Apesar da falta de leitos de UTI Colbert nega colapso na rede de saúde
A Prefeitura de Feira de Santana realizou na manhã desta terça-feira (22) uma coletiva de imprensa para falar sobre a situação da Covid-19 no município, que tem de acordo com o último boletim epidemiológico, 2.546 pacientes ativos e nenhum leito de UTI disponível na rede pública ou privada. Apesar disso, o prefeito Colbert Filho (MDB) informou que a cidade ainda não vive um colapso na saúde. Isso porque, segundo ele, nem todas as pessoas que estão internadas precisam de respiradores. No entanto, o prefeito admitiu a gravidade da situação e disse que não esperava que isso acontecesse também na rede particular. “Nunca pensei que isso aconteceria, inclusive na rede particular, mas é o que está acontecendo em Feira, chegamos ao pondo de escolher quem vai primeiro para a UTI”, afirmou. A infectologista do município, Melissa Falcão, que participou da coletiva falou que até esta quarta-feira(23), medidas restritivas deverão ser anunciadas, mas não adiantou que medidas serão essas. Ela pontuou que o maior índice de contaminação está nos bares e restaurantes, onde há três riscos juntos: aglomeração, pessoas sem máscaras e falando alto – o que aumenta a proliferação de gotículas de saliva. Neste fim de semana, 30 bares foram autuados e equipamentos de som foram apreendidos, na fiscalização preventiva, de acordo com a Prefeitura. Para o prefeito, ainda é cedo para falar em lockdown. Segundo ele, é necessário uma mudança nas atitudes das pessoas. “Parar a cidade pra que, se a contaminação está acontecendo dentro das casas? Eu acho que não adiantaria. O que a gente precisa é que as pessoas mudem de atitude. A vacina que temos hoje é o distanciamento e o uso de máscara”, afirmou. Colbert demonstrou preocupação com a situação dos internamentos no município. “O tempo de internamento dos pacientes com Covid-19 é o dobro de internamentos por outras doenças. Está havendo um represamento das demais doenças e por isso há tantas pessoas internadas”. E finalizou fazendo um apelo: “A doença continua muito mais grave do que antes. O Natal deve ser em casa e até mesmo em casa, as pessoas devem usar máscara”, concluiu.