É válido, segundo o vereador Roberto Tourinho (PSB), o uso de linguagem neutra para representar todos os gêneros. “Integramos uma sociedade eclética”, disse ele, em pronunciamento nesta segunda (14) na Câmara, em contraponto ao colega Edvaldo Lima (MDB), que protestou contra a Prefeitura de Feira de Santana pelo uso, em reportagem publicada em seu site oficial, da palavra “todes”, no lugar de “todos ou todas”.  “Recebi ligação de vários pastores e de outros evangélicos por causa desta atitude (da Prefeitura). Querem inventar uma palavra que não existe na Língua Portuguesa. É uma invenção do grupo LGBT, querem mudar tudo e nos fazer engolir. Todes, para definir que não existe sexo definido, é uma afronta a Deus e à família”, afirmou Edvaldo, na Tribuna da Casa da Cidadania. O recurso vem sendo utilizado com o objetivo de tornar o gênero neutro, conforme proposta do segmento LGBTQIA+. Ao defender a utilização da palavra, Tourinho disse que parlamentares devem ter  “pensamento aberto e respeitoso” e estar atentos para não “transformar a Tribuna desta Casa em um púlpito ou altar”, preocupando-se apenas com os princípios da sua religião. “Precisamos ter a grandeza de entender que todos têm a liberdade para seguir sua religião e orientação sexual. Quando chegamos aqui é para respeitar e representar a todos, todas e ‘todes’, porque, a comunidade é feita de homens, de mulheres, da comunidade LGBT e de todos os segmentos da nossa sociedade”, afirma o vereador, que não concorreu à reeleição para o Legislativo, uma vez que disputou a Prefeitura.