Estudantes de Teatro da UFBA gravam cenas em praça de Feira de Santana
Celebrando a oportunidade de poderem colocar em prática os aprendizados adquiridos no componente curricular Teatro de Rua e Espaços Alternativos para a Cena, ministrado no 5º bimestre pelo Professor Dr Licko Turle, com suporte da Professora Tutora Débora Rocha, os estudantes Antonia Sousa, Gesser Pereira, Lissandra Viena, Roberto Neto e Ronaldo Almeida, do Curso de Teatro EaD da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia – UFBA, realizaram gravação de adaptação feita da Obra – Cordel do Amor sem Fim, da autora Cláudia Barral.
Num enredo adaptado da obra, que conta a história de amor entre Tereza e Antonio, logo em seguida atravessada pela presença sedutora de José que insiste em paquerar Tereza e de uma jovem chamada Carminha, interessada em José, a adaptação
promove e novidade da peça de amor que será naquela praça, incitando a discórdia entre José a Anonio em disputa por Teresa. Como cenário, a praça escolhida foi a Praça Fróes da Mota, localizada no centro de Feira de Santana, a qual agrega diversos elementos importantes, como o coreto, pontos de vans, o vai e vem de cidadãos e claro, o casarão da família que é homenageada, na pessoa do coronel Agostinho Fróes da Mota, personalidade feirense importante. Movidos pelo desafio proposto pelo componente, os estudantes organizaram os elementos cênicos, figurinos, roteiro feito a partir da adaptação criada pela estudante Antonia, realizando ensaios virtuais e outros presenciais, antes da gravação, visando o trabalho de preparação corporal, vocal, interpretação, além do trabalho de conhecimento do espaço cênico, uma vez que o Teatro de Rua é aberto e possível de diversas variáveis, o que faz com que a atuação tenha boa projeção, concentração dos atores e total relação com o público.
Num trabalho de direção coletiva, repleto de colaboração e estudo, os estudantes de Teatro inauguraram um novo momento do Teatro e Feira de Santana, o início de muitas outras ações, com muitos dias e horas de ensaios, diálogos, estudos e escritas, pois levaram para as ruas e praças, uma prática até então vista apenas em teatros fechados da cidade, que seguem o modelo italiano onde, o público sentado, está direcionado à um palco onde a cena acontece. Desta forma, atendendo a proposta do componente, as gravações feitas levaram em consideração a participação do público, o qual foi receptivo, participativo e amistoso, contribuindo numa das partes da cena, onde deveriam dizer com quem a personagem deveria ficar, o que pode ser visto no vídeo produzido pelos estudantes e que teve direção de gravação de Nélio Alvarenga, responsável pela gravação, edição e fotografias.
“Para os estudantes, foi um momento grandioso, pois possibilitou um estreitamento maior das relações entre colegas, uma prática mais focada e pesquisa aprofundada, bem como o exercício da direção, codireção e criação”, afirmou Roberto Neto, um dos membros da equipe.