Foguetinho Eleitorais (parte 4)
Zé em Baixa
Pela terceira eleição consecutiva, o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, não consegue eleger um deputado federal. Em 2014 com Zé Chico, 2018 com Gerusa Sampaio e 2022 novamente com Zé Chico, a votação foi muito aquém do esperado. Tido como a maior liderança política da região, a pergunta que fica é: “não consegue ou não quer eleger”?
Zé em alta
A representação de Feira na Câmara Federal caberá, mais uma vez, ao deputado Zé Neto, do PT. Nas entrevistas que concedeu após a eleição, ele tem feito questão de lamentar a falta de representatividade de Feira em Brasília e apontou o ex-prefeito Zé Ronaldo como um dos culpados. Outro assunto bastante repetido pelo petista é que ele se elegeu sem apoio de nenhum prefeito baiano.
Quem?
“Quem são, onde vivem, de que se alimentam?” Essa pergunta feita com a voz inconfundível de Sérgio Chapelin, apresentador do “Globo Repórter”, poderia muito bem ser utilizada para um político récem eleito, graças aos votos de Feira de Santana. É o Binho Galinha, eleito deputado estadual, e que a maioria dos feirenses não sabe quem é, nem o que faz. Mas, em breve essas perguntas poderão ser respondidas no Programa VPQM. Ele já foi convidado e deve ser um dos entrevistados nas próximas semanas.
O Pablo errado
A presidente eleita da Câmara de Feira, a vereadora Eremita Mota, apoiou o candidato Pablo, do PSDB, na eleição do último domingo. Mas não o Pablo ovacionado nas urnas pelos feirenses, com mais de 40 mil votos na cidade. A presidente do PSDB de Feira, escolheu apoiar Pablo Barrozo, um candidato “forasteiro” e que acabou não se elegendo.
Apoio certeiro
Pablo Roberto não teve o apoio de Eremita Mota, mas teve a liderança municipal mais desejada entre os ronaldistas. A vereadora licenciada Gerusa Sampaio, atual titular da Secretaria da Mulher, que se jogou de corpo e alma na campanha do novo deputado e está sendo considerada uma das responsáveis pela grande votação dele em Feira.
Milagre eleitoral
Na eleição de 2018, Angelo Almeida constava entre os eleitos até o finzinho da apuração, quando foi ultrapassado e perdeu a vaga na Assembleia Legislativa, assumindo o mandato somente dois anos depois. Em 2022, apesar da expressiva votação, ele constava como não eleito durante quase toda apuração. Com 97% das urnas apuradas, o deputado feirense já estava quase conformado com a primeira suplência do PSB, atrás de Fabiola Mansur. Mas em uma reviravolta incrível, ele ultrapassou a colega de partido e consolidou a reeleição. Tudo graças urnas retardatárias das Agrovilas, de Curaça e Caem, onde o feirense foi bem votado.
Flopado
Em Feira, os candidatos “bolsonaristas” saíram derrotados nas urnas. Magno Felzemburgh, ex-vereador, teve apenas 5.435 votos e passou muito longe de se eleger. Apesar de filiado ao União Brasil, o evangélico conservador é um dos principais defensores do presidente da república na cidade, inclusive usando o mesmo slogan “Deus, Pátria e Família”. Felzemburgh tentou repetir o feito de Dayane Pimentel em 2018, mas desta vez o bolsonarismo feirense ficou sem deputado federal. Flopou.
Suplentes de Pancadinha
Por pouco, Feira de Santana não conseguiu eleger seis deputados estaduais. Pastor Tom e Carlos Geilson, ambos do Solidariedade, ficaram na primeira e segunda suplência, respectivamente. Os eleitos no partido, foram Luciano Araujo 28.412 votos e Pancadinha, 27.338 votos. Tom com 26.403 e Geilson 24.019 votos, ficaram abaixo da média esperada. Geilson, por exemplo, teve mais de 30 mil votos somente em Feira de Santana em 2018, votação que se repetisse, seria suficiente para elegê-lo nesta eleição, sem precisar de nenhum voto fora da cidade.
Poleiro novo?
Binho Galinha foi eleito deputado estadual pelo Patriota que compôs a coligação de João Roma, candidato ao governo do estado pelo PL. Mas na campanha, fez carreata ao lado de Zé Ronaldo e outros carlistas, que são do time de ACM Neto. No segundo turno entretanto, optou por apoiar Jerônimo Rodrigues, do PT. O coordenador da campanha de Binho, o ex-deputado Humberto Cedraz, não considera que o novo político esteja “mudando de poleiro”. Segundo ele, Ronaldo estar numa carreata de Binho não significou apoio dele ao candidato ACM Neto. O que aconteceu, na verdade, é que o ex-prefeito de Feira estava pegando carona na popularidade de Binho e não ao contrário, como seria o óbvio. Acredite quem quiser.
Frase da semana
Esperteza, quando é demais, engole o dono.