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Feira de Santana / 14 de agosto de 2020 - 01h 49m

Hospital Estadual da Criança registrou 4 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia em Feira

Hospital Estadual da Criança registrou 4 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia em Feira
Foto Adenilson Nunes/Secom
Compartilhamento Social

Por Dandara Barreto

O Hospital Estadual da Criança (HEC) notificou desde o início da pandemia do Novo Coronavírus, 621 casos suspeitos de Covid-19, sendo 546 pediátricos e 75 obstétricos. 28 crianças tiveram a doença confirmada e 3 mortes foram registadas.  Mulheres grávidas ou puérperas, que são aquelas que acabaram de dar a luz, também são atendidas pelo HEC. Segundo dados da unidade hospitalar, foram, até o último fim de semana, 28 pacientes obstétricas com a Covid-19 e um registro de morte.
Para atender pacientes com Covid-19, o Hospital Estadual da Criança destinou 10 leitos de UTI pediátrica e 10 leitos de UTI adulto, além de 18 leitos de enfermaria pediátrica e 6 leitos de enfermaria obstétrica. Até esta sexta-feira (14) a taxa de ocupação é de 60%.
Até onde se sabe, a doença não oferece grandes riscos à crianças, no entanto, comorbidades podem levar ao internamento e até mesmo à morte. Outro fator que preocupa os médicos pediátricos, é uma síndrome rara que pode ser desenvolvida nas crianças, que está sob estudo por especialistas.
De acordo com Karine Grilo, infectologista do Controle de Infecção do HEC, as crianças podem ser infectadas assim como os adultos, mas apresentam quadros mais leves quando não são assintomáticas. A grande maioria não necessita de internação. A síndrome respiratória multissistêmica é uma síndrome aguda, grave e pode levar à morte. Ela está associada à resposta imunológica da doença na criança. Ela explica que a produção de anticorpos nas crianças pode levar a este processo de inflamação exacerbada. Felizmente, é rara, acometendo 2 a cada 100 mil crianças.
Para Karine, é de extrema importância que as crianças sigam todas as orientações de prevenção que os adultos precisam seguir. “È preciso incentivar a higiene das mãos o tempo inteiro. Os adultos precisam falar sobre a importância do uso da máscara e as pessoas que cuidam das crianças precisam observar as condições das máscaras. A educação quanto ao distanciamento social para prevenir a contaminação também é imprescindível”, alerta a infectologista.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou um alerta sobre a notificação de casos de uma nova síndrome inflamatória registrada em crianças em adolescentes, em vários países do mundo. A doença pode ter relação com a Covid-19.
De acordo com dados divulgados pelo site G1, no Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 71 casos e três mortes até julho. Os casos foram notificados em quatro estados: no Ceará (29), Pará (18), Piauí (2) e Rio de Janeiro (22), onde ocorreram os três óbitos.
Países como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos também identificaram casos em crianças e adolescentes. No mundo, há relatos de mais de 300 casos.
A síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) ocorre em dias a semanas após a infecção por Covid-19 e é caracterizada por febre alta e persistente em crianças e adolescentes até 19 anos, lesões de pele nas extremidades, lesões na boca.
Segundo a infectopediatra, o que chama mais atenção é o quadro abdominal.
“O paciente pode ter náuseas, vômitos, diarreia, além da febre elevada e persistente, o paciente pode apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas: Conjuntivite, Sinais de inflamação na boca, mãos ou pés, Hipotensão arterial ou choque, Manifestações de disfunção miocárdica, pericardite, valvulite ou anormalidades coronarianas, Manifestações gastrointestinais agudas”.
Para o Ministério da Saúde, a maioria dos casos já relatados apresentou exames laboratoriais que indicaram infecção atual ou recente pela Covid-19, mas a relação definitiva da síndrome com o coronavírus ainda não está comprovada.


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