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(487) registro(s) encontrado(s) para a busca: MunicípiosNo dia da Mulher Negra, conheça a origem e as reflexões que a data traz
Dandara Barreto
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No dia 25 de julho, é comemorado o dia da Mulher Negra. A data foi instituída no Brasil em 2014 e foi inspirada no dia da mulher afro-latina-americana e caribenha (dia 31 de julho) e é também o dia nacional de Tereza de Benguela, uma líder quilombola que ficou conhecida como “Rainha Tereza”. Viveu no Vale do Guaporé, no Mato Grosso e liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770.
A figura de Tereza ilustra a resistência da mulher negra no Brasil, que desde sempre foi marcada pela opressão.
Apesar de vivermos em um país com uma maioria de negros e mulheres, as mulheres negras permanecem sendo as mais exploradas e negligenciadas socialmente e para constatar esta realidade, basta olhar ao redor. Os números oficializam as estatísticas. No país, elas são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem, em média, 58,2% da renda das mulheres brancas. Quando o assunto é violência, os dados não são nada animadores. De acordo com o atlas da violência 2019, foram registrados 4.936 assassinatos de mulheres em 2017, sendo que 66% das vítimas são negras, mortas por armas de fogo e em boa parte das vezes, dentro de casa.
Na política, a representatividade é muito pequena. No Congresso Nacional, apenas 2% são mulheres negras e de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Brasil de Fato, um quarto dos municípios brasileiros nunca elegeu uma mulher negra como vereadora.
Para a professora, mestre em diversidade cultural e ativista do movimento negro, Andreia Araújo, a data não é apenas celebrativa, ela relembra um histórico de luta para ocupar determinados espaços na sociedade e por sobrevivência.
“A necessidade de promover reflexões e ações para retirar a mulher negra deste lugar de subalternidade e de sub-cidadania, de negação de direitos básicos. A gente tem conseguido avanços importantes através dessa luta, mas ainda não alteramos estas estruturas e não conseguimos tirar as mulheres destes espaços”.
Andreia pontua que a invisibilidade da mulher negra é histórica e determinada por um projeto de poder, a partir do momento em que não há políticas publicas para assistir a este contingente tão grande da população.
“A nossa luta enquanto mulheres, ativistas e articuladoras é para que a mulher negra não seja lembrada apenas em datas como estas ou para falar apenas sobre os problemas das condições de mulher negra, mas que sejamos reconhecidas em todos os nossos espaços e em todas as nossas áreas de atuação. Que não estejamos restritas às portas dos fundos e aos elevadores de serviço”.
Andreia lembra que para que haja mudança efetiva com relação a este grave problema social, é preciso que ele seja encarado como algo coletivo e não apenas um problema pontual da mulher negra.
“É importante o reconhecimento da sociedade como um todo, no reconhecimento dos seus privilégios. Não basta a mulher negra lutar sozinha, é preciso que todos reconheçam que vivemos numa sociedade desigual e que desigualdade não é bom para ninguém. Não existe lado de fora, estamos todos implicados na mesma sociedade, na mesma comunidade, na mesma necessidade de direitos e deveres, então, a gente luta por igualdade”. Conclui.
Médico diz que situação da Covid-19 pode se agravar com a abertura do comércio de Feira
Dandara Barreto
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O médico intensivista e coordenador das UTIs do Hospital Geral Clériston Andrade, Lúcio Couto criticou o clima de normalidade na cidade, gerado pela reabertura do comércio. Para ele, o fato de haver mais leitos disponíveis na cidade, embora seja uma boa notícia, não pode nos colocar nesta situação de normalidade. A demanda de leitos de UTIS tem sido muito grande dia após dia. Cerca de 7 novos leitos são solicitados pela central de regulação do estado todos os dias.
“Essa suposta normalidade vai acabar assim que todos os leitos forem ocupados e pelo cenário que está desenhado, isso não vai demorar a acontecer”. Afirma o intensivista.
Desde que a pandemia do Novo Coronavírus chegou ao Brasil, as medidas de restrições foram impostas em todo o país a fim de evitar o temido colapso na saúde, que já oferecia um serviço precário à população. O coordenador das UTIs do Hospital Geral Clériston Andrade, disse que não se deve pensar apenas no colapso do sistema de saúde da cidade, por que o cenário é ruim ainda que não cheguemos a este extremo.
“Nós temos que pensar num cenário de ocupação plena de leitos de UTIs, mas também no esgotamento de recursos e insumos. O Brasil vem passando por um déficit generalizado de drogas para sedação de pacientes que estão nos leitos e fazendo uso de ventilador mecânico. Na hora que estas drogas faltam, a gente precisa fazer malabarismo. As pessoas ficam tranquilas, achando que estamos distante do colapso, mas na verdade, estamos distante do pior cenário, que já é terrível antes mesmo de colapsar”.
Essa semana, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou a informação que houve uma diminuição de 30% nos casos registrados na cidade e chegou a afirmar que já passamos pelo pico da epidemia, atingindo uma estabilidade.
Lúcio Couto questiona estes dados baseado no volume de testagem que vem sendo realizada na cidade e diz que o volume de pacientes críticos não foi reduzido.
“De acordo com a vivência de quem está na linha de frente, eu posso afirmar que não há uma maioria de doentes que chegam a um estágio crítico da doença, mas, seguramente, afirmo que não houve redução alguma no volume da demanda por leitos. Desde que esta UTI foi aberta, no dia com menor demanda, admitimos 6 pacientes. Por tanto, ainda não é hora de comemorar a abertura do comércio e ir para a rua como se nada tivesse acontecendo”. Alerta o médico.
Ainda segundo o médico intensivista, os pacientes com Covid-19 ficam internados na UTI entre 14 e 21 dias. Número que supera e muito a média de dias das outras doenças, que normalmente, é de 7 dias.
O Hospital Geral Cleriston Andrade 2, que completou uma semana de funcionamento nesta quarta-feira (22), já tem quase 60% de ocupação nos leitos de UTIs. A unidade de saúde entregue pelo Governo do Estado, está funcionando com 40 leitos de UTI específicos para Covid-19. Antes da inauguração, outros 10 leitos de UTI exclusivos para coronavírus já estavam funcionando.
Além de Feira de Santana, a central de regulação envia pacientes de mais 121 municípios do estado para o HGCA. A maior parte dos pacientes com Covid-19 internados hoje são feirenses, com uma prevalência de mulheres, com idades entre 62 e 73 anos de idade e portadores de comorbidades. Este também é o perfil da maioria dos óbitos registrados no hospital, embora, Lucio Couto alerte para o fato de que houve registos de pacientes mais jovens e sem doenças pré-existentes que não resistiram a virulência da Covid-19.
Sesab não recomenda uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19
O que é proibido com toque de recolher em Feira de Santana
O decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) pelo governador Rui Costa (PT), nesta terça-feira (14), inclui Feira de Santana entre as cidades que devem adotar medidas mais duras para barrar o crescimento da disseminação da Covid-19 na Bahia. O prefeito Colbert Filho (MDB) concedeu entrevista coletiva junto com o major da Polícia Militar da Bahia, Lúcio Ribeiro e detalhou como será cumprida nova medida. Segundo o prefeito, o decreto vai vigorar em toda cidade e barreiras devem ser montadas nos bairros. “O que queremos fazer é um toque de consciência e não um toque de recolher militar. Começaremos a partir de amanhã (15 julho) e as atividades essenciais poderão funcionar”, ressaltou. O major Lúcio informou que todos que precisarem trafegar pelas ruas entre 18h e 5h devem portar documento de identidade e comprovante de residência para atestar para onde vai. “Trabalhadores que comprovarem que estão em trânsito para o trabalho ou em alguma urgência terão a passagem liberada”, disse. Estão suspensas também a realização de cultos e missas na cidade. O decreto municipal previa que esse tipo de evento religioso poderia acontecer com até 50 pessoas. Quem desrespeitar o decreto pode responder pelo crime de desobediência. “Não é interesse da Polícia Militar fazer valer as consequências para quem descumprir a medida, mas caso seja necessária uma condução por desobediência, estará sustentada nos artigos 330 e 268 do Código Penal”, explicou o major. O transporte público estará mantido até às 20h. Podem funcionar: farmácia, posto de combustível, mercado e serviço de delivery de medicamentos.
Veja quais são as medidas que devem ser adotadas por Feira:
– O toque de recolher está determinado das 18h às 05h, até as 24h do dia 19 de julho, em conformidade com as condições estabelecidas nos respectivos Decretos Municipais. A circulação noturna estará liberada apenas para ida a serviços de saúde ou farmácia, ou ainda em situações em que fique comprovada a urgência.
– Até 19 de julho, está autorizado entre 5h e 16h apenas o funcionamento dos serviços essenciais, e em especial as atividades relacionadas ao enfrentamento da pandemia, o transporte e o serviço de entrega de medicamentos e demais insumos necessários para manutenção das atividades de saúde, as obras em hospitais e a construção de unidades de saúde.
– A Polícia Militar da Bahia (PM-BA) apoiará as medidas necessárias adotadas pelos Municípios, em conjunto com a Guarda Municipal.
– Os órgãos especiais vinculados à Secretaria da Segurança Pública observarão a incidência dos arts. 268 e 330 do Código Penal, nos casos de descumprimento do quanto disposto neste Decreto.
(Matéria atualizada 15h35)
Rui Costa decreta toque de recolher em Feira de Santana
Cidades baianas com aumento expressivo de casos de covid-19 terão medidas mais duras de restrição
Ministro assegura mais de R$ 43 milhões em recursos federais para a Bahia
O secretário da Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, conseguiu nesta quarta-feira (8), em Brasília, que o Ministério da Saúde ampliasse em R$ 43 milhões, o custeio de serviços já em funcionamento no estado, como as UTIs Covid de hospitais na capital e no interior. Na reunião com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello e os principais secretários do ministério, também ficou assegurado o envio de novos ventiladores pulmonares e até 500 mil kits de amplificação do RT-PCR, o que corresponde a mais de 70% do custo do exame molecular para Covid19. De acordo com o secretário, “o Ministério permitirá ainda que os recursos das emendas parlamentares da bancada da Bahia sejam utilizados para comprar equipamentos para montar hospitais, bem como enviarão medicamentos anestésicos para pacientes entubados, que estão escassos em todo o Brasil”, afirma Vilas-Boas. Os leitos de Terapia Intensiva que serão habilitados pelo Ministério da Saúde estão localizados nos municípios de Salvador, Feira de Santana, Jequié e Ilhéus. São unidades de referência para o tratamento de pacientes graves com o diagnóstico de coronavírus: Hospital de Campanha Arena Fonte Nova, Hospital Espanhol, Instituto Couto Maia, Hospital Geral Ernesto Simões Filho, Prohope, Hospital Estadual da Criança, Hospital Costa do Cacau e Hospital Geral Prado Valadares. Também foram realizadas reuniões com os secretários Luiz Duarte (Atenção Especializada à Saúde) e Arnaldo Medeiros (Vigilância em Saúde) ambos do Ministério da Saúde.
Agentes de Cultura de Feira de Santana se articulam e cobram aplicação da lei Aldir Blanc
Após sanção no dia 30 de junho da Lei Federal de Emergência Cultural Aldir Blanc, os agentes culturais de Feira de Santana seguem mobilizados em ações que instrumentalizam a categoria e cobram medidas enérgicas do governo municipal para assegurar a chegada do recurso ao maior número de pessoas dessa cadeia produtiva. Nesta terça-feira (7), às 19 horas, será realizado o segundo encontro virtual pelo Google Meet, aberto aos agentes de cultura que desejam se engajar nas articulações da categoria. Essa reunião vai tratar das atualizações da Lei Aldir Blanc e das atividades realizadas pelos grupos de trabalho organizados pelo Fórum Permanente de Cultura da cidade. Enquanto aguardam a edição da Medida Provisória com crédito do valor previsto na Lei, estados e municípios devem preparar suas logísticas de cadastramento para fazer chegar o recurso àqueles e àquelas que precisam assegurar um isolamento social digno, diante da necessidade de cuidados sanitários especiais orientados pelas autoridades mundiais de saúde durante a pandemia pelo novo coronavírus. “Somos produtores, artistas, técnicos, educadores, pessoas que pararam suas atividades profissionais desde o início da pandemia e ainda não têm previsão de retorno ao trabalho. A sanção da Lei foi uma grande conquista. Agora é #PagueJá”, comenta Maylla Pita, produtora cultural da região. A Lei Aldir Blanc prevê o valor de 3 bilhões de reais para administração de 50% para os estados e 50% para os municípios. Foi relatada pela deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e prevê produzir efeitos e impactos emergenciais para a vida de artistas, técnicos, produtores, oficineiros, educadores, ponteiros de cultura, sustentando espaços culturais, circos, organizações comunitárias e pequenas empresas de produção de arte e cultura. Também direciona recursos para linhas de fomento para editais, chamadas públicas, prêmios e aquisições de bens e serviços. Para a deputada Jandira Feghali, o setor da cultura fala de um Brasil profundo que simboliza o seu povo. “Esses fazedores e fazedoras de cultura tem um papel importantíssimo para a economia, para o PIB brasileiro, e para o desenvolvimento das atividades criativas que impactam tanto a cadeia criativa da Cultura, como outras cadeias que também dependem dela”, destaca a deputada. Em Feira de Santana, o Fórum Permanente de Cultura, composto por agentes atuantes e com reconhecida consciência coletiva, ancora as mobilizações da sociedade civil. Campanhas e ações práticas vêm sendo implantadas para fazer chegar o recurso da Lei de Emergência Cultural àqueles que necessitam dele.
Secretários estaduais de Educação do Nordeste discutem protocolos para a volta às aulas
Os secretários estaduais de Educação de todos os estados do Nordeste (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí) realizaram, nesta segunda-feira (29), um encontro virtual para discutir estratégias desenvolvidas pelos nove estados da região para promover a volta às aulas. Cada Estado prepara seus protocolos, que envolvem desde o pedagógico à infraestrutura, e a troca de informações tem como o objetivo fortalecer o planejamento de acordo com as características e especificidades de cada um. O secretário da Educação da Bahia, Jerônimo Rodrigues, destacou a importância do diálogo no enfrentamento da pandemia na Educação. “Este momento para a gente é fundamental para que possamos discutir propostas e ouvir ideias que nos ajudem no planejamento de volta às aulas. Sabemos que temos que dar o passo correto no retorno do ano letivo e este intercâmbio de experiências fortalece o trabalho”, disse. O secretário Jerônimo destacou algumas ações que já estão sendo desenvolvidas na Bahia.”Estamos realizando a testagem da COVID-19 em escolas de três municípios, que nos ajudarão na tomada de decisões. Além disso, já estamos reestruturando a rede física para a ampliação dos espaços e condições para a higienização, além do planejamento para a entrega de máscaras, álcool em gel e sabão. E, na área pedagógica, estamos estudando a melhor forma dos estudantes ocuparem as escolas sem riscos e respeitando os protocolos de saúde”, explicou. Na mediação do encontro, o secretário da Educação do Pernambuco e vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), Fred Amancio, ressaltou o caráter colaborativo da reunião. “A ideia foi ouvirmos o que os estados estão discutindo, dentro do seu planejamento, e, assim, conhecermos as propostas e entendermos o panorama que vem ocorrendo nos estados. Acredito que o encontro tenha sido bastante positivo para todos”, avaliou.
Grupo JBS doa respiradores para abertura de leitos de UTI em Feira de Santana
Promotor diz que cabe à Câmara de Vereadores fiscalizar gastos da Prefeitura de Feira com a pandemia
Em entrevista ao programa Café das 6 da Rádio Globo de Feira de Santana, o promotor Audo Rodrigues falou sobre o papel do Ministério Público Estadual na fiscalização dos gastos da Prefeitura com a pandemia do novo coronavírus. Questionado se cabia à promotoria a fiscalização dos gastos com o Hospital de Campanha da cidade, o promotor deixou claro que não é responsabilidade da entidade realizar investigação. “Precisamos entender a estrutura jurídica do país. O primeiro órgão de controle das contas municipais é a Câmara Municipal, qualquer conta do poder executivo passa necessariamente pela Câmara de Vereadores. O segundo órgão estadual de controle seria o Tribunal de Contas dos Municípios e ai nenhum dos dois tira poder de controle do Ministério Público, seja ele estadual ou federal. O que a gente precisa entender é que o MP não vai fazer em nenhum momento papel da Câmara e do TCM, investigando sem nenhum fato concreto ou indício de que há ilegalidade”, disse. Ele justifica que no direito administrativo os atos administrativos presume-se que são legais. “Se alguma pessoa encontrar algum motivo, alguma suspeita, algum fato que determine que algo está errado, a partir do momento que Câmara de Vereadores não fez nada, que não chegou ao Tribunal de Contas, mas se precisa de uma urgência necessária, qualquer cidadão pode fazer um documento chamado representação que será encaminhado ao Ministério Público para promotoria competente e vai se fazer a devida investigação”, explicou. Audo Rodrigues pediu ainda que denúncias referentes à pandemia sejam encaminhadas ao órgão. “A gente quer investigar os gastos, mas a partir de quê? Qual o ponto inicial? Esse controle inicial das contas não é feito pelo Ministério Público, é feito pelo legislativo e pelo Tribunal de Contas. É preciso que a população saiba que não se trata de o MP não estar atento; ele está, desde que nos encaminhem qualquer prova ou indício que demande investigação sobre a moralidade administrativa do que está acontecendo”, finalizou.
Feira tem segundo menor índice de mortes por coronavírus entre cidades com mais de 500 mil habitantes
Entre 20 municípios pesquisados com população acima de meio milhão de habitantes, incluindo uma capital, Feira de Santana apresenta o segundo menor índice de óbitos e tem o quarto menor número de infectados pela Covid-19. O município de Contagem, Minas Gerais, apresenta melhor situação. Foram registrados 144 casos da doença e dez óbitos. Na paranaense Londrina, 366 pessoas foram testadas positivas para a covid-19, com 22 mortes. Em Feira de Santana, até a sexta-feira, 29, são 531 os infectados e 12 não resistiram à doença. A infectologista Melissa Falcão afirmou que a Prefeitura está adotando todas as medidas ao seu alcance para que os números parem de crescer. Joinville, em Santa Catarina, registrou 422 casos da infecção, com 20 óbitos. Aracaju foi a capital que teve os maiores números observados. Lá, 3.784 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus – destas, 65 não resistiram. Com índice de letalidade na faixa de 2% dos infectados, Feira de Santana apresenta percentual bem abaixo destes municípios, que apresentam números próximos ou acima de 5%. Há três meses foi diagnosticado o primeiro caso desta doença no município. O município de Osasco, localizado na região metropolitana de São Paulo, é a cidade que apresenta maior número de infectados, com 3.613 casos positivos e 318 óbitos. Em Jaboatão dos Guararapes foram registrados 1.601 pessoas com a covid-19 e 299 óbitos.
Rui diz que vai conversar com Colbert para “alinhar” medidas restritivas em Feira
O governador Rui Costa (PT) afirmou nesta quinta-feira (28), em entrevista a veículos do Recôncavo e do sul da Bahia, que vai conversar ainda hoje com o prefeito Colbert Martins (MDB) para “alinhar” as próximas medidas a serem tomadas em Feira de Santana, para evitar a disseminação da Covid-19. “Vamos avaliar hoje, prefiro não antecipar medidas, mas dialogar com o prefeito agora de tarde e anunciar medidas para segurar o crescimento de casos em Feira”, avisa. O prefeito rebateu Rui, que durante uma live disse que Feira de Santana era uma das cidades baianas que mais preocupada o governo do estado. Segundo Colbert, os dados da própria Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) indicam uma taxa de 5,32% do aumento de casos diários, que colocaria a cidade na 78ª posição entre os municípios baianos. Com os crescentes relatos e denúncias de festas particulares e quebras do isolamento social, também em Feira, o governador diz que avalia propor medidas a Colbert Martins. Ele cita o toque de recolher, como ficou conhecida a restição de circulação a partir de determinado horário em diversas cidades, como Jequié, Ilhéus e Itabuna, assim como alguns bairros de Salvador. Rui explicou que a medida foi bem sucedida nos lugares onde foram aplicadas e chamou atenção daqueles que não tem levado o distanciamento social a sério. Ele diz que há relatos de comerciantes que fecham o bar para burlar a fiscalização, mas mantém os clientes dentro do estabelecimento, potencializando o risco de contágio com a doença. “Tem gente que comete quase um suicídio, entra um bnoteco, baixa a porta para o fiscal que passar achar que está fechado e todo mundo ali dentro respirando oxigênio e correndo risco ainda maior”, pondera. (BNews)
Colbert rebate Governador e diz que dados da Sesab mostram que Feira mantém controle do coronavírus
Com o menor percentual de letalidade entre os municípios que registram o maior volume de casos de covid 19 e com um crescimento médio de apenas 5,32% no número de doentes, Feira de Santana ainda está numa situação de controle da epidemia de coronavírus, conforme avaliação do prefeito Colbert Martins, que também é professor de Epidemiologia. “De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), com crescimento médio de 5,32% dos casos, nos últimos cinco dias, Feira está em 78º lugar entre os municípios baianos. Temos também 2,04 de letalidade, a menor taxa comparando-se com municípios como Vitória da Conquista, Ilhéus, Salvador, Itabuna, Jequié e Ipiaú, conforme também dados da Sesab”, destaca o prefeito. A fala do prefeito contradiz a declaração dada pelo Governador Rui Costa (PT) durante uma live. Ele afirmou que Feira era a cidade que mais preocupava o Estado, por conta do crescente aumento de casos confirmados (CLIQUE AQUI E RELEMBRE). Colbert usou informações da própria Secretaria Estadual de Saúde como dado positivo. “Também segundo a Sesab, Feira tem um percentual de 35,15% de recuperados, uma taxa maior que a do Estado da Bahia, que está em 34,17%”. O prefeito faz questão de frisar que Feira de Santana é o maior entroncamento rodoviário do Norte e Nordeste e, portanto, uma cidade muito vulnerável ao vírus, em razão da grande movimentação de pessoas de outras cidades e até de outros estados. “Do início de maio para cá, o Nordeste registrou um aumento de 80% nos casos de corona vírus e isso deve ser considerado quando se fala de Feira”, destaca. “Isso significa que as nossas medidas de combate ao vírus estão no caminho certo e podemos até torna-las mais rígidas, se for o caso”, alerta Colbert Martins.
Rui Costa diz que Feira de Santana é a cidade que mais preocupa
O governador Rui Costa celebrou nas redes sociais os resultados da manutenção do isolamento social na Bahia durante o combate contra a pandemia do novo coronavírus. Desde a última segunda-feira, Salvador e outras cidades do interior da Bahia anteciparam feriados e suspenderam serviços. “Diria que hoje é um resultado por nos alegrar. Começamos a ver uma luz no final do túnel”, declarou em uma live na noite desta quarta-feira (27). “Se a gente conseguir manter em Salvador e nessas 10 cidades um isolamento maior, vamos reverter esse gráfico”. O gráfico apresentado demonstra que o avanço da pandemia está estagnado, ou seja, os casos ativos pararam de crescer. O governador, no entanto, afirmou que é importante reforçar o isolamento em Camaçari, Candeias, Jequié, Ilhéus, Ipiaú e Feira de Santana por causa do aumento de casos nesses municípios. “A cidade que mais no preocupa é a de Feira de Santana. […] Lá já não é mais sinal amarelo, é sinal vermelho”, ressaltou.
Governador anuncia antecipação de feriados na Bahia
IBGE diz que Feira de Santana tem 9,1 leitos de UTI para cada 100 mil habitantes
Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado neste mês de maio forneceu dados do sistema de saúde nos municípios de todo Brasil, no que diz respeito a quantidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enfermeiros, médicos e o número de respiradores. As informações da pesquisa foram geradas com a colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o auxilio da base de dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes) e contribuirão com as ações de enfrentamento à Covid-19. As informações tem como parâmetro números até o ano de 2019. Segundo a pesquisa, Feira de Santana tem 9,1 leitos de UTI, 36 respiradores, 173 médicos e 156 enfermeiros para cada 100 mil habitantes. A população de Feira de Santana é estimada em 614.872 habitantes. Em comparação com Salvador, a capital baiana tem 308 médicos, 219 enfermeiros, 52 respiradores e 32 leitos de UTI por 100 mil habitantes em uma população de 2.872.347. A Bahia, com 14.873.064 habitantes tem 135 médicos, 124 enfermeiros, 20 respiradores e 10 leitos de UTI por 100 mil habitantes. A base de dados da pesquisa revela que em Feira de Santana são 56 leitos de UTI (30 na rede pública) – o estudo não leva em consideração os leitos abertos para Covid-19 no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), 10 e no hospital de campanha Mater Dei – que ainda não entrou em operação, com 10. Equipamento de grande importância no tratamento da Covid-19, são 222 respiradores pulmonares. No segundo município mais populoso da Bahia, são 1.067 médicos e 964 enfermeiros. Em 2019, a Bahia tinha seis municípios onde não havia nenhum médico: Souto Soares, São José do Jacuípe, Nova Ibiá, São José da Vitória, Lajedinho e Catolândia. Todos eles são municípios pequenos, com menos de 17 mil moradores. Lajedinho era a única cidade do estado sem nenhum enfermeiro. Já os equipamentos de saúde eram bem mais concentrados. Menos da metade dos 417 municípios baianos tinham respiradores. Eles existiam em 182 cidades (43,6%). E apenas 25 municípios no estado tinham leitos de UTI em 2019 (6% do total). (Jornal Folha do Estado)
Governo do Estado afirma ter 160 leitos em Feira de Santana para pacientes com Covid-19
Desde o primeiro caso confirmado de coronavírus na Bahia, há cerca de dois meses, o Governo do Estado tomou diversas medidas para conter as taxas de transmissão da doença, como a suspensão das aulas da rede estadual de ensino e restrições no transporte intermunicipal. Uma estrutura com 2.685 leitos de referência entre clínicos e UTIs, adultos e pediátricos, está sendo implantada para o atendimento de baianos infectados pelo vírus. “Nós utilizaremos o recurso que for necessário para garantir a vida das pessoas que estiverem precisando de atendimento”, afirma o governador Rui Costa. Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria da Saúde (Sesab), o estado registra 4.301 casos confirmados da doença, com 918 pacientes recuperados e 160 óbitos. De acordo com o titular da pasta, Fábio Vilas-Boas, as medidas tomadas pelo governo têm contribuído para impedir o colapso do sistema de saúde baiano. “A Bahia começou a se preparar ainda em janeiro. Estamos aumentando nossa capacidade de atendimento com novos leitos, o que vai fazer com que vençamos esse mês de maio e possamos atravessar junho com mais tranquilidade”, destaca o secretário. Para auxiliar no enfrentamento ao novo coronavírus, 350 novos respiradores foram comprados pelo Governo do Estado para tratar pacientes diagnosticados. Os equipamentos serão distribuídos pelos municípios baianos assim que chegarem à capital baiana. A estrutura que está sendo implantada pelo Governo do Estado dispõe de 1.428 leitos na capital e 1.257 leitos no interior. No sul da Bahia, região mais afetada pela pandemia com mais de 500 casos confirmados, uma unidade de atendimento Covid-19 foi inaugurada no Centro de Convenções de Ilhéus, se somando aos Hospitais da Costa do Cacau e ao Hospital de Ilhéus, totalizando 150 leitos de UTI. Além disso, a cidade aguarda o credenciamento de mais 13 leitos no Hospital São José e outros 30 na montagem de um hospital de campanha. Em Itabuna, estão sendo oferecidos 40 leitos no Hospital Calixto Midlej, 13 leitos infantis no Hospital Manuel Novaes. Mais 48 leitos estão sendo implantados no Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães. Na região sudoeste, o Governo do Estado contratou 40 leitos do Hospital das Clínicas (HCC), em Vitória da Conquista, para atendimento de pessoas contaminadas, duplicando a capacidade da estrutura já oferecida para o atendimento da região, com 41 leitos no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) e outros seis no Hospital Geral de Guanambi (HGG). Em Barreiras, o Hospital do Oeste irá atender os pacientes da região com 60 leitos, sendo 50 de UTI. Na região metropolitana, Lauro de Freitas dispõe de 301 vagas, sendo 91 UTIs. A maior contribuição será do Hospital Metropolitano, cuja abertura será ainda nesse mês, com 191 leitos. O município de Feira de Santana totaliza 160 vagas, que estarão distribuídas entre o Hospital da Criança, o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e o Hospital Mater Dei, que ainda não está em funcionamento nem tem precisão. Já em Seabra, o Hospital Regional da Chapada está dedicando 37 leitos, sendo quatro UTIs e 33 leitos clínicos. A lista completa de cidades e unidades de referência está disponível no site da Sesab. Somam-se à estrutura 285 leitos para atender pacientes de baixa complexidade, que não tenham coronavírus. As unidades localizadas na capital baiana e em São Félix são fundamentais para absorver os pacientes dos hospitais gerais. As unidades somente receberão pacientes regulados pela Central Estadual de Regulação.