CPI do Shopping Popular de Feira avança e testemunhas começam a ser ouvidas
Nesta terça-feira (24), a Câmara Municipal inicia a fase de oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito, criada para investigar possíveis irregularidades no contrato firmado entre o consórcio empresarial responsável pela construção e gestão do Shopping Popular, bem como na relação deste com os comerciantes transferidos do centro da cidade.
Inicialmente estão previstos os depoimentos de cinco testemunhas, entre hoje e amanhã, no plenário da Casa da Cidadania, conforme informa o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL). Os nomes dos depoentes são mantidos em sigilo, por estratégia da Comissão.
Segundo o presidente, outros agentes públicos e pessoas responsáveis por pagamentos do consórcio deverão ser convocadas pela CPI nesta etapa de audiências – pelo menos mais nove pessoas. Na etapa inicial dos trabalhos, a CPI analisou 54 volumes de documentos.
A avaliação desses documentos e informações obtidas junto a várias fontes possibilitou “avanços importantes na investigação”, considera. O edil observa que já é possível verificar contradições, como a ausência de notas fiscais para comprovação de despesas alegadas pela concessionária. “Qualquer pessoa consegue perceber que tem algo muito errado”, completa.
O Shopping Popular encontra-se sob intervenção da Prefeitura, que recentemente decidiu afastar da gestão do empreendimento, pelo período inicial de seis meses, o consórcio comandado pelo empresário Elias Tergilene. O relator da CPI é o vereador Luiz da Feira (Avante). Sílvio Dias (PT), membro, completa o trio de vereadores que compõe o órgão.