Depois de proibir ‘cravinho’ e ‘príncipe maluco’ na Micareta, Prefeitura afirma que decisão previne envenenamento em massa
A decisão da Prefeitura de Feira de Santana referente à proibição da venda de bebidas artesanais, conhecidas popularmente como “cravinho” e “príncipe maluco” na Micareta gerou polêmicas.
Porém, o Município afirmou que a decisão tem como objetivo garantir a segurança dos foliões e a qualidade dos produtos que serão comercializados no circuito do “Esquenta Micareta”.
A chefe da Divisão da Vigilância Sanitária – DIVISA, Cristina Rosa, destaca que a medida previne o risco de envenenamento em massa. Ela reforça que qualquer bebida para ser comercializada precisa ter registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, conforme dispõe a Lei Federal nº 8.918.
“Não existe o intuito de prejudicar a diversão das pessoas nem os vendedores ambulantes. O que buscamos é certificar que a população não tenha problemas de saúde durante ou após a festa pelo fato de ingerir bebidas artesanais cuja fabricação desconhecemos, os ingredientes utilizados e as condições de higiene do local onde são produzidas”, explicou.
Rosa ainda lembra do caso ocorrido nessa terça-feira (28), amplamente divulgado nos veículos de comunicação da cidade, no qual um caminhão-tanque, utilizado no transporte de gasolina, diesel e álcool, levava 10 mil litros de cachaça de forma irregular e foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal.
“A matéria-prima das bebidas precisa ser fiscalizada e regulamentada junto aos órgãos competentes para que situações como essa não ocorram no município. Estamos trabalhando de forma preventiva”, ressaltou.
A chefe da DIVISA também justifica a proibição de churrasquinhos no espeto, bebidas em garrafas de vidro, mesas e cadeiras de ferro ou madeira. “Em uma possível briga, esses objetos se transformam em armas que, ao atingir determinadas partes do corpo, podem gerar mortes”, alertou.