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Feira de Santana / 19 de agosto de 2019 - 09h 13m

Humanização no atendimento torna o tratamento do câncer mais leve, garantem especialistas

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O câncer de pele não melanoma, mama e próstata serão os mais comuns em 2020. Isso é o que estima o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Os números apontam que o Brasil poderá registrar 625 mil novos casos de câncer este ano, sendo que 50,3% ocorrerão em homens e 49,7% em mulheres. A estimativa foi divulgada no início deste mês e foi produzida pelo Inca com base em registros populacionais. A prevenção continua sendo a melhor forma de evitar novos casos, de acordo com a instituição. O câncer de pulmão, por exemplo, tem reduzido em incidência por conta de ações antitabagistas. Uma vez descoberto o câncer, surgem o medo e os questionamentos. O tratamento da doença envolve diversos processos, que impactam a saúde física e psicológica do paciente. Por conta disso, especialistas acreditam que é cada vez mais importante humanizar esse atendimento.  “O tratamento humanizado visa individualizar cada paciente e entende-lo como um todo. Muitas pessoas perdem o chão quando alguém da família ou elas mesmas recebem um diagnóstico de câncer. Nesse momento, o atendimento humanizado reestrutura a vida do paciente. Ele precisa se reconstruir para enfrentar todas as etapas do tratamento.”, explica o oncologista Samuel Afonseca, do Grupo Baiano de Oncologia (GBO). O GBO possui um Grupo de Humanização que visa oferecer uma atenção especial ao ser humano para além da doença. “Para isso, temos uma equipe multidisciplinar que presta todo apoio psicológico necessário. Atividades como música na sala de quimioterapia, dinâmicas com dança, oficinas… tudo isso recupera a autoestima e a vontade de viver, que geralmente são perdidas no diagnóstico. Para o tratamento dar certo, precisamos que o paciente realmente queira isso”, conta Afonseca. Maria Tereza Moreira enfrentou um câncer de mama há dois anos e garante que o olhar diferenciado fez toda diferença. Ela realizou o tratamento no GBO, situado em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. “O sorriso desde a recepção até o abraço após a sessão de quimioterapia: tudo faz você esquecer um pouquinho que você está passando por esse problema. Eu tive o melhor tratamento de câncer e posso afirmar que ele vai além de um atendimento comum”, conta. “Cada vez mais, o cuidar do paciente oncológico abrange muito mais que saúde-doença. Nossa preocupação é intervir de maneira a proporcionar a integralidade das ações. Sempre que isso acontece, observamos melhora da autoestima, diminuição de sintomas, maior adesão ao tratamento entre muitos outros benefícios”, explica a psicóloga do GBO, Aydênia Araújo. “Nosso desejo de tornar, cada vez mais, nossa assistência oncológica humanizada e proporcionar bem-estar, bem-ser e bem-viver”.


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