Alerta sobre situação da dengue em Feira foi feito pela Câmara há mais de 30 dias
O Município de Feira de Santana entra, a partir de hoje (21), em estado de alerta epidemiológico máximo, por conta da dengue, de acordo com decreto assinado pelo prefeito Colbert Martins Filho. A situação, no entanto, tem sido alvo de alerta da Câmara Municipal há exatamente 38 dias. Tanto em discursos no plenário como por meio de requerimento aprovado na Casa, diversos vereadores chamaram a atenção do Executivo Municipal e cobraram a adoção de medidas, diante da possibilidade de aumento dos casos da doença.
Uma das iniciativas tomadas, por exemplo, pela presidente Eremita Mota (PSDB), foi tratar do assunto diretamente com Colbert através de conversa telefônica no mês de junho. Ao relatar preocupação com a incidência da dengue, a vereadora obteve sinalização positiva. “Solicitamos empenho em ações de combate ao mosquito transmissor, e ele foi muito atencioso e se comprometeu em tratar da situação”, informou a vereadora, ao explicar que a inciativa ocorreu após discutir o problema com a categoria de agentes de endemias.
Da mesma forma, requerimento aprovado pelo Legislativo no dia 14 do mesmo mês, solicitando ao gestor municipal e da chefe da Vigilância Epidemiológica, Carlita Correia Luz dos Santos, informações sobre providências e ações adotadas para conter o avanço da doença. Entre os questionamentos encaminhados à gestão municipal estão a realização de campanhas educativas em escolas e por meio de veículos de comunicação, aquisição de algum novo equipamento para eliminar o agente causador de doenças e número de notificações e óbitos registrados até aquele momento.
Deficiência no número de agentes de endemias, falta de material para as mochilas usadas pelos profissionais durante o combate às arboviroses e ausência de ação de carro fumacê nos bairros, foram algumas das críticas feitas pelo vereador Emerson Minho (DC), em 13 de junho.
Na Tribuna do Legislativo, o parlamentar advertiu o governo municipal sobre a probabilidade de agravamento do quadro nos meses seguintes, em razão do período chuvoso e da detecção de uma “cepa nova” e “mais agressiva” do Aedes Aegypti por especialistas.