Colbert alega que feirenses estão presos em casa, enquanto policiais estão em Brasília ‘tomando conta de prédio’
A tensão entre os chefes do Palácio de Ondina e do Paço Maria Quitéria segue rendendo novos capítulos todos os dias. Ao tratar da saúde e da segurança pública em Feira de Santana, Colbert Martins (MDB) e Jerônimo Rodrigues (PT) seguem sem conseguir somar forças para aliviar o sofrimento dos feirenses.
De um lado, a Prefeitura Municipal responsabiliza o Estado pelo caos que atravessa o município. Por outro, o Governo da Bahia critica o não cumprimento de promessas municipais. Em entrevista ao Blog do Velame, Colbert Martins expôs os problemas enfrentados pela população.
“As pessoas estão morrendo todos os dias em Feira de Santana. A crítica eu faço e vou continuar fazendo. Estou marcando audiência com o governador. Mas, na semana passada, teve uma ação policial aqui, que não resolveu nada. Foi embora todo mundo. Tem 70 policiais em Brasília tomando conta de prédio. Está fazendo o que lá? Por que não vêm aqui para Feira tomar conta das pessoas? Isso não é política não. Isso é determinação de governo”, alegou, completando em seguida.
“O problema aqui é uma decisão política, de fazer uma intervenção forte em nossa cidade, para evitar que essas mortes aconteçam. Quem estiver fazendo crítica a mim porque estou fazendo crítica em defesa da vida está contra a vida. Eu estou a favor da vida. E repito: as pessoas em Feira estão presas em suas casas e os bandidos soltos nas ruas. Isso é responsabilidade do Governo do Estado da Bahia”, disse o gestor municipal.
Na oportunidade, Colbert antecipou que já há um diálogo direto com o governador Jerônimo e que espera, em breve, poder apresentar todas as problemáticas da Princesa do Sertão a Jerônimo, junto com a presidente da Câmara e os representantes de todas entidades.
“Essa conversa está acontecendo. Estive com Jerônimo, que mora em Feira, tem casa aqui e é funcionário da mesma universidade que eu. Não tem dificuldade nessa questão. A defesa de Feira tem que ser do governador que mora aqui. Não estou falando nada demais. É uma coisa necessária. Nós vamos lá com a presidente da Câmara de Vereadores. Não é apenas o prefeito não. Quero a representação da cidade. Temos que fazer uma conversa ampla sobre a fila da regulação, que preciso que o Governo da Bahia corrija, pois é da sua responsabilidade. Não é da Prefeitura. Não estou no palanque. Regulação e fila da morte não é palanque. É necessidade de salvação de vidas, concluiu.