Polícia Federal deflagrou nova fase da “Operação Hybris”, em Feira de Santana, nesta segunda-feira
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correcional Integrada (FORCE/COGER/SSP/BA) deflagrou, nesta segunda-feira (22/4), a Operação Hybris II, com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro vindos de jogos de aposta, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais, em Feira de Santana e cidades próximas.
Na ação, foi determinada a alienação antecipada de 45 propriedades urbanas e rurais e 245 semoventes, em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.
A medida cautelar é um desdobramento da Operação El Patrón, deflagrada no dia 7/12/2023, em que foram expedidos dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
As investigações seguem em andamento para apuração de eventuais envolvidos.
ENTENDA
Segundo as investigações, a organização criminosa seria chefiada pelo deputado estadual Binho Galinha, que foi alvo de busca e apreensão e bloqueio de bens durante a operação ‘El Patrón’. As investigações apontaram ainda que os policiais integram o braço armado do grupo miliciano, sendo responsáveis pela segurança das atividades ilícitas desenvolvidas pelo grupo criminoso, além de ocultarem a propriedade de bens e dissimularem valores decorrentes de infrações penais. Apurações da Receita Federal revelaram inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, assim como a propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.