Bahia envia profissionais para auxiliar no atendimento de indígenas na reserva Yanomami
A Bahia vai enviar profissionais de saúde para compor a equipe médica e reforçar o atendimento à população indígena Yanomami em Boa Vista, Roraima, que vive uma situação de crise humanitária. Profissionais de saúde de todo o país estão sendo mobilizados para a região como parte de uma ação do Governo Federal para restabelecer o acesso à saúde no território.
Para a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, a Bahia não poderia ficar de fora da força-tarefa que tem se formado diante da grave crise de desassistência sanitária e nutricional na região. “Estaremos juntos nessa missão para levar saúde para quem mais precisa. Para isso, disponibilizaremos profissionais e todo o aparato necessário para garantir a dignidade dessas pessoas que têm sido tratadas de forma desumana”, garante Santana.
Com vasta experiência em missões humanitárias e em atendimentos em condições extremas, o médico baiano Ricardo Gouvea vai fazer parte das equipes que atuam na região, que também contarão com o reforço do coordenador médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Itabuna, Walbert Alcoforado. Especialista em gestão de emergência, Ricardo Gouvea participou da criação da Força Nacional do SUS, em 2011, e já atuou em grandes missões de resgate como a que foi mobilizada para socorrer as vítimas do incêndio da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, e na assistência aos feridos vítimas das chuvas que atingiram o extremo sul da Bahia no final de 2021.
“Já tive a honra de atuar em algumas missões indígenas, que são missões completamente diferentes das de resgates em grandes desastres, por exemplo. Dessa vez, seguimos para o território Yanomami para ajudar essa população que tem sofrido com a desnutrição e doenças como a malária. Vai ser a segunda equipe da Força Nacional do SUS que vai prestar assistência não só na Casa de Apoio a Saúde Indígena, em Boa Vista, onde foi montado um hospital de campanha para atendimento dos pacientes mais graves, como também nas aldeias. É uma questão muito humanitária de dar socorro à aquelas pessoas que estão passando por grandes dificuldades”, relata Ricardo. Os profissionais partem para Boa Vista nesta sexta-feira (3), e devem permanecer no local até o dia 17 de fevereiro.