Em nova rodada de pesquisas, institutos voltam a apontar números distintos na Bahia
O baiano é naturalmente conhecido por ser uma figura de fé. Mas se tem uma coisa que o baiano não leva fé são as pesquisas eleitorais. E não faltam motivos para isso. Quem já dormiu com Paulo Souto eleito e acordou com Jaques Wagner ganhando no primeiro turno é testemunha viva.
E o roteiro, por muito pouco, não se repetiu na atual eleição, quando a maioria dos institutos indicavam a vitória do candidato ACM Neto (União Brasil) e, ao final do somatório, quem fechou a corrida na liderança foi Jerônimo Rodrigues (PT), com 49,45% a 40,80%. Apenas o Atlas/Intel indicou vantagem petista.
Nesta primeira rodada do segundo turno, novamente as pesquisas seguem dando o que falar. A RealTime Big Data ouviu 1.200 pessoas presencialmente, entre 10 e 11 de outubro; margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O resultado foi um empate entre os candidatos, que somam 50% dos votos válidos cada.
Já no levantamento do Atlas/Intel, que ouviu 1.620 eleitores, de 282 municípios no estado, no período de 9 a 13 de outubro, o petista amplia a folga, aparecendo com 55% dos votos válidos, enquanto o carlista registra apenas 45%.
Nos bastidores, aliados de Neto questionaram a pesquisa do Atlas, alegando haver contradição. O motivo seria o de que o resultado não aponta à transferência dos votos bolsonaristas, sendo que 89% dos que votaram em João Roma (PL), que teve 9,08% no primeiro turno, afirmaram votar com o ex-prefeito de Salvador no segundo turno.
Em posição confortável na disputa ao Palácio de Ondina, Jerônimo fez questão de comemorar o resultado: “As pesquisas confirmam o que o povo da Bahia já disse: agora é só 13! Agora é Jerônimo! O homem disparou”, vibrou o candidato em sua conta oficial no Instagram.