Paciente que precisou de atendimento na UPA da Queimadinha alega falta de soro e superlotação; Secretaria de Saúde contesta
No dia em que a Câmara de Vereadores de Feira realizou uma Audiência Pública para discutir o drama da saúde na cidade, uma paciente sentiu na pele a gravidade da situação, ao se dirigir à UPA da Queimadinha.
Por volta das 8h, uma paciente, que prefere não se identificar, temendo represália, buscou atendimento, apresentando um quadro de possível virose, mas sequer havia soro para reidratação na unidade, conforme relata, sendo encaminhada para casa, sem atendimento, por volta das 11h.
“Passei mal às 8h e saí da UPA da Queimadinha 11h, sem atendimento, pois não tem nem soro para reidratação. A saúde dessa cidade está entregue às moscas. Unidade superlotada e faltando o básico para a população. Quero ver até quando isso”, protestou.
O caso não foi um relato isolado. Na mesma manhã, uma idosa por pico de pressão arterial foi recomendada a procurar outra unidade, pois não havia o remédio necessário para o controle.
Ainda ao Blog do Velame, uma médica que presta serviço para o Município desabafou diante dos constantes atrasos nos pagamentos: “Os médicos da UPA Queimadinha e do PSF contratados pela ASM estão sem receber o pagamento desde março. Não temos nenhuma previsão”, alegou, em anonimato.
Em resposta, a Secretaria de Saúde de Feira enviou a seguinte nota, negando a falta de insumos:
“A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da direção da UPA da Queimadinha, informa que tem soro e medicamentos para atender pacientes com hipertensão. Vale destacar que não há falta de medicação e insumos na unidade”.