Após 12 anos longe de casa, jogador realiza sonho de atuar pela primeira vez em Feira: ‘Um dia para ficar gravado no coração’
Na estreia do Bahia de Feira pelo Campeonato Baiano, dois jogadores se destacaram após marcar em dose dupla: o volante Cleyton e o atacante Vitinho. Mas foi um outro nome que roubou a cena na vitória por 6 a 1 sobre o Jacobina.
“Uh, é Felipinho!”. Esse era o grito que ecoava nas arquibancadas da Arena Cajueiro durante toda a partida. E, afinal, quem é Felipinho? Se, por um lado, o reforço do Tremendão era cara nova para alguns torcedores, para muita gente era um velho conhecido que entrava em campo.
Felipe Ferreira Ramos, mais conhecido como Felipinho, tem 31 anos e é cria de Feira de Santana, mas nunca havia tido a oportunidade de jogar em sua terra natal. Ao entrar em campo com a camisa tricolor, no último domingo (14), mais do que uma estreia, ali era a realização de um sonho.
Foram 12 anos longe da família e dos amigos. Neste tempo, defendeu as cores de diversos clubes por todo o país, a exemplo de Campinense, Nacional-AM, Retrô e Central, com a conquista do Bicampeonato Paraibano e o acesso à Série C.
Quando veio a proposta do Bahia de Feira, o lateral-direito não pensou duas vezes. “O contato foi rápido. Não deixei a oportunidade passar (risos). Eu tinha contrato com o Marília e tinha alguns clubes em conversas, mas quando o Thiago (presidente) me mandou mensagem, eu não pensei duas vezes. Ali vi a oportunidade de poder realizar esse sonho de jogar para minha família, amigos e todas aquelas pessoas que só me acompanhavam pela TV, rádio ou internet”, contou ao Blog do Velame.
No primeiro jogo pelo Tremendão já mostrou as suas credenciais, anotando uma assistência em belo passe para a finalização de Reinaldo e outra para Vitinho marcar. Por pouco também não guardou o seu. De fora da área, arriscou um chute venenoso, obrigando o goleiro adversário a fazer grande defesa.
“Para mim, profissionalmente, foi o dia mais importante até aqui. Foi uma sensação única ter a família, os amigos… Pessoas que você sabe que a torcida de fato é verdadeira. Foi um dia para ficar gravado, de fato, no coração. Do dia do jogo até hoje, ainda fico me lembrando dos momentos”, revelou o lateral.
Depois da estreia, a festa continuou. A casa do jogador ficou pequena para tantos amigos que fizeram questão de estar juntos neste momento especial. Um deles foi o George Santos, que atuou com Felipinho nas divisões de base e pôde reencontrar o amigo.
“Nós, amigos, somos muito próximos da família dele. Sabendo da estreia aqui em Feira, acertamos para todos irem ao estádio prestiagiá-lo, pois sabíamos da importância da nossa presença para ele. Foi muito emocionante. Nos conhecemos em 2010 quando saí de Salvador e vim pra Feira, jogar na base do Fluminense de Feira. Firmamos uma amizade que perdura até os dias de hoje. Foi bacana demais. E tudo é motivo para uma resenha. Depois de uma estreia e uma vitória daquela, com uma bela atuação dele, tinha que ter uma bagunça”, disse o parceiro das resenhas.