Motoristas por aplicativo realizam paralisação para cobrar melhor remuneração por corrida
Nesta segunda-feira (15), motoristas por aplicativo em diversas cidades do Brasil realizam uma paralisação para cobrar melhorias nas condições de trabalho.
Os manifestantes cobram de plataformas como Uber e 99, o aumento no preço mínimo da corrida para 10 reais, elevação do preço por quilômetro rodado, diminuição do percentual repassado às empresas, além de outras demandas.
Em Feira de Santana, vários motoristas aderiram à paralisação. É o caso de Allan Santos, que há quatro anos atua no segmento e já realizou mais de 15 mil corridas na cidade. 26% das viagens que já apareceram para o motorista tiveram de ser canceladas porque não valia a pena financeiramente.
“Não tem como a gente competir com ônibus. Digamos, uma corrida de 7,58, com três passageiros, quando você vai fazer a conta, saiu por 2,50 para cada. É quase o valor da meia-passagem para o estudante. E ainda o valor que fica pra gente, de 5,50, não é livre. Tem combustível, manutenção de carro que dobrou de preço, instalação do GNV dobrou de preço”, disse o motorista ao Blog.
OUTRO LADO
Em nota enviada à portais nacionais, a Uber afirmou que “A taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pela intermediação de viagens deixou de ser um percentual fixo em 2018, quando a Uber aprimorou seu modelo para equilibrar as variações entre o preço pago pelo usuário e os ganhos do parceiro. Em qualquer viagem, o motorista parceiro sempre fica com a maior parte do que é pago pelo usuário”.
Já a 99 preferiu se posicionar via Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec). A entidade, que representa outras companhias de serviços por aplicativo, afirmou que “respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”.