Deputado critica tratamento dado pela Prefeitura de Feira aos permissionários do Shopping Popular
“A sobrevivência do trabalhador e sua família tem que vir em primeiro lugar e não o interesse de um empresário rico, com shoppings espalhados pelo Brasil”, opina o deputado estadual Angelo Almeida.
Ele se declarou indignado ao saber que os trabalhadores que saíram das ruas para o shopping popular estão tendo que fazer uma campanha de arrecadação de alimentos para ter o que dar de comer a suas famílias.
A situação é enfrentada pelos permissionários que não conseguiram pagar o alto aluguel dos boxes e tiveram seus espaços trancados pela administração do shopping, com as mercadorias dentro. Eles agora não têm o que comercializar.
No entendimento de Ângelo, jamais o empresário Elias Tergilene, que se associou com o governo municipal, poderia ter o direito de punir os ambulantes apreendendo as mercadorias. “Isso é quase um poder de polícia, que não pode ser exercido por um particular. É claramente um abuso, que nunca deveria ser permitido pela prefeitura”, aponta.
Para o deputado, a inadimplência existe porque “estão cobrando um valor excessivo pelo aluguel, num momento em que o empreendimento ainda não é maduro o bastante para atrair o público necessário para as vendas decolarem”.
Ele ressalta que a estrutura foi erguida em área do município, e que há recursos públicos investidos, que precisam ser revertidos em favor da sociedade. “O prefeito não pode lavar as mãos e deixar o trabalhador à mercê de quem se comporta como se ali fosse uma propriedade particular exclusiva dele”, protestou.