Especialista aborda desafios e soluções contra a desertificação em Feira e região
Na manhã desta terça-feira (14), o renomado pesquisador Humberto Barbosa ministrou uma palestra no teatro da CDL sobre a desertificação no Brasil, com ênfase no Nordeste e, em particular, em Feira de Santana. A iniciativa, promovida pela prefeitura em parceria com o SEBRAE, reuniu autoridades e a comunidade para debater um tema crucial para o futuro da região.
O evento contou com a presença do prefeito Colbert Martins Filho, do secretário de Agricultura Alexandre Monteiro; dos secretários Sergio Carneiro (Mobilidade Urbana) e Moacir Lima (Prevenção à Violência), o procurador geral do Município, Antônio Augusto Graça Leal, além de representantes do Poder Legislativo.
O professor Humberto Barbosa, referência nacional em desertificação, traçou um panorama preocupante dos impactos do fenômeno, especialmente para os agricultores que dependem da atividade rural para o sustento.
Pesquisas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS) evidenciam a relação entre as mudanças climáticas, aridez do solo, secas extremas e seus efeitos negativos para toda a população brasileira.
TRANSIÇÃO CLIMÁTICA
O professor Barbosa, utilizando imagens de satélite, mapeou áreas em Feira de Santana em processo de transição climática. “Feira de Santana está em uma zona de transição do agreste para o semiárido e do semiárido para o árido. É crucial acompanhar essa dinâmica e implementar medidas para conter o processo de desertificação”, alertou o especialista.
O crescimento populacional, o uso excessivo de água, a ausência de água, a ocupação desordenada e o desmatamento intensificam os desafios impostos pela desertificação. Combater esses fatores e buscar soluções inovadoras são essenciais para garantir o futuro da região.
BUSCAR SOLUÇÕES RESILIENTES
O prefeito Colbert Filho salientou a urgência em discutir a desertificação em Feira de Santana. “Mais de 100 municípios baianos já estão em fase de desertificação. Feira de Santana, antes semiárida, caminha para o árido, o que é extremamente preocupante. Precisamos nos adaptar a essa nova realidade climática e buscar soluções resilientes”, enfatizou o prefeito.
O secretário Alexandre Monteiro ressaltou a importância de adaptar a produção agrícola e animal da região à nova realidade climática. “Devemos investir em plantas e animais resilientes à seca e buscar mecanismos para enfrentar esse novo momento”, afirmou.