Espetáculo ‘Chico Buarque – Um Novo Olhar’ chega a Feira de Santana em novembro
Chega a Feira de Santana, no próximo dia 16 de novembro, às 20h, o espetáculo Chico Buarque — Um Outro Olhar, releitura mais pop e teatralizada da obra do cantor e compositor. Após nova passagem por Salvador no dia 15, a apresentação será realizada no Centro de Cultura Amélio Amorim, localizado na avenida Presidente Dutra. Os ingressos, à venda na plataforma Sympla, custam 70 reais (meia-entrada) e 140 reais (inteira).
Chico Buarque — Um Outro Olhar é estrelado pelo NU’ZS Duo, dueto composto da atriz e cantora mineira Marcê Porena e do arranjador e guitarrista paulista Max Silva. No show cênico-musical, ela interpreta o repertório, enquanto ele faz intervenções teatrais a seu lado. Segundo Marcê, como sugere o próprio nome do espetáculo, “a decisão de criar um Chico mais pop e, ao mesmo tempo, teatral tem como objetivo conectar a obra do artista a um público que talvez não esteja tão familiarizado com suas canções”.
Responsável pela direção musical, Max optou por gravar os sons de todos os instrumentos que compõem a apresentação, desde bateria até sintetizadores — o que dispensa a necessidade de haver uma banda ao vivo e lhe dá um caráter mais intimista. “A obra de Chico é necessária, vital e, como disse Ruy Guerra [cineasta moçambicano], sem ela, o Brasil seria mais pobre”, ressalta Max. “Além disso, quando interpretada com uma nova roupagem e atualizada sob outro olhar, estabelece um elo com a atemporalidade.”
Repertório vasto — Dividido em dois atos — um, mais pop, e o outro, mais intimista —, o espetáculo possui repertório vasto, com clássicos como “Tatuagem”, do álbum “Calabar”; “Sem Açúcar”, do aclamado disco ao vivo “Chico e Bethânia”; “Sob Medida” e “Olhos nos Olhos”, com um tom de rock dado por riffs de guitarra e sintetizadores; e “O Meu Amor”, o mais pop dos regravados pela dupla.
Na apresentação, que já passou por diversas cidades no país, há espaço ainda para mais de 20 músicas com novas roupagens, entre as quais se destaca “Geni E O Zepelim”, lançada na última sexta-feira (13). Na releitura da canção, transportada para uma paisagem urbana e tecnológica, Geni é uma das quatro personagens apresentadas e a única que não possui voz própria dentro do enredo.
Ela é marginalizada pela sociedade num jogo que também tem como participantes o narrador, o comandante e a cidade. As nuances entre as personagens se sobressaem na interpretação singular de Marcê Porena, e os arranjos criam uma atmosfera densa com o auxílio de elementos eletrônicos, guitarras e variações de compassos.