Ivamberg garante que Prefeitura tem verba para pagar profissionais da saúde: ‘Se não paga é porque não quer’
Os embates entre os poderes legislativo e executivo de Feira de Santana seguem longe de ter um fim. Na manhã desta terça-feira (25), um grupo de profissionais de saúde foi até o plenário da Câmara protestar acerca dos atrasos salariais, tema que vem gerando atritos entre as duas esferas.
A ação visava pressionar os vereadores para que votassem a suplementação orçamentária que destinaria verbas para a saúde, na compreensão de que a Casa estaria travando este valor. A tese é alegada pelo prefeito Colbert Martins (MDB).
De acordo com o vereador Professor Ivamberg (PT), este valor já está disponível e cabe à Prefeitura fazer o repasse. O edil ressaltou que as diferenças políticas não podem colocar prejudicar os trabalhadores.
“Acho que desacordo ou desavenças do Município com a Câmara não podem atingir os senhores, que trabalham e têm que receber o salário. Agora, quem tem que liberar o dinheiro dos senhores, que nós já liberamos desde o ano passado no orçamento, é a Prefeitura. Nós cobramos todos os dias porque já aprovamos R$ 519 milhões. O que eu quero que vocês entendam é que a caneta para aprovar o pagamento não é da Câmara. A caneta para liberar o pagamento é do prefeito, do secretário de saúde e do fundo municipal. Se não paga é porque a Prefeitura não quer pagar”, explicou o vereador.
Em nota pública, no dia 20 de outubro, a Mesa Diretora da Câmara também já havia rebatido os argumentos da Prefeitura, garantindo que o “Governo tem as condições para operacionalizar o seu Orçamento”.
“Importante frisar, no Diário Oficial Eletrônico do Município, edição da última quinta-feira (20), foi publicado ato do prefeito concedendo aditivo superior a R$ 4 milhões no contrato de um instituto, alvo de investigação e que atrasa o pagamento de salários de servidores temporários da saúde em mais de 40 dias. O acréscimo eleva o valor global do vínculo a R$ 96.562.973,52 (noventa e seis milhões, quinhentos e sessenta e dois mil, novecentos e setenta e três reais e 52 centavos). Evidência de que o Governo tem as condições para operacionalizar o seu Orçamento”, diz trecho do documento.