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(9) registro(s) encontrado(s) para a busca: EditorialEscritor feirense lança livro infantojuvenil pela Caravana Grupo Editorial
Em pré-lançamento pela Caravana Grupo Editorial, Bodevan e o sumiço do quarto é um romance infantojuvenil que instiga a curiosidade através do suspense e da fantasia, criando um universo paralelo onde as crianças possam se perder para se encontrar. O autor, Juan Glavemburgo, aguça a curiosidade dos pequenos leitores para que eles mergulhem nessa aventura, como podemos observar no trecho que segue: “Bodevan girou a maçaneta, hesitante, suas mãos trêmulas ao tocar o ferro gelado.
A lingueta da fechadura gemeu e os parafusos berraram para o milagre da porta não trancada. Suas mãos abriram levemente a porta. Talvez ele estivesse sonhando e, por um instante, riu. Seus olhos piscaram incrédulos. Onde estava o quarto da mãe? Na verdade, onde estava sua mãe?”
Bodevan e o sumiço do quarto está disponível para compra no site da editora caravanagrupoeditorial.com.br por R$60,00.
Sobre o autor:
Juan Glavemburgo nasceu em Feira de Santana, interior da Bahia, em 17 de março de 1998, é estudante de Filosofia, poeta, apaixonado por Alice no país das maravilhas e por histórias contadas ao redor de fogueiras. Desde muito pequeno se encantou pelo poder criativo das palavras e como a linguagem poderia criar caminhos de possibilidade narrativa.
Escritora feirense participa de debate literário na Flica com Jeferson Tenório nesta sexta-feira
Pela primeira vez participando como escritora da Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica, a feirense Mariana Rozario, também poeta e advogada, é atração confirmada da Tenda Paraguaçu – maior espaço da 12ª Flica, sob curadoria da premiada escritora e pesquisadora Calila das Mercês, que abriga os principais debates literários e recebe, em 2024, grandes nomes como Zezé Motta, Liniker, Itamar Vieira Junior, Elisa Lucinda e Jeferson Tenório. Rozario integra a mesa temática “Palavras de onde venho: Leituras, Inspirações, Escritos e Invenções”, que acontece nesta sexta-feira (18), às 15h, na orla da cidade, com acesso gratuito.
Nesta mesa, que tem o jornalista Felipe Oliveira (Rede Bahia) como mediador, estará presente o escritor, professor e pesquisador carioca Jeferson Tenório. Radicado em Porto Alegre, foi vencedor da 63ª Edição do Prêmio Jabuti – mais tradicional premiação da literatura brasileira – na categoria de Melhor Romance Literário, pela obra “O Avesso da Pele” (Companhia das Letras, 2021). O bate-papo conta, ainda, com a presença do escritor e poeta baiano Marcus Vinícius Rodrigues, também professor e ocupante da cadeira 28 na Academia de Letras da Bahia – ALB, que ganhou o Prêmio Nacional da entidade, em 2016, pela coletânea de contos “A Eternidade da Maçã” (Editora 7 Letras).
Embora Rozario seja natural de Feira de Santana, seu pai e toda família paterna são de Cachoeira e sua mãe e demais familiares, de São Félix – o que contribuiu para que crescesse entre o Recôncavo e o Sertão da Bahia. A relação com as duas cidades também se reflete em sua literatura, sobretudo na sua mais recente obra, “Pequeno acervo de desmemórias”, lançada em agosto deste ano, através do Grupo Editorial Caravana. Durante toda a Flica, que acontece entre os dias 17 e 20 de outubro em Cachoeira, “Pequeno acervo de desmemórias” estará à venda na livraria oficial do evento, LDM. O livro também pode ser adquirido, a qualquer tempo, no site da editora Caravana.
Natural de Feira de Santana, Mariana Rozario, que cresceu entre o Recôncavo e o Sertão, é escritora, poeta e advogada e já participou de eventos como o XIV Caruru das Sete Poetas: Recital com Gostinho de Dendê (2021); encontro “É Vento Literário” (UEFS/2022); 1ª Feira Literária de Vitória da Conquista – Fliconquista (2023); 1º Encontro de Escritoras Negras e Escritores Negros de Feira de Santana – ENENFS (2023), do projeto Leitura Negra, em que esteve ao lado da escritora, ativista e educadora Jovina Souza. Agora, em 2024, tem a oportunidade de participar como escritora, pela primeira vez, da 12ª Edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira – Flica.
Blog do Velame celebra 15 anos de jornalismo online em Feira de Santana
No cenário dinâmico do jornalismo local, poucos veículos conseguem manter sua relevância ao longo dos anos, e o Blog do Velame, em Feira de Santana, é um desses exemplos raros. Este ano marca o décimo quinto aniversário do blog, uma jornada que não apenas testemunhou a evolução do jornalismo online, mas também desempenhou um papel crucial na exposição de casos de corrupção no âmbito municipal.
Desde a sua criação em 2008, o Blog do Velame tem se destacado como uma voz destemida e independente na cidade. Sob a liderança do jornalista Rafael Velame, o blog conseguiu estabelecer uma confiança sólida como uma fonte confiável de informações locais.
Um dos aspectos mais notáveis do Blog do Velame é o seu compromisso inabalável com a transparência e a verdade. Ao longo dos anos, uma equipe do blog se dedica a investigar e revelar casos de corrupção que afetam diretamente a comunidade feirense. Sua coragem em expor práticas questionáveis e sua habilidade em apresentar fatos de maneira clara e objetiva conquistaram a confiança dos leitores.
O Blog do Velame não é apenas uma testemunha passiva dos acontecimentos; é um agente de mudança na esfera local. Suas reportagens investigativas tiveram um impacto significativo nas políticas municipais, incentivando a prestação de contas e promovendo ações para corrigir as irregularidades identificadas. O blog se tornou uma ferramenta vital para os cidadãos preocupados em entender e participar ativamente na governança local.
Ao longo dos anos, o Blog do Velame não apenas abraçou as mudanças tecnológicas, mas também liderou inovações no jornalismo online local. Sob a visão de Rafael Velame, a equipe editorial está constantemente atualizando o site para garantir uma experiência de leitura envolvente e acessível, mantendo a qualidade jornalística que se tornou sua marca registrada.
Em comemoração ao décimo quinto aniversário, o Blog do Velame, liderado por Rafael Velame, expressa profunda gratidão aos leitores e à comunidade feirense. Uma jornada não teria sido possível sem o apoio contínuo àqueles que reforçam a importância do jornalismo local independente.
Nos próximos 15 anos continuaremos a ser uma força motriz no cenário jornalístico de Feira de Santana, destacando a importância do jornalismo ético e investigativo na construção de uma sociedade mais justa e informada. Que esta comemoração de 15 anos seja apenas o começo de uma longa e frutífera jornada em prol da verdade, da integridade e do serviço à comunidade.
A idosa e os quadrinhos
Por Caio Batista
Eis-me de volta a esta gazeta para mais uma séria articulação. Volto após um longo período afastado por razões clínicas: quebrei a mão e o setor de RH, gentilmente, me encaminhou ao INSS. Regresso de peito aberto e com uma aguda e pertinente altivez, já que inúmeros colegas da dita IMPRENSA SÉRIA ventilaram suposições sobre o motivo da minha lesão: segundo esses profissionais, o trauma em minha mão foi fruto de um momento de intenso e energético “entretenimento amoroso” comigo mesmo, se é que me faço entender. Peço concessão ao meu editor e à nobre audiência que aqui aporta em mais uma semana para vociferar um maiúsculo CANALHAS.
A questão da mão é referente à forma apressada de executar um protocolar Pai Nosso™, antes de um baba: fiz o Pai® e o Filho® certinhos, mas o Espírito® e o Santo® acabaram saindo meio resumidos, aí entrei em completa desgraça e fraturei o punho. Esclarecimentos feitos, seguimos à nossa homilia:
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Esta semana, depois de aportar na rodoviária após uma quarentena lá no Recôncavo, eu seguia meio apoquentado pela avenida Presidente Dutra. A viagem foi um pouco hostil já que tive um desarranjo fisiológico que, por milagre, não me fez profanar o banheiro da lotação. Desembarquei no terminal já recobrado de minha saúde mas, por prudência, decidi ir atrás de algum medicamento para chegar zerado ao Feira 6 e ter sobriedade no meu posto de trabalho no dia seguinte. Já fora da rodoviária, saí pingando por entre as ruas próximas tentando achar uma drogaria com preços mais amenos e, durante a saga, acabei topando com aquela figura em trajes peculiares. Ela estava de costas e ao se virar, reconheci seu rosto. Por livramento divino, não fui reconhecido. A surpresa do encontro fomentou antigas e indigestas memórias…
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Há 8 anos, eu morava na Roma Negra e tinha por lá minhas escassas e obtusas amizades. Minha turma e eu vivíamos no submundo do roque n’ roll, do street-dance, do grafite e alguns descambavam para drogas ainda mais pesadas, como a confecção de fanzines e revistas literárias. Apesar de nem sempre concordar com esses caminhos tortuosos trilhados por alguns confrades, o bando estava sempre junto para ajudar a tirar alguma ideia do papel – mesmo que depois se fizesse urgente regressar a esse mesmo papel, picotá-lo, queimá-lo e jogar as cinzas num bueiro (ou em algum afluente do Subaé, que no fim das contas é quase a mesma coisa), para o bem da própria pessoa que tinha gestado aquela idiotice.
Infelizmente, nem sempre tínhamos sucesso na contenção de danos e não conseguimos, por exemplo, impedir que um dos amigos, fatalmente, acabasse envolvido na confecção de um gibi. Apesar de cientes de todo o ônus que teríamos que arcar junto com o mais novo quadrinista da nossa esquadra, demos amparo editorial, gráfico e fraterno – já que a família (com razão!) tinha largado aquele pobre diabo com seus anseios bastardos aos cuidados do acaso – e lá fomos todos nós para a anual Feira de Cultura Japonesa de Salvador. Na verdade, fomos mesmo para o evento paralelo, que acontecia no mesmo período, no vácuo do encontro principal: a Feira de Quadrinhos da Politeama – que é uma espécie de feira do rolo do mundo geek, com tudo de mais nefasto que esse tipo de ambiente pode proporcionar.
Chegamos à feira munidos apenas de muita discrição e uma mochila onde estava alocada a tiragem clandestina dos quadrinhos que seriam comercializados. Logo na entrada do evento, em meio a toda a sorte de cosplayer’s, k-poper’s e outras facções correlatas, fomos abordados por uma certa senhora. A idosa se aproximou e nos chamou para conhecer um pouco dos seus produtos. Ela comercializava revistas, edições de jornais centenários, catálogos turísticos, gibis e outros artigos típicos de uma hemeroteca – que, aos que não sabem, é o nome dado a uma biblioteca de publicações periódicas.
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Não sei se por conveniência dos nossos semblantes, mas a senhora fez questão de nos apresentar tudo que tinha disponível de hentais, tijuana bible e da franquia Drunna (procurem saber), tirando todas as nossas dúvidas e trazendo curiosidades sobre o que estava exposto. A certa altura do papo, disse que aquele catálogo era o nosso “quilo”, num palavreado que muito nos assustou, dado o alto nível de jovialidade das palavras, completamente anacrônico à sua idade. Ela continuou a surpreender com o grau dos argumentos que se seguiram, provavelmente a fim de potencializar a nossa prospecção para concluir sua venda: dizia ela que gostava e era muito “entendida” sobre “aspectos” ligados à juventude: “Aquele moreno ali mesmo, só de olhar aqui de longe, eu sei que só de macaca ele deve ter umas 5 polegada – se referindo ao volume fálico de um dos membros do nosso bando, o que causou um atormentador constrangimento entre todos os presentes. Fizemos o possível para recobrar a plenitude diante do episódio e rumamos com urgência para as dependências oficiais da feira, onde nos perdemos de uma vez por todas daquela capciosa figura, mas não sem ficarmos com a psiquê completamente maculada pelo episódio.
Passados tantos anos, eu acreditava estar vivendo em plena segurança aqui nas dependências desta corte real, até me ocorrer esse fatídico e recente encontro… e é por isso que, ciente da potencialidade de mais vítimas dessa anciã geek com a libido descontrolada, que vou usar o serviço desta coluna para fazer um alerta: JOVENS EM IDADE PÚBERE DE TODA FEIRA DE SANTANA, EVITEM A PRESIDENTE DUTRA, IDOSAS, OTAKUS & QUADRINHOS!
*Caio Batista é um jornalista baiano que escreve sobre o recôncavo e agora sobre Feira de Santana.
Enfim, em Feira
POR CAIO BATISTA
Primeiramente, gostaria de deixar um aperto de mão bem carinhoso a cada um dos que vieram até aqui prestigiar esta minha estreia. Sejam muito bem-vindos! Nos dias de hoje tem sido tão difícil prospectar a leitura atenta de alguém por mais do que os protocolares 15 segundos dos stories das redes sociais, que qualquer meia dúzia de três ou quatro pessoas prestando atenção no que você fala já é uma glória tremenda.
Pois bem, com a licença de vocês três (ou quatro), queria deixar registradas as minhas credenciais: Eu me chamo Caio, tenho [CENSURADO] anos, sou cronista mundano de quase todo tipo de assunto e venho do Recôncavo. Sobretudo e antes de qualquer coisa, eu venho do Recôncavo.
Meu ufanismo é realmente descontrolado: não só levanto a bandeira, como visto a camisa e canto o hino – que no caso da nossa capitania é aquela canção Agora somos ex, de Nenho do Arrocha. Eu sou do Recôncavo com honras & louvor – e vou muito bem, obrigado! -, mas convenhamos que o Recôncavo é um ambiente de extremo rigor literário/jornalístico, com muitas ressalvas ao colunismo mundano, vocês devem saber bem. Por algum tempo, toquei uma coluna clandestina sobre tipos e fenômenos típicos àquela região e, infelizmente, fui descoberto e’ tive a minha carreira jornalística despedaçada. Não tinha a quem recorrer e passei a vagar errante atrás de novas pautas e fontes, somente com uma caneta, um bloco de notas, uma lapiseira e uma xerox do meu DRT em frangalhos. Naquela época, o desalento era tamanho que quase acabei sucumbindo aos ardis da criação de conteúdo para o tal TikTok. Mais do que um refugiado, eu era um farrapo editorial e vim buscar redenção nesta urbe tão bem-quista e, felizmente, fui acoitado: cheguei à entrada desta gazeta eletrônica que agora me abriga, e falei da minha ingrata condição: sou cronista e busco exílio editorial. De bate-pronto, eles me deram um banho de mangueira, desembaraçaram o meu cabelo, me ofertaram uma marmita e me dispuseram uma máquina de datilografia, com a qual batuco estas lamuriosas linhas aqui expressas.
Esse tipo de amparo tão gentil não é muito típico dos monarcas, vamos combinar, mas esta Princesa tem um jeitinho a sui generis de ninar e dar carinho, fato do qual tenho conhecimento já há bastante tempo e me ficou docemente marcado em outro episódio: lá se vão alguns bons anos que eu vim a um São Pedro na província de Humildes. Meu interesse maior, ao bem da verdade, era assistir ao concerto dos conjuntos Camutiê e Asas Livres e, sobretudo, prestigiar nos intervalos entre as atrações o animado set do DJ idoso Rob do Sobradinho. Como já fui DJ de colação de grau e venho pleiteando os direitos e prerrogativas da terceira idade há muito tempo, o corporativismo falou mais alto e eu não podia deixar de marcar presença.
Pois enfim… no correr da festa, eu – que, modéstia à parte, estava EXTREMAMENTE provocativo com uma saruel, regata xadrez e recendendo um refrescante bálsamo de alfazema & cravo – engrenei um romance selvagem com uma dama da região. Por ser nativa, ela sabia onde podíamos nos amar em reserva. Dessa forma, seguimos para uma rua mais afastada, que tinha as dimensões de uma pastagem, o cheiro de pastagem, o orvalho noturno das pastagens e de onde se podia ouvir mugidos de animais que claramente pastavam; mas, conforme a moça, se tratava ainda do perímetro urbano local, sobretudo, por conta da presença de um pardieiro e as cinzas de uma fogueira aparentemente apagada há um bom tempo.
O forte odor de fezes do lugar onde estávamos nos afastou, e a segurança da calçada do pardieiro nos atraiu para perto. Durante os procedimentos prévios para operacionalização do amor – se é que me faço entender -, o que tinha sobrado da fogueira, ao sabor do acaso, começou a se mexer. Passado o repentino susto, vimos que, camuflado em meio a toda aquela fuligem, jazia desacordado um corpo humano que começou a gemer. Decidi tirá-lo rapidamente dali para que não se sufocasse ainda mais. Fiquei completamente empanado pela fuligem enquanto tentava extrair informações do rapaz bêbado.
Fulano-de-tal, filho de fulano, Rua do Amparo, Capuchinho. A chave está no bolso – Até então, nunca tinha visto um bêbado tão dócil e com tantos bons modos. Resolvi levá-lo ao posto policial do evento. Nos aproximamos e esclareci o que sabia aos oficiais, que solicitaram a vinda da família. Quando os pais do rapaz, aos prantos, chegaram onde estávamos, expliquei mais uma vez o ocorrido e regressei ao encontro da dama – que, por sua vez, estava com a libido descontrolada e completamente azeda desde que decidi tirar o rapaz da fogueira e deixá-la esperando. Só tive tempo de dizer à mãe do rapaz – ainda gozando do prestígio laboral – que era cronista e parti rumo à frustração de não encontrar minha enamorada no local de origem.
Anos se passaram e levaram junto a minha frustração pela dama e a maior parte das memórias vívidas daquele cadáver ébrio que eu tinha resgatado; mas eis que, recentemente, num posto de gasolina esperando a vez de abastecer meu Corcel, tive a atenção atraída pelo carro que estava em frente e começou a dar sinais de luz e buzinar em minha direção. Os ocupantes no interior do veículo acenavam efusivamente. Cerrei os olhos, mas não identifiquei ninguém, até que, finalmente, desce do carro um senhor, vem até minha direção, estaciona os braços na janela do Corcel e fala:
Meu patrão, fique despreocupado que hoje seu combustível é por nossa conta. Minha mulher ali te reconheceu. – ao longe, também descendo do carro e vindo para perto, acenava uma senhora sorridente. Perguntei sobre o rapaz e a mãe disse que ele vivia sob as condições de um fumante ativo, tamanha a quantidade de fuligem que inalou, mas que estava tocando a vida, com as graças de Deus.
Isso é o mínimo que podíamos fazer por você, meu filho. Além de cronista, é um digno benfeitor que salvou o meu filho – Essas palavras, ao tempo que trouxeram algum pesar pela lembrança do meu status laboral, me reconfortaram pela gentileza genuína, da qual há muito tempo eu não era beneficiado. Amparo e reconhecimento dessa magnitude, até então, eu só tinha visto na oportunidade que almocei de graça em Itacaré, só pelo fato de estar trajando uma camisa do regueiro do bem Sine Calmon – aliás, a comunidade reggae é uma das confrarias mais bem organizadas do Brasil. Mas isso é papo para outra hora.
E foi uma boa festa de São Pedro, uma dama envolvente, um corpo desacordado dentro de uma fogueira e a cortesia feirense que me trouxeram até aqui: Enfim, em Feira – com o compromisso de ser sempre um peregrino atrás dos episódios pitorescos nesta corte real e tentando reacender essa minha centelha de prosador bastardo do acaso – mas com muita cautela, para que não tenha nem risco de sapecar as canela da Princesa.
*Caio Batista é um jornalista baiano que escreve sobre o recôncavo e agora sobre Feira de Santana.
PERSONAGENS DE FEIRA: O escritor feirense que descobriu o talento no WhatsApp
Por Rafael Velame
As crônicas dele deveriam ser leitura obrigatória para quem quer entender Feira de Santana de verdade. Alan de Sá, feirense formado em jornalismo, é uma promessa da literatura. Criado no Parque Lagoa Subaé, bairro pobre onde a realidade bateu na porta logo cedo, viu conhecidos morrendo por causa do tráfico. Uma realidade que moldou a sua visão de mundo. Talvez por isso, seus textos sejam marcados por excessos – de palavrão, de sarcasmo e de duras verdades. Do primeiro livro lido, somente aos 15 anos, até se descobrir escritor, por conta de um grupo de WhatsApp, aos 18, Alan sabe que seu destino poderia ter sido diferente. Viveu as dificuldades de ajudar a mãe que foi ambulante na Salles Barbosa e lá passou a conhecer pessoas, perceber trejeitos e ver como era o que ele chama de “feirense médio”. Vivências que virariam crônicas publicadas e muito compartilhadas no Facebook. Atualmente Alan trabalha em uma grande agência de publicidade em São Paulo e, apesar das dificuldades, já publicou “Marani”, seu primeiro romance e a obra de suspense e terror “Lago Aruá“. Paralelamente ele defende o movimento literário Sertão Punk, que você vai conhecer melhor na entrevista abaixo onde assuntos como racismo no meio literário e afrofuturismo também são abordados.
Quando surgiu o desejo de ser escritor? Como você se descobriu escritor?
Foi um processo meio estranho e demorado. Eu comecei lendo tarde, li meu primeiro livro na vida aos 15 anos, ainda no ECASSA. Me apaixonei pela leitura nessa época, mas a escrita em si veio anos depois, já com 19 pra 20 anos. Nessa época eu já tinha terminado o ensino médio e não estava arrumando emprego, então passava muito tempo em casa. Acabei entrando em um grupo de Whatsapp junto com uma galera de vários estados do Brasil e todo mundo curtia as mesmas coisas que eu: filmes, séries, animes, livros, etc. Resolvemos fazer uma brincadeira de criar personagens pra cada um do grupo. A galera curtiu e decidimos criar uma história com todos. Eu era um dos responsáveis por juntar todas as histórias em uma só. Acho que foi mais ou menos por aí.
Onde foi criado em Feira, como foi a infância?
Eu nasci em Feira de Santana, mas passei uma parte da minha infância em São Paulo, até os oito anos. Meus pais já tinham uma vida estabelecida na cidade. Minha mãe era costureira e meu pai, pintor. Eles usavam as economias, dinheiro de FGTS, férias, essas coisas, pra construir a casa em Feira. Quando voltamos, em 2003, já tava tudo mais ou menos pronto. Daí em diante vivi a maior parte da minha vida no Parque Lagoa Subaé.
A gente sempre foi pobre. Um pouco menos do que a grande maioria das pessoas pobres do Brasil, porque tínhamos nossa própria casa, minha mãe trabalhava com carteira assinada, meu pai tinha o emprego dele, mas nada nunca foi realmente fácil. Já passamos por vários apertos na vida, mas sempre estávamos ali um pelo outro, todo mundo se ajudava como podia e até hoje é assim. Por um tempo, o Parque Lagoa foi um bairro mais perigoso do que é hoje. Vi muitos pivetes morrerem cedo demais por causa de droga, facção, crime. Gente de 12, 15 anos, que nem tiveram tempo de mudar de caminho e ter alguma oportunidade, como eu tive. Isso moldou muito da minha visão de mundo, porque o pensamento coletivo ficou ainda mais forte na minha mente.
Eu sempre curti desenhar e isso era um passatempo massa pra mim. Depois de um tempo trabalhando como costureira, minha mãe comprou uma barraca na Salles Barbosa em 2007, que existia até o dito cujo do prefeito resolveu derrubar pra favorecer empresário mineiro e acabar com o sustento e a história de milhares de pessoas na cidade. Lá foi que comecei a aprender os caminhos do centro, conhecer pessoas, perceber trejeitos das pessoas e ver como era o “feirense médio”. Sempre que ficava com a coroa, e quando a gente conseguia vender alguma coisa, pegava uma parte da grana e juntava pra comprar materiais de desenho na Maskat e na banquinha de jornal em frente a Prefeitura. Isso me fez querer trabalhar com design por muitos anos. Acabei fazendo Jornalismo na FAT. Coisas da vida, né. Mas não me arrependo de maneira alguma.
Fiz o final do fundamental 1 no Luciano Ribeiro Santos, uma escola municipal lá no Parque Lagoa mesmo. Depois, fui pro ECASSA, onde fiquei até o fim do ensino médio. Quando entrei, Artemízia ainda era a diretora, botava medo até na galera do terceirão. Foi lá também que fiz meus melhores amigos, que estão comigo há anos e já são parte da família, verdadeiros irmãos que ganhei com a vida, mesmo tendo, também, meus irmãos de família. Bati muito de frente com Lúcia Branco, diretora da escola, por conta de várias e várias situações de descaso da gestão da escola com o próprio patrimônio e a educação. Já fiz abaixo assinado pra tirar ela de lá, brigamos muito e, até a última vez que fui lá (em 2018, não lembro), ela sequer olhava na minha cara direito. Ainda bem.
Por que foi pra São Paulo?
Eu trabalhava com publicidade numa agência de Feira, tinha acabado de terminar a faculdade. Não tinha muitas pretensões de sair, porque, bem ou mal, eu gosto de Feira. Mas aí uma vizinha viu uma publicação de um processo seletivo pra jovens criativos de uma agência de São Paulo, a Wieden+Kennedy. Até então, não conhecia nada da agência, mas depois descobri que se tratava de uma das maiores e mais relevantes do mundo, responsável por várias campanhas icônicas pra Nike. Resolvi tentar. Depois de um mês de processo seletivo, fui um dos selecionados pro programa. Além de mim, mais duas pessoas da Bahia entraram: Caíque, fotógrafo de Madre de Deus; e Larissa, estudante de jornalismo da UFBA, mas que é natural de Uruçuca. No total foram seis: tinham mais duas pessoas de Brasília (Lara, publicitária; Luiz, fotógrafo e diretor de arte) e Taís, ilustradora de São Luiz, no Maranhão.
A gente passou nove meses trabalhando na Wieden+Kennedy, aprendendo sobre publicidade e fazendo projetos internos, enquanto morávamos num hostel. Foi um período bem intenso, com vários altos e baixos pelo caminho. Foi durante esse período que vi o quanto o mercado aqui era mais organizado que Feira, além das oportunidades de crescimento serem maiores. Resolvi ficar pra ter uma grana a mais e poder ajudar meus pais. Hoje, trabalho em outra agência, FCB Brasil, que também é uma empresa global e bem grande na área. No fim das contas, deu tudo certo.
O que é o Sertãopunk?
O sertãopunk é uma ideia. É mais fácil começar por aí. Uma ideia de como o Nordeste pode ser no futuro a partir de um ponto de vista nordestino. O sertãopunk começou depois de mim e mais dois amigos, Alec Silva e Gabriele Diniz, que também são escritores negros e nordestinos, levantarmos alguns questionamentos sobre como o a cultura da região era representada nas produções de ficção, fossem elas livros, filmes, séries, artes visuais, etc. Porque sempre o nordestino como, ou cangaceiro, ou matuto? Por que a estética da seca sempre atrelada ao Nordeste? Foi a partir de questionamentos assim que a gente começou a pensar no sertãopunk.
A gente tem uma região rica em biodiversidade, produção de energia limpa, com polos de tecnologia e geração de renda bem estabelecidos, a única baía inteiramente navegável do mundo (a Baía de Todos os Santos), alguns dos maiores portos do Brasil, fora toda a diversidade cultural, mais de 1900 territórios quilombolas, centenas de tribos indígenas e presença constante nas maiores e mais relevantes revoltas populares da história do Brasil. O Nordeste não é só o carnaval de Salvador, seca e Lampião.
Foi pra isso que pensamos o sertãopunk, pra ser uma ideia pra todo mundo que quer se expressar contra esses estereótipos e xenofobia construídos historicamente. Através de qualquer tipo de arte: música, grafite, literatura, o que for. A partir daí, dar uma nova cara pras possibilidades de Nordeste no futuro.
Quais livros já publicou?
Publiquei Marani, meu primeiro e único romance, até então, em 2017. Em 2019 lancei O Lago Aruá via financiamento coletivo pelo Catarse, mas esse é menor, entre um conto e uma novela. Entre esses dois eu participei de alguns projetos coletivos com autores de vários estados do Brasil, além de colocar coisas avulsas na Amazon, no total. No total, são umas 10, 12 publicações. Meu último lançamento foi Abrakadabra, em 2020, direto na Amazon e já dentro da estética do sertãopunk. Além, é claro, da coletânea Sertãopunk: histórias de um Nordeste do amanhã, que traz o manifesto do movimento, além de artigos sobre pontos relevantes sobre o que a gente pensou e dois contos, um meu (Schinzophrenia) e o outro de Gabriele Diniz (Os olhos dos cajueiros), co-criadora do sertãopunk.
É difícil chegar até uma editora e publicar seu primeiro livro?
Existem diversos formatos de editoras por aí. Muitas usam um sistema de “pague pra publicar”, em que o autor paga por todo o processo editorial mais uma quantidade de livros, os caras fazem um trabalho meia-boca e depois somem, colocam o livro no site deles, nunca trabalham publicitariamente a obra, te fazem assinar um contrato criminoso e tu nunca vê a cor do dinheiro pelo teu trampo.
E tem as editoras tradicionais. Essas, sim, são difíceis de acessar, porque elas possuem um processo editorial mais sério e não costumam apostar em autores iniciantes de cara, justamente por ser dela todos os custos de produção e divulgação da obra, além de bancarem um adiantamento dos direitos autorais pro autor. Pra chegar nessas, das duas uma: ou tu é branco (se for do Sul ou de São Paulo, melhor ainda); ou é muito, muito bom.
Como foi o processo de criação do Lago Aruá?
O Lago veio depois de uma viagem que fiz com minha ex-namorada. Ela é de Salvador e a gente nunca tinha feito uma viagem junto. Uns amigos dela resolveram passar um final de semana numa casa na Lagoa do Aruá, na Reserva de Sapiranga, em Mata de São João. Resolvi ir com eles. Durante uns dois dias, algumas coisas meio bizarras aconteceram. Vi alí uma oportunidade de fazer uma história de terror a partir de um ponto de vista mais cru, que era o meu. Daí nasceu O Lago Aruá.
Você se define um escritor de que tipo?
Eu gosto de escrever tipos diferentes de literatura. Tem minhas crônicas, que geralmente tem um formato mais engraçado e que eu falo mais da cidade e das pessoas. E meus contos, que quase sempre são de terror e suspense.
Pro primeiro tipo de texto, eu sempre tento pensar “o que as pessoas fazem que ninguém percebe, mas que pode ser bom o suficiente pra virar um texto?” antes de escrever. Feira tem gente de todo tipo e isso é ótimo. Quanto mais diferente são as pessoas, mais fácil é de dar uma exagerada nas coisas e criar uma veia bem-humorada. Eu já fiz crônicas sobre o BRT, o velho do licuri e por aí vai.
Com os contos eu já tenho outra pegada. Acho que a literatura de terror tem um poder de sintetizar coisas muito relevantes e gerar um outro tipo de impacto sobre as pessoas. Por exemplo: O Lago Aruá fala de uma viagem de fim de semana, mas também fala sobre preconceito religioso, racismo, relacionamentos conturbados, descaso com o meio ambiente e por aí vai. Abrakadabra é sobre uma experiência em realidade virtual, mas também fala sobre as dores que corpos negros carregam, a criação do estereótipo de incapacidade sobre pessoas com deficiências e outras coisas. Então eu tento pegar todas as porcarias que rodeiam a gente e mostrar isso de uma forma que vai impactar a galera, nem que seja pelo susto ou pelo medo.
Feira de Santana te inspira de alguma forma em suas obras? Seja positiva ou negativa….
Sim, com certeza. Pra ambas. Eu gosto de Feira de Santana, por ser uma cidade com gente de todo o canto, em que a cultura popular tem uma força enorme na fundação do tipo feirense e por aí vai. O que eu não gosto é de quem gere a cidade, desses coronéis de meia-tigela que tratam Feira como se fossem a casa deles. Você sabe de quem eu tô falando. A experiência negativa vem daí: da violência que desgraça a cidade, a falta de estrutura social, saúde e educação públicas de qualidade, entre outros vários problemas. Isso também me inspira porque não posso deixar os problemas da cidade alheios ao que eu faço.
Quando a gente, que produz algum tipo de arte, seja literatura, música, artes visuais, o que for, não aponta as doenças sociais, estamos negando que elas existem. Não tem essa de “arte sem politicagem”, a arte é política e o ser humano é um ser político. Política não é só partidária. Se não contextualizamos as coisas e mostramos os erros da sociedade, somos coniventes. Isso legitima que isso continue acontecendo.
Existe racismo na literatura brasileira? Você já sentiu isso na pele?
O racismo brasileiro é estrutural. Ele sempre vai estar presente em qualquer lugar porque a nossa sociedade foi fundamentada assim, com racismo. O meio literário não é diferente. No meu caso, principalmente depois que começamos a trabalhar no sertãopunk, houveram situações que não só minhas falas, quanto as de Alec e Gabriele, que são também negros, foram desvalorizadas e apagadas por pessoas brancas. De forma intencional.
Uma das bases pro sertãopunk é o afrofuturismo, justamente porque a gente entende o peso que a cultura africana teve na história do Nordeste, não só por sermos negros, também. O fato de três negros e nordestinos questionarem várias atitudes do próprio mercado editorial, como nós fizemos – mercado esse que é inundado de pessoas brancas, bem de vida e, na grande maioria, do Sul e do Sudeste – gerou um incômodo no mercado e algumas inimizades que nos perseguem até hoje.
Mas é aquela coisa, né: se gente ruim não gosta do que eu falo ou faço, eu fico feliz.
É mais difícil ser reconhecido como escritor de sucesso sendo nordestino, de Feira de Santana?
É difícil ser escritor num todo, porque o mercado é uma bagunça daquelas. Quando a gente vai colocando as camadas minoritárias e sociais no jogo, vai ficando pior. Ser escritor, do interior do nordeste, pobre e negro é complicado. Mas se for uma mina nas mesmas condições, é ainda mais. Se for indígena, quilombola, ribeirinho, também. Por aí vai. Pra quem tá de fora pode até pensar que é “lacração” desnecessária ou exagero. Obviamente que existem, sim, grandes escritores nordestinos, negros e mulheres, também. Mas nessas horas, a gente tem que pensar no todo: qual a cor das pessoas que comandam as editoras, que editam as histórias, que trabalham com a divulgação delas e que fazem resenhas, reviews e por aí vai? Como funciona esses processos até chegar em uma editora ou no mercado?
Quando tu tá no jogo, vê que muita gente (muita gente mesmo) entra no mercado sem qualquer mérito. Escrevendo mal, com posicionamentos questionáveis, mas que tá ali porque é amigo de não sei quem, parente de fulano, estudou na mesma faculdade que sicrano, etc. A a paleta de cores dessa brincadeira aí é branca. Hoje, não sinto tanto isso porque já tô mais estabelecido (e, curiosamente, a maior parte dos meus leitores são de fora do Nordeste). Mas, pra quem tá começando, é, sim, complicado.
Acho que Feira de Santana tem um potencial de contação de histórias enorme. A gente tem história e tradição na literatura de cordel. Uma das primeiras coisas que li, antes do meu primeiro livro, foi um cordel, sobre Lucas da Feira, escrito por Franklin Machado, que tá em minha casa em Feira até hoje. O que falta é a própria cidade começar a olhar com mais atenção pra quem produz cultura em casa.
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Blog do Velame amplia equipe e inova na produção de conteúdo
Apresentar um olhar diferente sobre um determinado assunto relevante para a cidade. Este tem sido o objetivo do trabalho desenvolvido pelo veículo de notícias Blog do Velame (BV). Essa finalidade ganha ainda mais força com a chegada de jornalistas para integrar a equipe. Dandara Barreto, Elsimar Pondé e João Guilherme Dias agora também fazem parte do time que pretende enriquecer o debate sobre Feira de Santana. “Mais do que informar, tenho buscado fazer um jornalismo que se propõe a cumprir um papel social, dando visibilidade a problemas políticos e econômicos que impactam na vida das pessoas. Poder fazer isso ao lado de profissionais qualificados, que corroboram das mesmas ideias é muito gratificante e animador”, destaca Rafael Velame, fundador do Blog, que existe desde 2008. Mas essa não é a única novidade. O BV, que já produz um tipo de conteúdo chamado “Hard News” – que designa o relato objetivo de fatos e acontecimentos relevantes para a vida política, econômica e cotidiano – também terá um financiamento colaborativo. A partir de agora, os leitores poderão contribuir financeiramente através da plataforma Catarse com o veículo, que abrirá mão da publicidade tradicional. “O financiamento colaborativo já é uma realidade no Brasil e temos vários cases de sucesso. Com esta iniciativa, os veículos tornam-se ainda mais independentes e imparciais em seus trabalhos”, explica Velame. Além da possibilidade de ampliar os temas de pautas, livre de empecilhos institucionais, o financiamento também permite um contato e uma interação maiores com o público leitor, que pode sugerir pautas, indicar fontes, colaborar com fotos, áudios e uma infinidade de possibilidades. “Os leitores contribuirão não somente com os custos das produções, mas também com a criatividade editorial, algo muito importante nos dias atuais”, explica Rafael Velame. As doações podem ser feitas pela plataforma de financiamento coletivo Catarse, em diferentes categorias de valores e são acompanhadas em tempo real pelos doadores e leitores. Clique AQUI para conhecer mais do projeto e colaborar.
Sobre a Equipe
A história do jornalista Rafael Velame sempre teve a internet como cenário. Após participar da fundação do primeiro portal de notícias de Feira de Santana, o FSonline, Velame atuou em redações de jornais, nos portais Blog da Feira e Bahiagora. Em 2008 fundou o Blog do Velame e hoje também apresenta o programa Café das 6 na Rádio Globo. O projeto agora conta com a perspicácia da jornalista feirense Dandara Barreto. Formada em 2014, foi produtora na Tv Subaé, afiliada da Rede Globo e atua como produtora e apresentadora do Jornal da Manhã da rádio Jovem Pan e do programa Transnotícias, da rádio Transbrasil. O radialista e jornalista Elsimar Pondé é mais um motivo de orgulho para o projeto. Hoje apresenta os programas Jornal da Manhã (Jovem Pan) e Transnoticias (Transbrasil) e tem um vasto currículo profissional na cidade. Foi chefe da Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal, diretor da TV Olhos D’Água da Uefs e é também um ativista cultural, produtor e apoiador de movimentos da cidade. O time fica completo com o repórter João Guilherme Dias. O feirense de corpo e alma, é estudante de jornalismo no último ano de curso, curte contar boas (e curiosas) histórias e atualmente é repórter da rádio TransBrasil.
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O blogdovelame.com existe desde 2008 e tem atuado diariamente na produção de um jornalismo independente, baseado nos princípios investigativos da profissão. Sempre desafiou e nunca se intimidou com o poder. Denúncias de corrupção, desvio de verbas e fraudes foram publicadas com exclusividade ao longo desses 12 anos. Todo esse trabalho investigativo fez com que o veículo se tornasse referência para sites de notícias de todo estado da Bahia que constantemente reproduzem seu conteúdo.
O jornalista João Guilherme Dias se juntou a Rafael Velame para formar o time mais completo da comunicação local. Eles levam ao público, cada um ao seu estilo, versões reais e muitas vezes desconhecidas dos fatos com foco em denúncias e em busca de maior transparência nos gastos públicos. Entrevistas reveladoras com personagens feirenses e apoio aos artistas e cultura local são também pautas constantes.
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Através de nossas investigações você ficou sabendo que a Câmara de Feira gasta, sem comprovação de destinação, mais de R$ 2 milhões por ano com vale alimentação. Denunciamos também gastos exagerados dos vereadores com iogurtes, viagens, celulares e congressos fajutos. Também foi graças ao Blog do Velame que os feirenses ficaram sabendo que tem funcionário da Câmara com salário de marajá, mais de R$ 21 mil. O tão comentado atraso nas obras e os altos custos do BRT também já foram alvo de diversas reportagens (relembre clicando AQUI).
Nesta nova fase, a jornalista Dandara Barreto e os jornalistas Elsimar Pondé e João Guilherme Dias se juntam a Rafael Velame para formar o time mais completo da comunicação local. Eles levam ao público, cada um ao seu estilo, versões reais e muitas vezes desconhecidas dos fatos com foco em denúncias e em busca de maior transparência nos gastos públicos. Além da pauta investigativa, entrevistas e apoio aos artistas e cultura local são também pautas constantes.
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