Orçamento para Agricultura em Feira reduziu 37,5% em oito anos
Os recursos previstos na Lei Orçamentária Anual, da Prefeitura de Feira de Santana, para a Secretaria de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural, vem sendo reduzidos, ao longo dos últimos anos, aponta o vereador Alberto Nery (PT). Em pronunciamento durante a discussão do Projeto de Lei do Orçamento Municipal, esta semana na Câmara, ele disse que fez uma análise sobre as verbas destinadas para essa pasta, considerada estratégica, verificando que caiu de R$ 8 milhões, valor da época em que chegou à Casa, oito anos atrás, para os R$ 5 milhões estimados na peça orçamentária de 2021. A queda corresponde a 37,5 por cento. O petista entende que os números “não deixam dúvida quanto ao desinteresse das últimas gestões (ex-prefeito José Ronaldo e o atual, Colbert Martins Filho) pela população da zona rural, especialmente os que vivem da agricultura familiar, pois em vez de aumentar os repasses, fizeram foi diminuir”. Ele discorda frontalmente da redução dos recursos para investimentos nesta área. “Em vez de aplicar mais, para que o homem do campo continue a produzir para a cidade e para os maiores centros comerciais, os investimentos foram reduzidos”, lamenta. Nery lembra que este foi um ano rico para o meio rural do Município, com relação a chuvas. “O poder público poderia ter investido mais. Feira de Santana deve voltar a ser uma das bacias mais produtoras de leite, bem como de feijão e milho”. No entanto, ele diz, elevados investimentos são feitos em comunicação, “para dar visibilidade ao Governo, permitir a maquiagem de muitas mazelas”. Roberto Tourinho (PSB) reforça: “a Prefeitura não está disponibilizando nem mesmo sementes para o homem do campo, que está abandonado pela ineficiência dos serviços públicos, principalmente nas áreas da saúde, infraestrutura, educação e transporte”.