourinho que solicitavam informações nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. “A prefeitura tem cadastradas, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, dez viaturas do Samu. São oito unidades básicas e duas avançadas. O governo federal paga à Feira de Santana como se dez viaturas do Samu estivessem rodando. Mas, na realidade, nós temos apenas três ou quatro”. A denúncia foi feita por Tourinho, durante sessão a ordinária. Ele ressaltou que, além da falta de viaturas para prestar assistência à comunidade, os profissionais que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) têm trabalhado em situações insalubres. “Vários profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros e motoristas, estão trabalhando sem os equipamentos devidos”, disse. O edil apresentou um requerimento cobrando respostas da prefeitura sobre a situação do Samu. “Eu acredito que os vereadores, que dizem representar os interesses do povo, devam votar favoráveis”, disse em pronunciamento. Não foi o que aconteceu. O requerimento foi reprovado pela maioria dos parlamentares. Na sessão também foi votado outro requerimento, de autoria do vereador Roberto Tourinho, sobre a não concessão de auxílio merenda para os alunos da rede municipal de ensino. “Já são mais de 130 dias em que os estudantes não recebem nenhuma ajuda por parte da prefeitura. Apresentamos esse requerimento no dia 30 de junho e pedimos aos edis, que logo mais irão bater às portas pedindo votos do povo, que votem a favor”, disse Tourinho. Mais uma vez, por questões meramente partidárias, o requerimento foi reprovado, mesmo tratando-se de uma questão de interesse público e urgente. Outro requerimento apresentado cobrava do governo municipal respostas sobre o descaso com as ruas e estradas da cidade, especialmente na zona rural. “Nós estamos apresentando um requerimento pedindo informações sobre o abandono das estradas. O governo municipal não pode controlar a chuva, mas é de responsabilidade do governo preparar as estradas para os períodos chuvosos”, disse. “A Câmara aprovou um empréstimo para compra de equipamentos e máquinas para manutenção de estradas e ruas. Os equipamentos continuam na garagem da prefeitura. Enquanto isso, os moradores de Jaguara levam mais de 3 horas para chegar à sede do município. As estradas estão abandonadas por incompetência do governo”, concluiu. Apesar de, durante pronunciamento, muitos edis terem concordado sobre os problemas nas estradas, o requerimento também foi reprovado.
Sem incentivo do governo, feirense faz vaquinha para cursar doutorado em Portugal
Dandara Barreto
Uma feirense está recorrendo ao apoio e à solidariedade das pessoas para conseguir realizar um sonho: Fazer doutorado em Portugal.
Joelma Santos se inscreveu no processo seletivo do doutorado Universitário de Lisboa, em Portugal, no início deste ano. A notícia da aprovação chegou no mês de julho, mas junto com ela, veio a frustração em saber que nenhuma instituição brasileira poderia financiar os seus estudos no exterior.
De acordo com Joelma, tanto a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Fundação CAPES), que é vinculada ao Ministério da Educação, quanto o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), entidade ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para incentivo à pesquisa no Brasil, suspenderam seus editais.
Joelma também procurou instituições internacionais, mas, por causa da pandemia, muitas delas também estão sem oferecer bolsas.
Desistir não é verbo comum no vocabulário da historiadora. Ela que é egressa da escola pública, conseguiu cursar UEFS, fez mestrado na UNEB, às custas de muitos obstáculos e desafios, encontrou uma possível solução: fazer uma vaquinha.
A meta de arrecadação é de R$40.000. Esse valor vai ajudá-la a se manter, pelo menos por um semestre no exterior. Joelma conta que pretende procurar emprego ou continuar em busca de bolsas de estudos para conseguir concluir o curso. Ela já conseguiu arrecadar 8 mil reais.
“Além da vaquinha, eu ainda tenho esperança de conseguir uma bolsa para poder estudar mais tranquilamente. O investimento em educação em ciência é obrigatório e muito necessário para o desenvolvimento de um país. O país não pode ser desenvolvido economicamente, socialmente, sem investir nessas áreas. Investimento inclui dar oportunidade e formas de manutenção desses estudantes e desses cientistas nas instituições”. Desabafa a futura doutora.
Para contribuir, basta clicar neste link: https://vaka.me/1230794
Joelma contou sua história nas redes sociais. Veja o vídeo:
https://www.instagram.com/tv/CDUqGTqhVZy/?igshid=ss18uhga30zg
APLB convoca pais de alunos para cobrar ao MP pagamento de auxílio merenda
A APLB- Feira de Santana está convocando os pais de alunos da rede municipal de ensino para que nesta segunda-feira (3), possam comparecer juntos ao Ministério Público (MP) para cobrar do órgão uma resposta em relação a distribuição da merenda escolar para os estudantes da rede municipal.
De acordo com a presidente da APLB, Marlede Oliveira, a prefeitura precisa tomar uma providência quanto à merenda dos alunos que estão há quase cinco meses sem ter aulas e sem nenhuma assistência do governo municipal.
Segundo Marlede, a APLB irá ao MP em busca de uma resposta sobre a petição protocolada dia 1º de julho, que solicita uma posição do órgão sobre o fato de os estudantes da rede municipal estarem sem merenda escolar.
Segundo o prefeito Colbert Filho, o município recebe 500 mil reais por mês e a rede municipal possui 51.374 alunos e que a quantia não é suficiente, já que não daria nem R$10 por aluno.
O secretário municipal de educação, Marcelos Neves informou que a prefeitura está tentando uma autorização na justiça para utilizar o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para este fim.
A prefeitura recebe por ano, aproximadamente R$208 milhões do Fundeb.