De forma suspeita, no apagar das luzes, Colbert segue exonerando aliados, que já embolsam mais de R$ 300 mil dos cofres municipais
O mandato de Colbert Martins (MDB) vai terminando de forma caótica, assim como foi durante toda a gestão. Ao sair da Prefeitura, o gestor deixa também uma delicada crise financeira e administrativa, trazendo sinal de alerta aos cofres do Município.
Isto porque, a bel prazer, o prefeito tem decidido exonerar diversos aliados, sem apresentar qualquer justificativa. A decisão já traz um passivo superior a R$ 300 mil. O caso que mais chamou a atenção foi o do secretário Denilson Brito, em pleno Natal. Mas não para por aí. Outros nomes que ocupavam cargos de confiança também integram a fila, recebendo o pagamento de benefícios proporcionais.
Enquanto Denilton receberá cerca de R$ 70 mil, o ex-secretario José Marcondes receberá mais ainda: R$ 60 mil, conforme apurado pelo Blog do Velame. João Evangelista Falcão faturou R$30 mil; Nina Paula de Oliveira R$ 70 mil; Verilandia Barros cerca de 40 mil, entre outros “sortudos”.
Enquanto o Município acumula inúmeros atrasos no pagamento de fornecedores e prestadores de saúde, prejudicando a prestação de serviços básicos aos feirense, a gestão municipal prioriza gastos que levantam sérias dúvidas sobre a sua motivação.
Enquanto isso, da parte de Colbert Martins, não há qualquer explicação. Apenas um silêncio, que traz ainda mais suspeitas e instabilidade. A medida, segundo fontes ouvidas pelo blog, atende a interesses pessoais ou administrativos de última hora, típicos do encerramento de gestões marcadas por problemas.
“É inaceitável que a Prefeitura, em situação de quase colapso, use recursos que poderiam regularizar dívidas com fornecedores para pagar encargos gerados por exonerações politicamente motivadas”, afirma uma fonte, que prefere não se identificar.
Assim como Denilson, o blog apurou ainda que apesar das exonerações, alguns “amigos” do prefeito seguem utilizando veículos e aparelhos celulares vinculados à Prefeitura. Vale ressaltar que o pagamento de férias retroativas e não usufruídas é um direito do servidor, desde que comprovada a necessidade administrativa da permanência do mesmo no cargo durante todo ano.
Nos bastidores, o grupo do prefeito eleito, José Ronaldo (União), não esconde o temor de que a realidade das contas seja ainda pior, encontrando, possivelmente, um verdadeiro cenário de terra arrasada.