Após corte nos salários, sindicalista diz que professores da rede municipal “chegaram a passar fome”
Em meio à pandemia da Covid-19, professores da Rede Municipal de Ensino precisaram receber cestas básicas da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB) após os cortes das gratificações e adicionais então recebidos em seus vencimentos. A informação é da presidente do sindicato, Marlede Oliveira, que contou que a distribuição dos alimentos foi necessária porque, com a redução de 20% a 70% na remuneração, alguns professores “chegaram a passar fome e necessidades”. Ao utilizar a tribuna livre da Casa da Cidadania durante a sessão ordinária de terça-feira (15), Marlede disse que os alunos das escolas municipais de Feira de Santana também estão desassistidos. Segundo ela, as crianças e jovens estão há meses sem receber o “kit alimentação”, ainda que o Executivo receba os recursos para a aquisição dos itens. Além do pagamento dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), recentemente pautado em audiência pública da Câmara Municipal de Feira de Santana, outra reivindicação da APLB é a reformulação do Plano de Carreira de professores e funcionários da Rede Municipal de Ensino, atualizado pela última vez em 1992. É importante, segundo Marlede, que o plano seja revisado para atender as necessidades dos profissionais de ensino que, muitas vezes, “não têm direito a fazer mestrado e doutorado porque não há liberação”.