Após voltar ao campo governista, MDB amplia bancada, mas ainda enfrenta desafios em Feira
Um dos mais tradicionais partidos do país, o MDB colhe agora os frutos de uma decisão considera ousada ainda no início das eleições. Apesar da posição confortável, com cargos na gestão Bruno Reis, em Salvador, e com o então candidato ACM Neto liderando as pesquisas, o grupo não titubeou e fez as malas, regressando ao time governista.
Mesmo com desgastes internos, após a polêmica de proporção nacional envolvendo o ex-ministro Geddel Vieira Lima, a sigla costurou alianças e conseguiu a indicação do vice-governador eleito Geraldo Júnior, outrora parceiro fiel de ACM, que decidiu partir para o “tudo ou nada”.
Além de eleger Geraldinho, como ficou conhecido, o partido começará 2023 com um deputado federal eleito, Ricardo Maia, e de quebra ainda consagrando, no âmbito estadual, o filho do vice, Geraldo Jr., e Rogério Andrade. Números superiores aos de 2018. Apesar do avanço do MDB, nem todos os membros pularam o muro.
Em Feira de Santana, por exemplo, o partido se vê dividido. Enquanto o prefeito Colbert Martins resiste e se mantém como firme oposicionista, dada a sua gratidão a ACM pelo apoio conferido em 2018, a vereadora Lu de Ronny assumiu o comando municipal e trabalhou firmemente para eleger os petistas Lula e Jerônimo. Na Câmara Municipal, a edil conta com o apoio do evangélico Edvaldo Lima, enquanto Colbert tem a parceria de José Carneiro, e Ron do Povo se mantém independente.