Secretarias municipais recebem pedido de infomações da CPI do Shopping Popular
As secretarias municipais envolvidas no projeto do Shopping Popular já receberam ofícios da CPI criada pela Câmara de Feira de Santana para investigar eventuais irregularidades envolvendo a Parceria Público-Privada da Prefeitura com o consórcio responsável pela gestão do equipamento e, também, dos contratos com os camelôs, transferidos do centro da cidade.
A informação é do presidente da comissão, vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que está na expectativa de que os secretários apresentem as informações solicitadas.
Segundo ele, estão sendo coletados, ainda, documentos e informações de pessoas da sociedade civil sobre o empreendimento.
Conforme prevê a estratégia investigativa, as informações são fundamentais para que a CPI possa ter acesso a todo processo administrativo da PPP. Foram bem sucedidos os contatos com as secretarias de Planejamento e da Fazenda, além do Gabinete do Prefeito. No entanto, de acordo com o dirigente da Comissão, o titular da pasta de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão, se recusou a receber o documento.
Além de Jhonatas, compõem a comissão os vereadores Sílvio Dias (PT) e Luiz da Feira (Avante). “Começamos as atividades ainda no período do recesso legislativo e já apresentamos publicamente a linha de investigação”, disse o presidente do grupo.
A investigação apura desde os termos do contrato com o Consócio Feira Popular aos pagamentos efetuados pela Prefeitura. A coleta documental é a segunda das cinco etapas da CPI. A próxima é a das oitivas, prevista para setembro.
“Percebe-se, pela estrutura da obra, que ela não corresponde ao valor gasto, por exemplo”, sinalizou, Jhonatas destacando que a finalidade do empreendimento era abrigar pessoas retiradas do centro da cidade, “mas que hoje passam por grandes dificuldades”, conforme frisou.
O vereador informou que a comissão já tem um número razoável de documentos e confirmou que o prazo para encerrar os trabalhos e apresentar o relatório final é novembro deste ano. Todo o trabalho, segundo ressaltou, deve ser validado pelo acompanhamento da sociedade.