Mais de 70 candidatos de concurso da Polícia Civil alegam injustiça no processo e reivindicam convocação
O último concurso realizado pela Polícia Civil da Bahia, para o cargo de investigador, segue dando o que falar. Isto porque 77 candidatos afirmam ter sido prejudicados diante de possível injustiça no processo.
O certamente foi realizado visando preencher 700 vagas para o cargo, destas 455 sendo para ampla concorrência e as demais para cotas raciais e pessoas com deficiência (PCD).
O edital consta que, para avançar de fase, o candidato deveria alcançar a nota mínima de 70 pontos na prova objetiva. Desta forma estaria apto a ter a prova discursiva corrigida.
“De acordo com o primeiro documento, apenas 1037 pessoas, sendo 351 candidatos auto declarados negros e 6 PCDs, atingiram a nota mínima exigida para avançar de fase. Sendo assim, o edital garantia que seriam corrigidas as redações do candidato classificado até a posição 1400, o que significa que iriam corrigir duas vezes o número de vagas disponibilizadas. Mas, devido a um erro de interpretação por parte da banca, somente 960 redações foram corrigidas, prejudicando diretamente 77 candidatos habilitados. Eu sou um dos candidatos prejudicados”, informou Gabriel Leto ao Blog do Velame.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) já recebeu 89 mandados de seguranças, que estão em tramitação, muitos destes já deferidos de maneira favorável. Vale ressaltar que, no dia 19 de junho, o governador convocou os candidatos classificados fora das vagas, conhecidos como cadastro reserva para avançarem nas etapas do concurso. Os 77 candidatos prejudicados não foram incluídos.
Diante da não convocação foi formado um grupo com os candidatos, que pleiteam junto ao Estado uma solução. O Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOP) encaminharam ofício à Delegada Geral, Heloísa Campos Brito, solicitando a apreciação do pleito. Até o momento não houve retorno.
