Esposa de Binho Galinha volta a ser presa em nova fase de operação da PF; deputado nega crimes e diz ‘que vai provar inocência na Justiça’
Na manhã desta terça-feira (9), cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 13 auditores-fiscais, analistas tributários da Receita Federal e promotores de Justiça deflagraram a ‘operação Hybris’, que investiga organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada em Feira de Santana e cidades vizinhas.
Mayana Cerqueira da Silva, esposa do deputado estadual Binho Galinha (Patriota), que é apontado pela Polícia Federal e Ministério Público como o chefe da organização criminosa, foi presa preventivamente. Segundo divulgado pela PF, ela “foi beneficiada, em dezembro, com a prisão domiciliar, e, com o aprofundamento das investigações, evidenciou-se a imprescindibilidade do seu retorno à prisão”.
Binho Galinha divulgou uma nota à imprensa para se posicionar a respeito da operação. No comunicado, nega todos os crimes e afirma que provará sua inocência na Justiça.
“O deputado estadual Binho Galinha se manifesta para afirmar que está à disposição da Justiça para esclarecer os fatos envolvendo seu nome e de familiares na operação denominada de “El Patron”, deflagrada pela Polícia Federal. Binho Galinha ressalta, ainda, que tem acompanhado os desdobramentos das investigações com tranquilidade e colaborado com o Poder Judiciário. Nesta terça-feira, durante mais uma fase da operação, o deputado Binho Galinha volta a afirmar que jamais praticou os crimes que estão sendo lhe atribuídos e que vai provar sua inocência na Justiça”, ressaltou.
ENTENDA
Segundo as investigações, a organização criminosa seria chefiada por um parlamentar, que foi alvo de busca e apreensão e bloqueio de bens durante a operação ‘El Patrón’. As investigações apontaram ainda que os policiais integram o braço armado do grupo miliciano, sendo responsáveis pela segurança das atividades ilícitas desenvolvidas pelo grupo criminoso, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores decorrentes de infrações penais.
Apurações da Receita Federal revelaram inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.