OAB manifesta repúdio e diz que acompanha atentamente caso da médica acusada de racismo em Feira
Após o episódio em que uma médica do IHEF, empresa do Grupo MEDDI de Feira de Santana, foi acusada de praticar racismo contra uma criança de três anos, a OAB/BA, Subseção de Feira de Santana, através da sua Comissão de Igualdade Racial, se pronunciou oficialmente por meio de nota.
De acordo com a mãe da vítima, a ultrassonografista da clínica particular da cidade teria indagado se a paciente era “filha de macaco ou de urubu”. A Polícia Militar foi acionada, mas a médica já teria evadido do local. A OAB considerou o episódio como inaceitável.
“O racismo é inaceitável em todos os casos, porém quando direcionado às crianças demonstra sua face ainda mais violenta e criminosa, o que carece, não apenas de repulsa, mas de investigação e punição, nos termos da lei. Racismo é crime”, diz trecho da nota.
Através da Comissão de Igualdade Racial, a entidade garantiu que acompanhará atentamente os desdobramentos do caso, esperando que o IHEF adote as devidas providências, assim como uma rigorosa fiscalização por parte do Ministério Público.
“A devida punição não atinge somente as pessoas envolvidas no infeliz caso em comento, mas também tem caráter educativo e preventivo, notadamente quando permite que a sociedade se conscientize sobre a necessidade de respeitar as pessoas, independente de cor da pele, religião, sexualidade. Repugnamos veementemente o ocorrido, e seguimos comprometidos em denunciar e cobrar a efetiva aplicação da Lei no combate ao racismo em nossa sociedade”, concluiu o documento.
